Israel considera incidente com adeptos de futebol em Amesterdão ataque antissemita. Há dez feridos e três desaparecidos
Foram enviados dois aviões para retirar os adeptos israelitas da cidade.
Pelo menos dez pessoas ficaram feridas e três estão desaparecidas após ataques contra os adeptos do Maccabi Tel Aviv depois de um jogo frente ao Ajax, em Amesterdão, nos Países Baixos, esta quinta-feira.
Segundo The Jerusalem Post, as autoridades locais e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel informaram que a situação de violência fez vários feridos, sendo que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enviou dois voos de emergência para retirar israelitas da cidade.
Guy Avidor, de 33 anos, é um dos desaparecidos. O israelo-búlgaro viajou de Londres para assistir ao jogo e o último contacto foi uma publicação nas redes sociais antes do jogo.
As autoridades afirmaram que os adeptos israelitas foram guiados para locais seguros. Um porta-voz da polícia avançou que 57 pessoas foram detidas devido aos confrontos.
Nas redes sociais foram divulgadas várias imagens da violência e dos confrontos.
Israel considera tratar-se de um ataque antissemita
O presidente de Israel, Isaac Hergoz, disse que as agressões supostamente levadas a cabo por manifestantes pró-palestinianos contra adeptos de uma equipa de futebol de Israel nos Países Baixos foram um "pogrom antissemita".
"Vemos com horror, hoje de manhã, as chocantes imagens que, desde 07 de outubro, esperávamos não voltar a ver", disse Isaac Herzog, que comparou o incidente nos Países Baixos com os ataques de membros do Hamas de 2023 em que morreram 1.200 pessoas em território israelita.
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Sa'ar, recordou na rede social X que tudo isto aconteceu na véspera da 'noite dos vidros partidos", quando, entre 09 e 10 de novembro de 1938, membros das tropas de choque nazis levaram a cabo 'pogroms' na Alemanha e na Áustria contra os judeus e todos os respetivos bens.
O termo russo "pogrom" designa desde o século XIX a agressão e perseguição deliberada contra um grupo étnico, sobretudo judeus.
"O novo antissemitismo está centrado na negação do direito à existência do Estado judaico e do seu direito a defender-se", criticou o Sa'ar, que se encontra a caminho dos Países Baixos para se reunir com as autoridades locais.
Alerta nos Países Baixos
O primeiro-ministro holandês Dick Schoof recorreu à aplicação "X" para informar que tem acompanhado os ataques "inaceitáveis contra israelitas com horror".
O Conselho de Segurança Nacional holandês emitiu um novo aviso aos israelitas e judeus. O conselho apela para que os adeptos "evitem circular na rua" e que se "fechem nos quartos de hotel".
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