Israel e Irão à beira da guerra total
Trump já aprovou o plano de ataque. Só falta saber quando dá ordem a Netanyhau para avançar.
Parece cada vez mais evidente que o conflito entre Israel e o Irão vai evoluir para uma guerra total entre os dois países, onde Telavive deverá contar com o apoio dos EUA na ofensiva contra o Irão. Trump já aprovou o plano de ataque, mas reservou para as próximas duas semanas uma resposta sobre o grau de participação norte-americana.
Num último esforço, Putin voltou a oferecer os seus serviços para mediar o conflito e encontrar uma solução que permitisse ao Irão desenvolver um programa nuclear pacífico, mas Trump não aceitou. “Putin, faça-me um favor, medeie o seu próprio conflito [referindo-se à Ucrânia]. Preocupe-se com o Irão mais tarde”, disse o Presidente americano. Só um recuo de Teerão, aceitando o fim do seu programa nuclear, em acordo escrito, poderá alterar o que neste momento parece inevitável. É desse gesto que Trump estará à espera.
Mas os sinais de pré-guerra são claros: o pedido feito pelos vários países aos seus cidadãos para abandonarem Israel e o Irão; os ataques constantes de parte a parte na tentativa de quebrar as defesas aéreas e a capacidade militar de um e outro; a movimentação de meios aéreos e navais dos EUA para a região; a ordem dada pela Casa Branca para fechar a embaixada em Jerusalém (os EUA são dos poucos países que reconhecem Jerusalém como capital de Israel). A saída do pessoal diplomático de um país é, normalmente, o último passo antes de uma guerra.
Se do lado de Israel é conhecida a sua enorme capacidade militar, a que acresce o empenho dos EUA no esforço de guerra, subsistem dúvidas quanto ao Irão. Se do ponto de vista da defesa aérea a capacidade é limitada, em matéria de potencial balístico é diferente, como se tem visto nas sucessivas vagas de mísseis que têm caído em Israel. Por saber está, ainda, se o conflito ficará circunscrito aos dois países ou se irá envolver outras nações.
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