Jair Bolsonaro fala com Donald Trump por videochamada e deseja-lhe sorte nas presidenciais

"Se tudo der certo, irei à posse dele este ano, se estiver com o meu passaporte", afirmou o ex-presidente brasileiro após a divulgação da conversa.

Jair Bolsonaro Foto: REUTERS/Adriano Machado
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O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos EUA e novamente candidato às presidenciais norte-americanas deste ano Donald Trump conversaram por videochamada durante alguns minutos, divulgou a deputada federal Júlia Zanatta, aliada do brasileiro, nas suas redes sociais. O contacto foi intermediado por um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, que jantava com Donald Trump em Mar-a-Lago, a casa deste na Flórida, e faz parte de esforços do antigo presidente brasileiro para mostrar prestígio internacional e que não está isolado no meio de uma vaga de acusações e processos na justiça do Brasil.

"Foi uma conversa rápida. Trump ajudou bastante o Brasil quando ele deu um status de aliado extra-NATO e o Brasil passou a comprar material bélico barato aos Estados Unidos", declarou Jair Bolsonaro após a divulgação da conversa com Trump, enaltecendo a suposta ajuda militar mas não aludindo ao facto de que o norte-americano, quando era presidente, sobretaxou diversos produtos e mercadorias do Brasil para proteger a agricultura e a indústria do seu país.

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Eduardo Bolsonaro, reeleito em 2022 deputado federal por São Paulo e considerado por Donald Trump uma das figuras mais promissoras da extrema-direita mundial, está há vários dias nos EUA. Nesse período, ele encontrou-se com lideranças ultraconservadoras norte-americanas e fez questão de divulgar imagens principalmente ao lado de Trump, que há dias conseguiu o total de 1215 delegados necessários para em julho ser indicado pelo Partido Republicano como candidato à presidência dos EUA, enfrentando o atual presidente, Joe Biden, que tentará a reeleição pelo Partido Democrata.

"Aproveitei a conversa e desejei-lhe boa sorte nas eleições e, se tudo der certo, irei à posse dele este ano, se estiver com o meu passaporte", acrescentou Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030, aludindo ao facto de o Supremo Tribunal Federal lhe ter apreendido o passaporte no passado mês de fevereiro, no âmbito do processao em que é suspeito de em 2022 ter articulado um golpe de Estado para se manter no poder após ter perdido as presidenciais brasileiras desse ano para Lula da Silva.

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