Jogo ilegal pagou eleição de Lula

A campanha que levou Lula da Silva à presidência do Brasil manchada por várias denúncias saltou de novo para a luz da ribalta devido a novas acusações.

21 de agosto de 2005 às 00:00
Jogo ilegal pagou eleição de Lula Foto: Jamil Bittar (Reuters)
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Segundo o advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-assessor do actual ministro da Fazenda, António Palocci, os cartéis do jogo ilegal do Rio de Janeiro e de São Paulo contribuiram para a eleição de Lula com pelo menos setecentos mil euros.

Buratti, que na sexta-feira fez tremecer os meios políticos e económicos brasileiros ao denunciar que o até agora insuspeito Palocci também recebia dinheiro ilegal de empresas quando governava a cidade de Ribeirão Preto, afirmou que as doações a Lula foram um incentivo para reforçar a tentativa de legalização do jogo, defendida pelo então presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e depois ministro de Lula, José Dirceu.

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Este manobrou para convencer o governo e o Congresso a legalizarem o jogo, mas foi tudo por água abaixo no início do ano passado, quando a TV Globo mostrou Waldomiro Diniz, sub-chefe dos Assuntos Parlamentares, exigindo a um ‘banqueiro’ do jogo ilegal uma doação de um milhão e meio de euros para campanhas do PT.

VALÉRIO PROCESSA PT

O publicitário Marcos Valério, financiador do ‘saco azul’ do PT, avançou na sexta-feira com duas acções contra o partido de Lula, para cobrar os 33 milhões de euros que lhe emprestou.

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Afirmando que o partido e o governo estão a fugir a responsabilidades e a tentar “crucificá-lo”, como único culpado, Valério partiu para o ataque e quer o seu dinheiro de volta.

As relações entre o publicitário e o PT azedaram desde que a nova direcção do partido tomou posse e disse claramente que, se o dinheiro que Valério emprestou era para o ‘saco azul’, então não haveria como pagá-lo, pois é ilegal.

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