Jornal turco revela fotos dos homicidas de Khashoggi
Nomes e fotos dos alegados assassinos aumentam pressão sobre a Arábia Saudita.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à Turquia as gravações de áudio que alegadamente revelam que o jornalista saudita Jamal Khashoggi, desaparecido desde o dia 2 depois de entrar no consulado saudita em Istambul, foi desmembrado vivo e decapitado.
O pedido surge no mesmo dia em que o jornal turco ‘Sabah’ publicou fotografias de membros da equipa de 15 sauditas (todos próximos do príncipe regente, Mohammed bin Salman), que terá ido à Turquia para matar e fazer desaparecer Khashoggi.
Uma das fotografias mostra Maher Abdulaziz Mutreb, o alegado coordenador da missão, a entrar no consulado no dia em que o jornalista terá aí sido executado.
Outro elemento da lista, Meshal Saad al-Bostani, tenente da Força Aérea, terá morrido num acidente rodoviário em Riade, fazendo crescer rumores sobre a eliminação do esquadrão da morte, para ocultar o rasto do crime.
Outro nome forte da lista, já conhecido, é o do médico-legista que terá retalhado o jornalista ainda vivo, em sete minutos de martírio. Salah al-Tubaigy seria conhecido, aliás, por se gabar de fazer autópsias em sete minutos.
A sua voz é ouvida na gravação que Trump quer conhecer.
PORMENORES
EUA dão mais tempo
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, transmitiu a Donald Trump o que apurou nas visitas que fez a Riade e Ancara e aconselhou o presidente a dar "mais alguns dias" à Arábia Saudita para investigar o caso. Só depois disso deve ser decidida "uma reação", disse Pompeo.
Conferência boicotada
O caso do jornalista desaparecido levou os ministros das Finanças do Reino Unido, EUA, França e Holanda a cancelarem a sua comparência numa cimeira empresarial em Riade, no final do mês, igualmente boicotada por vários empresários.
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