Júri dos EUA aprova primeiras acusações em investigação sobre ligações à Rússia
Há planos para que qualquer acusado possa ser detido a partir de segunda-feira.
Um grande júri aprovou na sexta-feira, num tribunal de Washington, as primeiras acusações no âmbito da investigação sobre a alegada interferência russa nas eleições de 2016 nos EUA liderada pelo procurador especial Robert Mueller, informou a CNN.
"Um grande júri federal de Washington DC aprovou na sexta-feira as primeiras acusações na investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller", escreveu a CNN na sua página de Internet, indicando que essas acusações não foram tornadas públicas por ordem de um juiz federal.
Não é claro quais são as acusações nem contra quem impendem, mas segundo a estação de televisão, que cita fontes anónimas com conhecimento do caso, há planos para que qualquer acusado possa ser detido a partir de segunda-feira.
Mueller foi nomeado em maio do ano passado procurador especial para a investigação da alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro do ano passado e para averiguar se houve algum tipo de coordenação entre a campanha do atual Presidente Trump e o Kremlin.
Trump denunciou várias vezes, algumas delas através da rede social Twitter, que essa investigação não é mais do que uma "caça às bruxas" contra si.
Horas antes da informação sobre as primeiras acusações divulgadas pela CNN, Trump escreveu no Twitter que o facto "maioritariamente" aceite na atualidade é o de que "não houve complô" entre o líder norte-americano e a Rússia, senão entre o Kremlin e a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton.
Esta semana foi revelado que o Partido Democrata e a campanha de Hillary Clinton financiaram o dossier do ex-espião britânico Christopher Steele sobre as possíveis ligações de Trump ao Kremlin.
No âmbito da investigação do caso com a Rússia liderada por Mueller estão na mira, entre outros, o genro e assessor de Trump, Jared Kushner, o seu ex-diretor de campanha Paul Manafort e o seu ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn.
Além da equipa dirigida por Mueller, várias comissões do Congresso norte-americano estão a levar a cabo investigações paralelas.
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