Justiça aperta cerco ao presidente Trump
Processos acusam o magnata de pagar a ex-amantes para as silenciar e de manter contactos com a Rússia logo em 2015.
O presidente dos EUA procurou este sábado desacreditar a comissão Mueller, que investiga o alegado conluio com a Rússia, depois de três processos judiciais originados na investigação o acusarem de delitos passíveis de desencadear um processo de destituição.
"Após dois anos e milhões de páginas de documentos (e um custo de mais de 30 milhões de dólares), não há conluio!", escreveu Trump no Twitter.
Esta foi a reação aos processos abertos contra ele no dia anterior. Num deles, interposto em Nova Iorque, os magistrados do Min. Público afirmam que Michael Cohen, ex-advogado de Trump, recebeu ordens diretas do presidente para pagar milhares de euros à atriz porno Stormy Dabiels e à modelo da ‘Playboy’ Karen McDougal, duas ex-amantes.
Isto tinha sido já denunciado por Cohen, mas é a primeira vez que a Justiça implica Trump no crime de violação do financiamento de campanha, por não declarar pagamentos que visaram proteger a sua imagem e, assim, influenciar o resultado das eleições.
Noutro processo, Mueller acusa a campanha de Trump de contactos com a Rússia no final de 2015, cinco meses depois de o magnata entrar na corrida presidencial. Nessa altura, Cohen terá falado com um responsável russo para agendar uma reunião com o presidente russo.
Ante estes desenvolvimentos, congressistas democratas falam pela primeira vez abertamente da possibilidade de um processo para destituir Trump.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt