Justiça aperta cerco ao presidente Trump

Processos acusam o magnata de pagar a ex-amantes para as silenciar e de manter contactos com a Rússia logo em 2015.

09 de dezembro de 2018 às 09:46
Cohen (à direita na foto) foi advogado e assessor de Trump e está a colaborar com a comissão especial de Robert Mueller Foto: Direitos Reservados
Donald Trump xxx Foto: Getty Images
Donald Trump Foto: Getty Images
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O presidente dos EUA procurou este sábado desacreditar a comissão Mueller, que investiga o alegado conluio com a Rússia, depois de três processos judiciais originados na investigação o acusarem de delitos passíveis de desencadear um processo de destituição.

"Após dois anos e milhões de páginas de documentos (e um custo de mais de 30 milhões de dólares), não há conluio!", escreveu Trump no Twitter.

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Esta foi a reação aos processos abertos contra ele no dia anterior. Num deles, interposto em Nova Iorque, os magistrados do Min. Público afirmam que Michael Cohen, ex-advogado de Trump, recebeu ordens diretas do presidente para pagar milhares de euros à atriz porno Stormy Dabiels e à modelo da ‘Playboy’ Karen McDougal, duas ex-amantes.

Isto tinha sido já denunciado por Cohen, mas é a primeira vez que a Justiça implica Trump no crime de violação do financiamento de campanha, por não declarar pagamentos que visaram proteger a sua imagem e, assim, influenciar o resultado das eleições.

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Noutro processo, Mueller acusa a campanha de Trump de contactos com a Rússia no final de 2015, cinco meses depois de o magnata entrar na corrida presidencial. Nessa altura, Cohen terá falado com um responsável russo para agendar uma reunião com o presidente russo.

Ante estes desenvolvimentos, congressistas democratas falam pela primeira vez abertamente da possibilidade de um processo para destituir Trump.

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