Keir Starmer pressiona André para testemunhar sobre caso Epstein

O primeiro-ministro britânico apelou a André Mountbatten-Windsor para que partilhe quaisquer informações que tenha sobre o caso Epstein, depois do antigo príncipe ter recusado cooperar com a investigação.

Sem mencionar diretamente o irmão do rei Carlos III, Keir Starmer afirmou, a partir de Joanesburgo, na África do Sul, onde participa na cimeira do G20, que, como “princípio geral”, qualquer pessoa com dados relevantes sobre o processo deve estar disposta a divulgá-los às autoridades. “Não farei comentários sobre o caso em particular. Mas o princípio geral que tenho defendido há muito tempo é que qualquer pessoa que tenha informações relevantes relacionadas com este tipo de casos deve fornecer essas provas a quem delas necessitar. Essa seria a minha posição geral a este respeito”, declarou o primeiro-ministro.

André Mountbatten-Windsor tem negado repetidamente qualquer envolvimento em crimes ligados a Epstein. No entanto, o rei Carlos III retirou-lhe formalmente o título de príncipe no início deste mês, na sequência de constantes acusações e suspeitas sobre as suas ligações ao antigo financeiro norte-americano, que aguardava julgamento por crimes sexuais e abuso de menores quando foi encontrado morto numa prisão de Nova Iorque. Além da remoção dos títulos, a família real britânica expulsou André da residência que ocupava em Windsor, a oeste de Londres, medida que qualificou como “necessária”. O ex-príncipe mantém, contudo, a sua posição de inocência.

SAIBA MAIS

Explicações

André foi convocado a 7 de novembro pelo Congresso dos EUA para explicar a sua relação com Jeffrey Epstein. O ex-príncipe tinha até dia 20 para se apresentar em Washington, mas acabou por não o fazer.

Depoimentos

O Governo dos EUA solicitou novamente a um tribunal federal que divulgasse as transcrições de um grande júri sobre o caso Jeffrey Epstein, meses depois de juízes de Nova Iorque e Florida terem rejeitado o pedido, citando diretrizes legais.