Líder do grupo racista Ku Klux Klan elogia Bolsonaro
David Duke elogiou o favorito na corrida presidencial brasileira.
O mais famoso membro do grupo racista norte-americano Ku Klux Klan, David Duke, que defende a supremacia dos brancos de origem europeia sobre negros e judeus, elogiou o favorito na corrida presidencial brasileira, Jair Bolsonaro. Duke enalteceu a postura e as propostas de Bolsonaro, vincou a pureza da origem europeia do candidato brasileiro de extrema-direita e chegou a dizer que o candidato parece um deles.
"Ele soa como nós. É um nacionalista", afirmou Duke, para depois elogiar a origem racial de Bolsonaro: "Ele é totalmente um descendente europeu. Ele parece-se com qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha, ou Alemanha e França."
Depois, o historiador de extrema-direita norte-americano acrescentou que Bolsonaro está a ter a coragem de denunciar e propor resolver problemas graves do Brasil, como a criminalidade. Que, claro, o líder da KKK atribuiu aos negros das favelas da periferia de grandes cidades como o Rio de Janeiro.
"Ele está a falar sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali. Como, por exemplo, nos bairros negros do Rio de Janeiro", disse Duke no programa de rádio que comanda nos Estados Unidos.
A KuKlux Klan começou a atuar nos EUA em 1865 a defender a supremacia branca. Usando capuzes brancos para ocultar a identidade dos seus membros, grupos da KKK cometeram ao longo de mais de um século todo o tipo de atrocidades contra negros e judeus nos EUA, muitas vezes perseguidos nas ruas, torturados e linchados só pela cor da pele ou origem.
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