Maduro e Juan Guaidó levam milhares à rua na Venezuela
Líder da oposição convocou jornada de protestos no dia em que o presidente venezuelano juntou milhares de pessoas.
Caracas viveu este sábado um dia de grande tensão, com o presidente Nicolás Maduro e o presidente do parlamento, Juan Guaidó, que se proclamou chefe de Estado interino, a mobilizarem milhares de pessoas para marchas de apoio.
Maduro aproveitou as celebrações dos 20 anos da chegada ao poder do falecido Hugo Chávez para reafirmar-se como único líder legítimo e desafiar a oposição.
Guaidó exigiu ao presidente a realização de eleições presidenciais livres, mas Maduro anunciou, isso sim, eleições antecipadas para o parlamento, atualmente dominado pela oposição e esvaziado de poderes pela Assembleia Constituinte.
Enquanto os manifestantes contrários ao regime gritavam: "Vai cair, o governo vai cair!", na celebração do regime, Maduro fazia desafios à oposição e denunciava, de novo, a conspiração imperialista para o derrubar, com Donald Trump e os EUA à cabeça.
"Que se devolva a legitimidade ao poder legislativo do país... que o povo decida em liberdade, para uma nova Assembleia Nacional", afirmou Maduro, ao que a multidão respondeu com gritos de apoio.
Noutra parte de Caracas, Guaidó defendia a necessidade de criar corredores humanitários para ajudar os venezuelanos e foi ruidosamente aplaudido quando garantiu: "Estamos muito perto da mudança na Venezuela".
Portugal junta-se a vaga contra Maduro
PORMENORES
EUA enviam ajuda
Num desafio a Maduro, os EUA começaram a enviar ajuda humanitária para a Venezuela, ajuda que o presidente venezuelano considera o primeiro passo para uma invasão militar.
UE quer novas eleições
Na véspera das manifestações de ontem, a União Europeia deu 90 dias a Maduro para convocar novas eleições presidenciais com supervisão internacional. Recorde-se que o Parlamento Europeu reconheceu Guaidó como presidente legítimo.
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