MAI afirma que Portugal ainda não recebeu pedido oficial de ajuda de Marrocos
José Luís Carneiro garantiu ainda que o País mantém "equipas em prontidão" para poder apoiar Marrocos nos esforços de salvaguarda das vítimas.
O ministro da Administração Interna garantiu esta segunda-feira que Portugal mantém "equipas em prontidão" para poder apoiar Marrocos nos esforços de salvaguarda das vítimas, mas afirmou que ainda não chegou qualquer pedido oficial das autoridades marroquinas.
"Mantemos as equipas em prontidão, contudo, elas apenas serão mobilizadas com o pedido oficial da parte das autoridades de Marrocos", declarou o ministro esta manhã em Matosinhos (Porto).
José Luís Carneiro referiu que o primeiro-ministro de Marrocos agradeceu esta manhã toda a "disponibilidade da comunidade internacional para apoiar os esforços de salvaguarda das vítimas e da proteção e de reconstrução do país", mas que também explicou que Marrocos estava a desenvolver um trabalho "de identificação das necessidades" e "avaliação dos prejuízos" para determinar a ajuda internacional.
Questionado sobre quais são as equipas que estão preparadas para ir para Marrocos, atingido por um sismo na noite de sexta-feira, o ministro esclareceu que são "forças e meios de busca e salvamento", mas que só serão determinados em "função" do "pedido ativado e das necessidades identificadas por parte das autoridades de Marrocos".
Esse apoio a ser concedido pode ser no "plano bilateral", quer no plano do "mecanismo europeu de proteção civil", acrescentou.
Sobre se Portugal poderia enviar outro tipo de apoio através de Organizações Não Governamentais (ONG), à semelhança do que fez França, o ministro José Luís Carneiro apenas declarou que Portugal tem "total disponibilidade e solidariedade" para com um país "vizinho" e "amigo" ao qual Portugal está "unido por laços históricos e sociais muito profundos".
À margem da inauguração da Academia do Alertinha, um projeto lançado e dinamizado pela Câmara Municipal de Matosinhos, com o apoio da comunidade escolar e da Proteção Civil para promover questões de segurança, o ministro José Luís Carneiro recordou que, desde a primeira hora, que o Estado Português transmitiu disponibilidade e prontidão para apoiar as autoridades marroquinas.
"As autoridades por um lado agradeceram o gesto de solidariedade português e transmitiram ainda estão numa fase de avaliação das necessidades para efeitos de determinação sobre se a haverá necessidade desse apoio".
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
No discurso que realizou esta manhã, em Matosinhos, no âmbito da apresentação da Academia do Alertinha, José Luís Carneiro sublinhou que a iniciativa é um "efetivo contributo para a criação e divulgação de uma cultura de segurança junto de um segmento da população que se constitui desde cedo como um agente para a promoção de uma cidadania responsável orientada para a prevenção.
"Alertar é o primeiro passo no sentido de através da aprendizagem, do ensino e de exercícios de formação especializada, no campo da proteção civil, as crianças e os jovens interiorizarem valores e práticas essenciais à salvaguarda da vida, do património e do ambiente".
O ministro recordou o sismo de Marrocos nos últimos dias fomos que já provocou milhares de mortos e de feridos e de desalojados.
"Os perigos não têm fronteiras e cabe a todos nós acudir e cuidar daqueles que noutras latitudes mais longe ou mais perto de nós sofrem as consequências de desastres naturais", declarou.
O ministro reiterou que Portugal manifestou disponibilidade junto das autoridades marroquinas para um apoio solidário, que seria "corporizado sob a forma de uma força operacional conjunta e de caráter multidisciplinar, mas o envio de tal missão está sujeito a uma decisão de Rabat.
O sismo que atingiu Marrocos na noite de sexta-feira causou mais de 2.122 mortos e 2.421 feridos, provocando danos generalizados na região de Marraquexe, importante destino turístico marroquino.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
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