Mais de 30 mortos nas cheias da China. Multiplicam-se as críticas à ação das autoridades
Quase metade dos mortos confirmados perderam a vida quando o Metro ficou inundado.
Subiu esta quinta-feira para 33 mortos e oito desaparecidos o balanço provisório das devastadoras cheias na China. As vítimas incluem 12 pessoas que se afogaram na cidade de Zhengzhou, quando o Metro da cidade ficou inundado, aprisionando mais de mil pessoas em carruagens imobilizadas nos túneis.
As chuvas deram ontem uma trégua naquela cidade, capital da província de Henan, mas as autoridades elevaram o nível de alerta em quatro outras localidades da região: Xinxiang, Anyang, Hebi e Jiaozuo.
Multiplicam-se, entretanto, as críticas à falta de preparação das autoridades de Henan, nomeadamente dos sistemas de alerta, considerados confusos, e às previsões erradas sobre o estado do tempo. Muitos perguntam igualmente por que motivo o Metro continuou a funcionar enquanto as inundações se agravavam.
O governo chinês reforçou estas críticas ao ordenar às autoridades locais para melhorarem as respostas a emergências. “Têm de tomar medidas como a suspensão de comboios, retirada de passageiros e encerramento de estações”, afirmou o Ministério do Interior numa mensagem vista quase 200 milhões de vezes na rede social Weibo.
Militares chineses fizeram explodir uma barragem junto a Luoyang para libertar águas que ameaçavam grande parte de Henan, uma das províncias mais densamente povoadas.
As chuvas torrenciais atingiram também a província de Guangdong, no Sul da China, matando 13 trabalhadores que ficaram presos num túnel inundado.
O jornal ‘Beijing News’ pergunta por que motivo o Metro só foi parado horas depois de as primeiras estações inundarem.
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