Mais de 600 mulheres paquistanesas vendidas a homens chineses

Divulgada a lista dos nomes das raparigas que foram vendidas como noivas de cidadãos chineses.

04 de dezembro de 2019 às 23:16
Mulher paquistanesa Foto: Reuters
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629 mulheres de origem paquistanesa foram vendidas como noivas de cidadãos chineses entre os anos de 2018 e 2019. Foi realizado, por investigadores paquistaneses e obtida pela Associated Press, uma lista de vítimas de tráfico humano no Paquistão. Este documento foi o que, até à data, mostrou o número mais concreto de pessoas envolvidas neste esquema desde 2018.

A informação obtida para a concretização desta lista foi recolhida por um sistema integrado na gestão de fronteiras dos Aeroportos onde documentos com informações como o número de identidade das noivas, o nome dos noivos e a data de casamento entre ambos, são digitalizados.

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Ainda no início deste ano a Associated Press realizou uma investigação onde apurou que a comunidade cristã paquistanesa se tem tornado um alvo comum nesta rede de tráfico. A predominância de jovens cristãs na rede está relacionada com o facto de esta ser uma minoria muito pobre num povo predominantemente muçulmano.

A procura de noivas estrangeiras pelos homens chineses deve-se à desigualdade entre a quantidade de indivíduos do sexo masculino e do feminino na sociedade chinesa. Esta disparidade surgiu com o aparecimento da política do filho único que vigorou na China entre 1980 e 2015.

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