Mais de 700 estudos apresentados nas jornadas de saúde em Moçambique
Trabalhos a serem apresentados são de pesquisadores moçambicanos e de países como Brasil, Portugal e Espanha, que pretendem procurar soluções para os problemas de saúde.
Mais de 700 trabalhos científicos vão ser apresentados na 18.ª edição das Jornadas de Saúde de Moçambique, a decorrer em Maputo de 30 de setembro a 3 de outubro, com mais de mil participantes, foi anunciado esta segunda-feira.
"A presente edição das jornadas nacionais de saúde conta com mais de mil trabalhos científicos submetidos e mais de 700 trabalhos aprovados, o que representa um importante crescimento deste evento", disse o diretor de formação e comunicação em saúde do Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, Rufino Gujamo.
Em conferência de imprensa em Maputo, o responsável disse que os trabalhos científicos a serem apresentados são de pesquisadores moçambicanos e de países como Brasil, Portugal e Espanha, os quais pretendem procurar soluções para os problemas de saúde das populações e melhorar as suas vidas.
Estas jornadas nacionais de saúde vão decorrer na capital moçambicana sob lema "promovendo a resiliência do sistema nacional de saúde com base em evidências científicas", cujo objetivo é promover a partilha e a discussão dos resultados de investigação científica em saúde.
O evento vai também identificar resultados de investigação que possam ser colocados ao serviço da melhoria da saúde, incentivar o diálogo entre os investigadores e promover o fortalecimento da colaboração entre a investigação e instituições de saúde, adiantou a organização.
Estão inscritos mais de mil participantes nesta edição, que vai decorrer em formato presencial e com transmissão a partir das plataformas digitais.
Segundo a organização do evento vão ser apresentados trabalhos relativos a epidemiologia e saúde pública, ciências clínicas e biomédicas, ciências sociais e comportamentais e clima e saúde.
Na lista dos trabalhos científicos a apresentar integram ainda pesquisa sobre a resistência microbiana, saúde infantil, ambiente e qualidade de vida, o uso da genómica na prevenção e controlo de doenças, sobretudo na abordagem de saúde única, a formação doutoral em Moçambique, vigilância da mortalidade, malária, VIH e tuberculose, saúde mental, trauma e inteligência artificial.
O diretor de formação e comunicação em saúde do INS sublinhou a importância do evento por permitir que soluções para a saúde pública e definição de política sejam feitas a partir de evidências científicas e debatidos por vários profissionais de saúde.
"São vários desafios de saúde pública com os quais nos temos confrontados, um exemplo é a transição epidemiológica, a transição demográfica também com implicações neste domínio, a ocorrência cada vez mais frequente de emergência de saúde pública (...), ocorrência de eventos climáticos extremos com impactos na saúde e a resposta a estes desafios exige cada vez mais a existência de sistemas de saúde de saúde", concluiu Rufino Gujamo.
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