Malaysia Airlines condenada a indemnizar famílias de vítimas do voo MH370
Companhia aérea terá de pagar cerca de 350 mil euros a cada família.
Um tribunal chinês condenou a Malaysia Airlines a pagar cerca de 350 mil euros a cada uma das famílias de oito passageiros desaparecidos no voo MH370, em 2014. A decisão obriga a companhia aérea a indemnizar pelas mortes, pelas despesas funerárias e pelos danos emocionais. Apesar do destino dos ocupantes permanecer desconhecido, foram todos foram declarados legalmente mortos. O voo MH370 desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo, após descolar de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a Pequim, na China. Apesar de extensas buscas internacionais ao longo de vários anos, o paradeiro do Boeing 777 continua um mistério.
A maioria dos passageiros era de nacionalidade chinesa, cujos familiares têm mantido, ao longo dos anos, uma luta persistente por respostas e responsabilização.
A bordo viajavam 153 cidadãos chineses, 50 malaios, além de passageiros de várias outras nacionalidades. Segundo o tribunal, ainda existem 23 processos pendentes, enquanto 47 famílias aceitaram acordos extrajudiciais e desistiram das ações.
As operações de busca iniciais, conduzidas pela Malásia, China e Austrália, abrangeram 120 mil quilómetros quadrados no oceano Índico, mas foram encerradas em 2017 sem resultados. Apenas foram encontados dois destroços, a 27 de Dezembro de 2015 e a 27 de Fevereiro de 2016 em dois locais separados por 220 quilómetros, perto de Moçambique. As duas peças faziam parte da fuselagem do Boeing 777.
Em 2018, a empresa Ocean Infinity tentou novamente localizar o avião, explorando mais 100 mil quilómetros quadrados, também sem sucesso.
Na semana passada, o governo malaio anunciou que a Ocean Infinity retomará as buscas a partir de 30 de dezembro, reacendendo a esperança de, finalmente, se descobrir o destino do MH370.
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