Manifestação durante funeral da primeira vítima mortal dos protestos em Myanmar
Manifestante assassinada é símbolo da oposição à ditadura.
Uma gigantesca multidão saiu este domingo à rua em Naypitaw para acompanhar o funeral da manifestante Mya Khaing, de 19 anos, a primeira vítima mortal da repressão de protestos contra o golpe de Estado de dia 1.
A jovem empregada de supermercado, ferida com um tiro na cabeça a dois dias de fazer 20 anos, passou 10 dias nos Cuidados Intensivos antes de morrer, e tornou-se já um símbolo da resistência contra a ditadura.
Paralelamente, em Mandalay, onde no sábado os militares mataram dois manifestantes, milhares de pessoas desfilaram também pela reposição no poder da líder civil Aung San Suu Kyyi, cujo partido venceu as eleições de 2020.
Os protestos tomaram ainda as ruas de Yangon, com milhares de vozes a entoar cânticos contra os militares. Houve igualmente protestos em várias outras cidades, como Myitkyina, no norte, Monywa e Bagan, no centro, e em Dawei e Myeik, no sul.
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