Marcelo Odebrecht incrimina Temer
Herdeiro de construtora confirma pedido de 2,85 milhões em luvas.
O ex-presidente e herdeiro da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 por corrupção, confirmou à Justiça que o atual presidente do Brasil, Michel Temer, lhe pediu 2,85 milhões de euros para a campanha do seu partido, o PMDB, em 2014. A denúncia foi de outro ex-executivo da Odebrecht, Cláudio de Melo Filho.
Corroborando a denúncia do ex-auxiliar, Odebrecht confirmou que Temer, então vice-presidente da República, o convidou em maio de 2014 para um jantar no Palácio do Jaburu, em Brasília, onde lhe pediu uma doação não declarada, para ajudar a pagar a campanha. Os dois estipularam a doação de 2,85 milhões, que foram pagos em dinheiro a José Yunes, amigo e assessor de Temer.
Ontem, após a divulgação do depoimento, Yunes demitiu-se de assessor da presidência. Temer reconhece o jantar mas nega o pedido de dinheiro.
Outro fator escaldante na política brasileira, a aprovação, no Congresso, de um pacote de austeridade, provocou protestos pelo país e em Brasília e São Paulo ocorreram confrontos. Em Brasília, 75 pessoas foram detidas, dezenas de carros destruídos e ministérios vandalizados e, em São Paulo, vândalos ergueram barricadas, queimaram lixeiras e destruíram a fachada da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
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