María Corina Machado admite estar "em choque" por receber Prémio Nobel da Paz

Vencedora do prémio é líder da oposição venezuelana e luta por eleições livre no país.

10 de outubro de 2025 às 11:37
Maria Corina Machado Foto: Matias Delacroix/AP
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A líder da oposição venezuelana María Corina Machado admitiu estar "em choque" por ter recebido o Prémio Nobel da Paz, hoje atribuído em Oslo, num vídeo enviado pela sua equipa de imprensa à agência de notícias francesa AFP.

"Estou em choque!", ouve-se María Machado a dizer a Edmundo González Urrutia, que a substituiu como candidato nas últimas eleições presidenciais devido à sua inelegibilidade política.

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"O que é isto? Não acredito", insiste a líder da oposição, de 58 anos, que vive escondida na Venezuela.

O Prémio Nobel da Paz foi atribuído a María Corina Machado "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", anunciou o Comité Norueguês do Nobel, esta sexta-feira, em Oslo, Noruega.

María Corina Machado é líder da oposição na Venezuela e luta por eleições livre no país. O Comité Norueguês afirmou que a vencedora "mantém acesa a chama da democracia em meio a uma escuridão crescente".

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Em 2010, María Corina Machado foi eleita para a Assembleia Nacional, obtendo um número recorde de votos, mas o regime expulsou-a do cargo em 2014.

A líder da oposição venezuelana ajudou a fundar, em 2017, a aliança Soy Venezuela, com o objetivo de unir as forças pró-democracia no país, independentemente das divisões políticas.

Em 2023, anunciou a sua candidatura à presidência para as eleições de 2024. Quando foi impedida de concorrer, apoiou o candidato alternativo da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia. No entanto, a oposição mobilizou-se amplamente e reuniu documentação sistemática que comprovava que a agora vencedora do Nobel da Paz era a verdadeira vencedora das eleições.

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