Massacre em jornal

Ataque bárbaro à redação do ‘Charlie Hebdo’ motivado pelas caricaturas de Maomé.

08 de janeiro de 2015 às 09:02
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Altamente treinados, com precisão militar de movimentos, vestidos de negro e sem um pingo de misericórdia. Os terroristas que ontem atacaram a sede do semanário satírico francês ‘Charlie Hebdo’, em Paris, tinham a lição bem estudada e um objetivo claro: a vingança pela publicação de caricaturas de Maomé.

Noutro dia e hora qualquer a redação do semanário estaria praticamente vazia. Mas os terroristas escolheram a manhã de quarta-feira porque sabiam que era o dia da reunião de planeamento semanal com a presença de editores, jornalistas e cartoonistas. Armados com espingardas Kalashnikov, dois homens de rosto coberto obrigaram uma funcionária a introduzir o código de acesso ao edifício e exigiram ser levados à redação, onde perguntaram imediatamente por Charb, o diretor. Foi o primeiro a ser assassinado. Depois viraram as armas sobre os restantes e dispararam várias rajadas antes de fugirem. O ataque durou pouco mais de 5 minutos e deixou 12 mortos e vários feridos graves.

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Já na rua, trocaram tiros com os ocupantes do primeiro carro da polícia a chegar, forçando-os a recuar, ao mesmo tempo que gritavam "Alá é Grande" e "Vingámos o Profeta". Fugiram num Citröen preto, mas um pouco mais à frente foram intercetados por dois polícias de bicicleta. Um deles foi ferido e tombou. Com total frieza, os terroristas aproximaram-se e um deles matou-o com um tiro na cabeça.

Na fuga, trocaram de carro duas vezes, atropelaram um peão e desapareceram por uma das saídas norte de Paris. Mais de três mil polícias estavam ontem à noite envolvidos na maior caça ao homem alguma vez realizada em França. 

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