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Dia de luto nacional quinta-feira em França

Hollande decretou luto nacional.

07 de janeiro de 2015 às 19:47

O Presidente francês, François Hollande, decretou esta quarta-feira luto nacional em França na quinta-feira, após o atentado que esta manhã fez 12 mortos na redação do semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris.

Numa declaração curta e solene à nação transmitida pela televisão, Hollande condenou o atentado hoje perpetrado por três homens armados com 'kalashnikovs', que irromperam pela redação da publicação e abriram fogo, matando 10 jornalistas e cartoonistas e dois agentes policiais e ferindo 11 pessoas, quatro das quais com gravidade. "A nossa melhor arma é a nossa unidade. Nada pode dividir-nos, nada pode separar-nos", sublinhou, indicando que, no país, as bandeiras nacionais ficarão a meia-haste durante três dias.

"A unidade é a nossa melhor arma. Nada pode dividir-nos, nada pode separar-nos. A liberdade será sempre mais forte que a barbárie", sublinhou, indicando que, no país, as bandeiras nacionais ficarão a meia-haste durante três dias.

O Presidente francês elogiou "os corajosos cronistas" do Charlie Hebdo, uma publicação que desencadeou a ira no mundo muçulmano ao divulgar nas suas páginas polémicos cartoons do profeta Maomé.

Dez dos seus jornalistas, entre os quais quatro dos mais prestigiados cartoonistas do país, foram mortos no atentado. "Eles alcançaram - com a sua influência, com a sua insolência, com a sua independência - geração após geração de franceses, e essa mensagem de liberdade, continuaremos a defendê-la em nome deles", disse Hollande.

"Quero aqui, em vosso nome, expressar todo o nosso reconhecimento às famílias, aos que estão em sofrimento, aos feridos, aos próximos, a todos aqueles que estão hoje consternados com este desprezível assassínio", declarou o chefe de Estado francês. "Eles são hoje os nossos heróis e é por isso que amanhã (quinta-feira) será um dia de luto nacional, decretei-o eu", frisou, acrescentando que "haverá, às 12:00 (11:00 em Lisboa) um momento de silêncio em todos os serviços públicos e convido toda a população a associar-se-lhe".

O Presidente anunciou também que reunirá na quinta-feira "os presidentes das duas câmaras do parlamento, bem como as forças aí representadas", para manifestar a sua "determinação que as une".

"Hoje, foi a República toda que foi atacada. A República é a liberdade de expressão, a República é a cultura, é a criação, é o pluralismo, é a democracia -- e foi isso que foi atingido", sustentou, instando à união sob todas as suas formas.

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