Acompanhe desde o primeiro minuto os atentados de Paris. (Em atualização permanente desde dia 7)
Polícia morto em ataque a jornal francês
O ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, provocou na manhã de quarta-feira, dia 7 de janeiro, 12 vítimas mortais. Os dois irmãos que atacaram a publicação foram mortos sexta-feira, dia 9. Ainda na quinta-feira, foi assassinada uma mulher-polícia, sendo que o agressor foi abatido na sexta-feira num supermercado na capital francesa - quatro civis também perderam a vida. Uma mulher considerada suspeita terá já abandonado território francês. As autoridades afirmaram que os dois atentados terroristas estarão ligados - morreram 17 pessoas, além dos três agressores.
20/01/2015 - 16h40: A procuradoria de Paris apresentou esta terça-feira em tribunal quatro homens suspeitos de cumplicidade com os 'jihadistas' autores dos ataques de Paris para que sejam acusados e detidos. Segundo a procuradoria, os quatro homens, de 22, 25, 26 e 28 anos, são suspeitos de ter fornecido armas e veículos a Amédy Coulibaly, autor do assassínio de uma polícia a sul de Paris, a 8 de janeiro, e da tomada de reféns num supermercado de produtos judaicos em Paris, no dia seguinte, em que morreram quatro pessoas.
22h11: Pelo menos 90 militantes da oposição foram este domingo presos no Níger após uma manifestação em Niamey que terminou em confrontos entre policias e ativistas, anunciou o governador da capital, Hamidou Garba.
18h01: O francês Fritz-Joly Joachin, preso na Bulgária sob suspeita de terrorismo, disse este domingo que tinha relações comerciais com os irmãos Said e Chérif Kouachi.
16h05: O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse este domingo que uma sociedade livre tem o direito de ironizar com a religião, discordando da opinião do papa Francisco, que considerou existirem limites para a liberdade de expressão. "Acho que numa sociedade livre existe o direito de ser ofensivo com a religião dos outros", disse David Cameron, numa entrevista ao canal de televisão norte-americano CBS.
"Eu sou cristão. Se alguém diz algo ofensivo sobre Jesus, poderia considerá-lo ofensivo, mas numa sociedade livre não tenho o direito de libertar a minha vingança sobre" essa pessoa, adiantou o primeiro-ministro britânico.
15h42: A Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), sediada na Arábia Saudita, considerou que o jornal Charlie Hebdo demonstrou "ódio" ao incluir um cartoon de Maomé na primeira página da edição publicada após o atentado. A organização solicitou, todavia, "moderação" aos muçulmanos, na sequência dos protestos, por vezes violentos, que se seguiram ao lançamento desse número do jornal satírico.
A Comissão de Direitos Humanos da OCI, que inclui especialistas dos 57 Estados-membros da organização e que classificou como "bárbaro" o ataque ao semanário humorista, considera, porém, que a caricatura de Maomé na capa da mais recente edição do Charlie Hebdo é "intolerante, desrespeitosa e um sinal de ódio e de insensibilidade" para com os muçulmanos.
13h43: O movimento alemão anti-islâmico Pegida anunciou este domingo o cancelamento da manifestação prevista para segunda-feira em Dresden (leste) por "motivos de segurança", depois de um dos organizadores do protesto ter sido ameaçado de morte pelo Estado Islâmico."Vemo-nos forçados a tomar esta medida, depois de conversações com a polícia", escreveu um dos responsáveis pelo Pegida na rede social Facebook, denunciando ainda "um grave atentado à liberdade de opinião e de manifestação" por parte "de forças terroristas".
09h09: Cherif Kouachi, um dos dois irmãos que matou 12 pessoas no ataque à redação do jornal francês Charlie Hebdo, foi sepultado nos arredores de Paris, num funeral discreto e rodeado medidas de segurança, disse fonte da autarquia de Gennevilliers. Kouachi foi enterrado pouco antes da meia-noite de sábado num cemitério da localidade dos arredores de Paris, onde vivia. O seu irmão Said Kouachi tinha sido já enterrado na véspera em Reims, no centro-este da França.
Nenhum parente assitiu ao funeral e a sepultura não está identificada para evitar que se torne num "local de peregrinação" para islamistas, adiantou a fonte da autarquia de Gennevilliers.
04h10: O chefe de redação do Charlie Hebdo, Gérard Biard, defendeu, numa entrevista difundida parcialmente no sábado, as caricaturas controversas do profeta Maomé publicadas pelo jornal satírico, afirmando que elas contribuem para defender "a liberdade de religião". "Sempre que fazemos um desenho de Maomé, sempre que fazemos um desenho de profetas, sempre que fazemos um desenho de Deus, estamos a defender a liberdade religiosa", disse Gérard Biard à estação de televisão norte-americana NBC.
"Nós dizemos que Deus não deve ser uma figura política ou pública. Ele deve ser uma figura privada. Nós defendemos a liberdade de religião", afirmou Gérard Biard na entrevista. Para o chefe de redação, "trata-se de liberdade de expressão, mas também da liberdade de religião". "A religião não deve ser um argumento político", defendeu.
18/01/2015 - 00h45: Mais de quatro em dez franceses (42%) são favoráveis a que sejam evitadas publicações com caricaturas de Maomé, indica uma sondagem divulgada este domingo no país. Na sondagem, publicada no Le Journal du Dimanche, e nessa questão em concreto, 57% dos inquiridos dizem que não se devem considerar as reações extremistas contra as caricaturas e que as mesmas devem continuar a ser publicadas.
De acordo com o trabalho, desenvolvido pelo Instituto Ifop para o periódico francês, é também dito que 50% dos inquiridos é favorável a uma limitação da liberdade de expressão na Internet. O universo desta sondagem foi de 1003 pessoas contactadas telefonicamente.
19h56: Pelo menos oito igrejas foram incendiadas no Níger e realizaram-se manifestações na sexta-feira na capital do país, Niamey, contra a publicação, pelo semanário francês Charlie Hebdo, de uma caricatura de Maomé.
21h30: O Presidente francês, François Hollande, apelou este sábado ao regresso à normalidade no país, após o choque causado pelos ataques da semana passada em Paris, e apresentou as medidas do governo para reforçar a luta contra o 'jihadismo'. "A vida deve continuar, mas nunca nada será como antes", afirmou o Presidente.
17h52: Uma vintena de teólogos muçulmanos apelaram, através da televisão, à calma das centenas de manifestantes que este sábado, em Niamey, Níger, destruíram locais de culto cristão e lojas de não-muçulmanos, para protestar contra as caricaturas de Maomé no Charlie Hebdo.
16h47: A justiça iraniana ordenou a proibição do jornal reformista Mardom Emrouz por este ter mencionado na primeira página e em grandes parangonas a frase "Eu sou Charlie", revelou a agência noticiosa Irna. Segundo a mesma fonte, o diário colocou na primeira página uma foto de George Clooney com as palavras que se tornaram um slogan internacional na sequência do atentado à sede da revista satírica Charlie Hebdo em Paris, a 7 de janeiro, e que o ator também assumiu.
16h26: A justiça francesa proibiu este sábado a realização no domingo, em Paris, de uma manifestação que apelava à expulsão de todos os islâmicos de França. Segundo a deliberação judicial, que confirmou uma decisão da polícia local, o protesto revela uma "lógica islamofóbica". A manifestação foi convocada pelos movimentos Resistência Republicana e Resposta Laica, sob o mote "Desequilibrados, assassinos, loucos... islamitas fora de França".
14h47: Cerca de três mil pessoas mantêm ligações com o Estado Islâmico (EI) na Turquia, estima um relatório dos serviços de informações turcos, que adverte para o risco de ataques contra interesses ocidentais no país.
O relatório, publicado pelo jornal Hürriyet, apela para uma maior monitorização destas pessoas para determinar o papel exacto de cada uma. Indica ainda que foi enviado aos serviços de segurança um "alerta vermelho" sobre a possibilidade de existência de ataques contra as embaixadas dos países ocidentais por parte dos 'jihadistas' do EI.
14h19: Dois franceses suspeitos de terem ligações à Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa) foram detidos no Iémen, divulgou um alto responsável das forças de segurança locais, que acrescentou que os dois homens foram submetidos a interrogatórios. "Nos últimos dois dias, dois cidadãos franceses acusados de pertencer à Al-Qaida foram detidos", afirmou o chefe do serviço de segurança nacional do Iémen, o general Mohammed al-Ahmadi.
"Existem cerca de mil militantes da Al-Qaeda no Iémen de 11 países árabes e não árabes", acrescentou o general, em declarações aos jornalistas na capital iemenita Sanaa.
13h04: Três igrejas foram incendiadas em Niamey, no Níger, onde a contestação à publicação de novas caricaturas de Maomé pelo jornal francês Charlie Hebdo alastrou a vários bairros da capital, após uma manifestação violenta durante a manhã. A embaixada de França no Níger apelou já aos cidadãos franceses no país para "evitarem todas as saídas", noticia a agência France Presse. "Grande prudência a respeitar, evitar todas as saídas [à rua]", escreve a embaixada na sua página na internet.
12h34: O semanário satírico francês Charlie Hebdo anunciou que vai novamente aumentar a tiragem, de cinco para sete milhões de exemplares, do número editado após os atentados 'jihadistas' de Paris. O jornal, cuja tiragem habitual ronda os 60 mil exemplares, já tinha aumentado a tiragem inicial desta edição dos três para os cinco milhões de jornais. Estes novos exemplares vão ser vendidos de forma faseada durante os próximos dois meses. Através da sua página na internet, as pessoas podem fazer uma assinatura do semanário, fazer uma doação ou subscrever uma aplicação que permite ler o último número do jornal no telemóvel.
10h40: O presidente francês, François Hollande, defendeu a liberdade de expressão como um dos princípios e valores franceses, após protestos em vários países contra as caricaturas do profeta Maomé publicadas pelo semanário satírico Charlie Hebdo. "Há tensões no exterior, onde as populações não compreendem o que é o compromisso com a liberdade de expressão", disse Hollande em Tulle, no sul da França, uma semana após os atentados terroristas em Paris.
O chefe de Estado francês sublinhou que a "França tem princípios e valores" entre os quais se destaca "a liberdade de expressão", mas recordou que os Estados onde se registaram protestos contra o jornal atacado, como o Paquistão, Jordânia, Líbano ou Níger, são países que a França "apoiou na luta contra o terrorismo".
09h06: O imã na mesquita central de Madrid Riay Tatary considera que a liberdade de expressão, como todas as liberdades, tem limites e o semanário satírico francês Charlie Hebdo há muito que os passou. "Todos desejamos a liberdade, mas esta tem sempre limites. A liberdade de expressão também", declarou em entrevista à agência Lusa Riay Tatary, acrescentando que o Charlie Hebdo há muito passou essa linha.
17/01/2015 - 03h14: O jornal satírico francês Charlie Hebdo já vendeu 1,9 milhões de cópias do número especial lançado esta semana e que foi alvo de protesto por muçulmanos em todo o mundo por causa da caricatura do profeta Maomé na capa. A distribuição foi, no entanto, afetada devido a problemas técnicos, com apenas 230.000 cópias prontas contra a tiragem de milhão de exemplares prevista para este fim de semana, informou a distribuidora MLP (Messageries Lyonnaises de Presse). A empresa afirmou entretanto que o problema técnico já tinha sido resolvido e que a "distribuição iria ser retomada normalmente na segunda-feira".
17h10: Uma centena de pessoas concentrou-se esta sexta-feira em Istambul em frente à mesquita do ultrarreligioso distrito de Fatih para prestar homenagem a Chérif e Saïd Kouachi, os dois autores do atentado mortífero contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris.
16/01/2015 - 17h09: O primeiro-ministro português expressou esta sexta-feira solidariedade ao seu homólogo belga pelas operações antiterroristas levadas a cabo neste país, que considerou essenciais para manter "um sentimento de confiança e de tranquilidade" entre os cidadãos.
19h33: O autor da frase "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), o designer Joachim Roncin, quer pôr termo à exploração comercial do seu 'slogan' e vai analisar os meios legais para o conseguir, indicou esta quinta-feira a sua advogada.
19h31: Cinco das vítimas mortais do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo foram esta quinta-feira sepultadas, acompanhadas por milhares de pessoas, numa despedida emotiva, constatou a agência francesa AFP.
19h00: Teólogos sudaneses apelaram a manifestações na sexta-feira em todo o país contra a publicação, pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo, de uma caricatura do profeta Maomé.
16h43: Cartoonistas brasileiros expressaram a sua solidariedade a colegas do semanário satírico francês Charlie Hebdo mortos a tiro na semana passada num ataque de extremistas islâmicos.
15/01/2015 - 16h30: A eurodeputada socialista Ana Gomes considerou esta quinta-feira que a presença de europeus entre os grupos terroristas "não acontece por acaso" e advertiu para o perigo de a Europa entrar numa "deriva securitária e xenófoba". Em declarações à agência Lusa, a eurodeputada alertou que os europeus não podem "embarcar numa deriva securitária e xenófoba contra os muçulmanos, que instigue mais ódio", porque "eles também são vítimas".
23h51: Algumas das armas utilizadas pelos irmãos Kouachi e por Amedy Coulibaly nos atentados que causaram 20 mortos em Paris foram compradas na Bélgica, noticiaram esta quarta-feira vários meios de comunicação belgas. "A kalachnikov e o lança-rockets utilizados pelos irmãos Kouachi foram comprados por Coulibaly nas proximidades da Gare do Midi, em Bruxelas, por menos de cinco mil euros", escreveu o jornal La Dernière Heure, citando "fontes muito boas". Este diário acrescentou que "a metralhadora de tipo Scorpio que Amedy Coulibaly possuía, quando fez a tomada de reféns na Porta de Vincennes, veio de Bruxelas", segundo as mesmas fontes.
22h55: O comediante francês Dieudonné deverá comparecer perante a justiça sob a acusação de "apologia do terrorismo", indicou fonte judicial. Dieudonné M'bala M'bala, ator, ativista político e humorista adepto de provocações - já repetidamente condenado por declarações antissemitas-, está sob investigação criminal desde segunda-feira, por no domingo ter escrito na sua página no Facebook: "Esta noite, naquilo que me diz respeito, sinto-me Charlie Coulibaly".
21h07: O chefe da diplomacia jordana, Nasser Joudeh, criticou hoje a nova publicação de caricaturas do profeta Maomé pelo jornal satírico francês Charlie Hebdo, o que levou a oposição islamita a exigir um pedido de "desculpas" à publicação.
"Nós fomos a França para expressar a nossa oposição ao extremismo, ao terrorismo e ao ódio, e para apoiar os muçulmanos. E o jornal Charlie Hebdo semeia de novo os grãos da discórdia", escreveu Joudeh na sua conta na rede social Twitter.
"Hoje, e ao contrário de domingo, muito poucos muçulmanos no mundo são Charlie", acrescentou.
21h07: O Presidente francês, François Hollande, declarou que o "Charlie Hebdo está e continuará vivo", saudando a publicação de um número especial elaborado pelos sobreviventes do jornal satírico, cuja redação foi alvo de um atentado 'jihadista' em Paris. "Pode-se assassinar homens, mulheres, mas nunca se conseguirá matar as suas ideias, pelo contrário", sublinhou o chefe de Estado francês, uma semana após o atentado às instalações do Charlie Hebdo.
20h30: O Senegal proibiu a distribuição "por qualquer meio" da edição desta quarta-feira do semanário satírico francês Charlie Hebdo e do diário Libération, ambas exibindo na capa uma caricatura do profeta Maomé. "É proibido distribuir e difundir, por qualquer meio, as edições desta quarta-feira do semanário francês Charlie Hebdo e do diário francês Libération, em toda a extensão do território nacional", noticiou a agência de notícias senegalesa (APS, pública), citando um comunicado do ministério do Interior. "Quem desobedecer ficará sujeito às leis e disposições em vigor", acrescenta o texto.
20h18: Os Estados Unidos confirmaram a autenticidade do vídeo divulgado hoje pela Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) a reivindicar o ataque ao jornal satírico francês Charlie Heddo. Os serviços de informações norte-americanos "determinaram que o vídeo da AQAP é autêntico", disse a porta-voz da diplomacia americana Marie Harf, sem confirmar explicitamente que grupo armado islâmico foi responsável pelo ataque ocorrido há exatamente uma semana em Paris, que provocou a morte de 12 pessoas.
20h38: O movimento xiita libanês Hezbollah, que condenou o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, considerou que a nova caricatura de Maomé na capa do semanário satírico "fere o sentimento" dos muçulmanos e pode originar "mais extremismo". "O que foi repetido pela revista francesa fere fortemente os sentimentos de mais de 1,5 mil milhões de muçulmanos em todo o mundo e todos os que se identificam com as religiões monoteístas", considerou em comunicado a formação islamita. "É um ato que contribui diretamente para ajudar o terrorismo, o extremismo e os fundamentalistas", acrescenta o movimento xiita.
19h24: Um movimento anti-islâmico que está a crescer na Alemanha abriu uma secção em Espanha, a seguir aos atentados da semana passada em França. A ala espanhola do PEGIDA (Patriotas Europeus Contra a Islamização do Ocidente) foi lançada na rede social 'Twitter' a 8 de janeiro, um dia depois do atentado perpetrado por 'jihadistas' armados com espingardas automáticas 'kalashnikov'. "Não há lugar para o Islão em sociedades democráticas como a Europa", escreveu o grupo num dos primeiros 'tweets' daquele dia.
17h23: O governo alemão informou esta quarta-feira, uma semana após o ataque contra o semanário Charlie Hebdo, que decidiu reforçar as restrições de viagem para evitar potenciais 'jihadistas' de se deslocarem à Síria e ao Iraque. "O objetivo é evitar a viagem de pessoas que pretendiam juntar-se a áreas de combate, por exemplo na Síria", disse aos jornalistas Steffen Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel, após a decisão saída do Conselho de Ministros.
18h31: Quatro livrarias em Bruxelas receberam cartas que ameaçam represálias sobre estas lojas se colocarem à venda na quinta-feira a edição especial do jornal satírico Charlie Hebdo, tendo as autoridades reforçado a vigilância e aberto uma investigação. "O Ministério Público de Bruxelas está a levar estas cartas ameaçadoras muito a sério, e vai colocar todos os meios técnicos à sua disposição, incluindo vigilância de câmaras, pesquisas telefónicas, para encontrar o autor", disse o porta-voz do Ministério Público, acrescentando que este tipo de ameaça "é intolerável".
14/01/2015 - 17h10: Um tribunal turco ordenou o bloqueio do acesso às páginas internet com a capa da edição desta quarta-feira do Charlie Hebdo, uma de várias reações críticas no mundo muçulmano à publicação de uma nova caricatura do profeta Maomé.
23h59: O responsável máximo da comunidade judaica alemã considerou esta terça-feira que os judeus não estão mais seguros em Israel do que na Europa. "As pessoas em Israel estão ameaçadas por ataques terroristas", sublinhou o presidente do Conselho Central dos juízes da Alemanha, Josef Schuster, questionado pela rádio pública regional Hessische Rundfunk. "Não considero que a vida em Israel seja mais segura do que na Europa, em particular na Alemanha", frisou.
23h19: O Ministério dos Serviços Religiosos de Israel pediu mais de 50 mil dólares (42 mil euros) pelo funeral realizado hoje em Jerusalém das quatro vítimas mortais do atentado a um supermercado de produtos judaicos em Paris. Segundo o Ynet, a comunidade judaica de França vai suportar as despesas.
21h38: A principal autoridade islamita sunita sediada no Egito, Al-Azhar, antecipou esta terça-feira que a publicação de novos desenhos representando o profeta Maomé no jornal satírico francês Charlie Hebdo vai "incitar ao ódio". A publicação dos desenhos vai "incitar ao ódio", além de que "não serve a coexistência pacífica entre os povos e impede a integração dos muçulmanos nas sociedades europeias e ocidentais", refere Al-Azhar num comunicado.
20h20: A próxima edição do semanário Charlie Hebdo, que sai na quarta-feira em mais de 20 países, será traduzida em cinco línguas, entre as quais árabe e turco, de acordo com o seu chefe de redação, Gérard Biard. Preparada pelos sobreviventes do sangrento atentado da semana passada, que fez 20 mortos, esta edição do jornal satírico será traduzida em inglês, espanhol e árabe na versão digital e em italiano e turco na versão em papel, precisou Biard numa conferência de imprensa em Paris.
16h00: A maior associação judaica da Dinamarca pediu esta terça-feira à polícia para proteger a sua escola e a sinagoga de Copenhaga, após o assassínio de quatro judeus num supermercado 'kosher' em Paris.
16h00: O coordenador europeu de contraterrorismo, Gilles de Kerchove, alertou esta terça-feira para a impossibilidade de evitar "a 100%" ataques como os da semana passada em Paris e sublinhou os perigos de radicalização nas prisões. "Não vamos impedir um novo atentado (...). Mas podemos tentar impedir o mais possível que ele aconteça sem entrar numa sociedade totalitária", disse Kerchove numa entrevista à agência France Presse.
15h02: O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, considerou esta terça-feira que o "novo contexto internacional" mostra que Portugal deve ter sempre capacidades para ser "um país que conta para a defesa coletiva" nas alianças de que faz parte.
13h53: A instância que representa o Islão junto do Estado egípcio, a Dar al-Ifta, criticou esta terça-feira como "uma provocação" a publicação de mais uma caricatura do profeta Maomé na próxima edição do jornal satírico Charlie Hebdo. "Esta ação é uma provocação injustificada contra os sentimentos de 1,5 mil milhões de muçulmanos", afirmou a autoridade num comunicado citado pela agência France Presse.
13h45: Cerca de 60 pessoas manifestaram-se esta terça-feira em Peshawar, noroeste do Paquistão, em homenagem aos autores do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, segundo um jornalista da agência France Presse no local.
13h30: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta terça-feira que os dirigentes mundiais começam a perceber a ameaça representada pelo extremismo islâmico, na sequência dos atentados da semana passada em França. "Penso que a maioria percebe - ou pelo menos começa a perceber - que o terrorismo exercido pelo islão extremista representa uma ameaça clara e real para a paz do mundo, no qual vivemos", disse Netanyahu, em Jerusalém, durante as cerimónias fúnebres dos quatro judeus mortos na sexta-feira em Paris, num ataque contra um supermercado 'kosher' (judaico).
13h13: O parlamento dos Açores aprovou esta terça-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte de todas as vítimas de grupos radicais e atentados terroristas, seja na Europa ou na África ou em qualquer parte do mundo.
13h00: As principais organizações muçulmanas de França apelaram esta terça-feira à comunidade muçulmana para "manter a calma e evitar reações emotivas", um dia antes da publicação do primeiro número do Charlie Hebdo depois do ataque ao jornal.
12h12: O Presidente François Hollande disse esta terça-feira que "a França nunca cede, nunca se verga, dá a cara" durante a cerimónia solene de homenagem aos três polícias que morreram na sequência dos atentados extremistas da semana passada em Paris.
11h30: Um homem de 34 anos foi condenado em França a quatro anos de prisão por defender os atentados terroristas dos irmãos Kouachi, quando foi detido a conduzir embriagado, informaram esta terça-feira as autoridades judiciais francesas.
11h10: Um francês detido na Bulgária no passado dia 01 por tentar chegar à Síria é suspeito de ligações a um dos autores do atentado de 07 de janeiro contra o jornal satírico Charlie Hebdo, informou hoje a justiça búlgara.
10h57: A eurodeputada francesa Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, reclamou esta terça-feira o encerramento imediato das fronteiras internas no espaço europeu, na sequência dos atentados de Paris da semana passada.
13/01/2015 - 07h51: Os corpos de quatro judeus franceses assassinados na sexta-feira num ataque a um supermercado 'kosher' (judaico) em Paris chegaram na madrugada desta terça-feira a Israel onde serão enterrados. Os restos mortais dos quatro homens, acompanhados de familiares, chegaram às 04h30 (02h30 em Lisboa) ao aeroporto de Tel-Aviv a bordo de um avião da El-Al.
23h43: Cerca de 100 mil alemães manifestaram-se esta segunda-feira em todo o país contra o grupo populista anti-islâmico PEGIDA para expressar o seu apoio a uma sociedade aberta e multicultural, informou agência nacional de notícias DPA. Milhares de pessoas reuniram-se em comícios por toda a Alemanha para se oporem ao grupo "Os Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente" (PEGIDA), que atraiu milhares de pessoas ao seu bastião, na cidade oriental de Dresden, para comemorar o 12 de março, e protestar contra o islamismo.
22h44: A próxima edição do semanário satírico francês Charlie Hebdo apresenta a caricatura do profeta Maomé a segurar um cartaz com a inscrição "Je suis Charlie" encimado pela frase: "Tudo é perdoado". A página principal do semanário foi divulgada esta segunda-feira, dois dias antes da publicação da revista, que sairá quarta-feira, com uma tiragem de três milhões de cópias em vez dos habituais 60 mil.
Atentado em Paris não silenciou a publicação nem retirou Maomé da primeira página do Charlie Hebdo 20h44:
19h57: Centenas de sites de instituições francesas foram pirateados por hackers que dizem ser islamitas, através da colocação de mensagens de carácter religioso e ideológico. Slogans como 'Morte à França' e 'Morte ao Charlie' aparecem nas páginas controladas pelos hackers.
19h52: A Casa Branca admitiu esta segunda-feira que devia ter enviado um alto responsável de primeiro plano à "marcha republicana" realizada no domingo em Paris que reuniu mais de um milhão de pessoas, incluindo cerca de 50 líderes mundiais. "Deveríamos ter enviado alguém ao mais alto nível", admitiu Josh Earnest, porta-voz da administração norte-americana, em resposta às duras críticas feitas pela imprensa norte-americana sobre a ausência do Presidente Barack Obama ou de outro responsável do executivo, como o vice-presidente Joe Biden ou o secretário de Estado John Kerry, neste evento sem precedentes.
19h33: Os países europeus estão a ponderar o reforço de medidas antiterroristas na sequência dos ataques islamitas em Paris na semana passada, mas preocupações com as liberdades civis e a partilha de informações podem limitar as medidas. Durante um encontro informal no domingo em Paris, na sequência da onda de choque motivada pelos sangrentos atentados na capital francesa, os ministros do Interior de diversos países europeus, Estados Unidos e Canadá sugeriram medidas urgentes para combater o que definem como a crescente ameaça 'jihadista' na Europa. Os ministros apelaram para a criação de uma base de dados sobre todos os passageiros que viajem no espaço da União Europeia (UE), o aumento da vigilância na Internet e até alterações no espaço Schengen (área europeia de livre circulação de pessoas).
17h08: De acordo com o presidente do Observatório contra a Islamofobia do Conselho Francês do Culto Muçulmano, foram registados mais de 50 incidentes antimuçulmanos em França desde o atentado contra o Charlie Hebdo, na passada quarta-feira.
17h06: A polícia francesa está a investigar o humorista Dieudonne na sequência de um comentário publicado na Internet que aparentemente apoia um dos responsáveis pelos recentes ataques em Paris.
15h59: A próxima edição do semanário satírico francês Charlie Hebdo, nas bancas na quarta-feira, pela primeira vez depois do atentado, vai incluir caricaturas de Maomé e apresentar uma tiragem de um milhão de exemplares, foi anunciado esta sgeunda-feira. O advogado da publicação, Richard Malka, garantiu à rádio France Info que a revista vai incluir outras sátiras sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito de 'Eu sou Charlie'".
14h56: Cerca de 1.400 cidadãos residentes em França juntaram-se recentemente aos extremistas na Síria e no Iraque ou tencionam combater, disse esta segunda-feira o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
14h37: Um polícia francês suicidou-se com a arma de serviço do dia a seguir ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo.
13h47: O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy considerou esta segunda-feira, na sequência dos atentados terroristas da semana passada em Paris, que a imigração "não está ligada ao terrorismo, mas complica as coisas".
13h40: A chanceler alemã, Angela Merkel, e vários membros do seu Governo participam na terça-feira numa manifestação em Berlim convocada por líderes muçulmanos pela tolerância e em homenagem às vítimas dos ataques de Paris, informou um porta-voz governamental.
13h11: A importadora para Portugal do jornal satírico francês Charlie Hebdo encomendou mais exemplares daquele título, que publica quarta-feira a primeira edição após o atentado terrorista que matou 12 pessoas, disse esta segunda-feira à Lusa fonte da empresa. O pedido foi feito na sexta-feira passada, mas, até ao momento, a International News Portugal não recebeu resposta.
12h28: O papa Francisco condenou esta segunda-feira "as formas desviantes de religião", na origem do "trágico massacre" de Paris, em que 17 pessoas foram mortas por 'jihadistas' em três ataques diferentes, na semana passada.
09h45: O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou hoje que um dos três atacantes, que mataram 17 pessoas em França, na semana passada, tinha "sem dúvida" um cúmplice, prometendo continuar as buscas. "A caça vai continuar", prometeu Valls.
09h33: França pediu ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para não participar na manifestação de Paris contra o terrorismo porque a sua presença poderia desviar a atenção para o conflito israelo-palestiniano, noticia esta segunda-feira o principal diário de Israel.
08h56: O ministro dos Negócios Estrangeiros turco confirmou esta segunda-feira que Hayat Boumeddiene, a companheira de Amedy Coulibaly, passou a fronteira para a Síria no dia 8 de janeiro.
08h41: O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse esta segunda-feira que um dos três homens armados que mataram 20 pessoas na semana passada em Paris tinha "sem dúvida" um cúmplice e prometeu continuar a sua caça.
08h34: Cerca de 5.000 polícias e guardas franceses vão ser mobilizados para proteger todas as escolas judaicas do país e militares vão ser enviados como reforço nos próximos dois dias, anunciou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
08h00: Várias cidades do continente americano associaram-se no domingo à homenagem às vítimas dos atentados ocorridos em Paris, com milhares de pessoas a percorreram as ruas para defender a liberdade de expressão e condenar o terrorismo.
12/01/2015 - 07h46: O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou esta segunda-feira que vai para Paris na quinta-feira para encontros com as autoridades francesas, depois dos ataques na capital francesa na semana passada.
23h57: O secretário-geral da Organização das Nações Unidas pediu a todo o mundo mais esforços no combate à violência e à divisão, saudando a marcha de Paris em memória das vítimas dos ataques terroristas. Ban Ki-moon revelou-se "profundamente emocionado com as imagens da marcha de hoje [deste domingo] e as demonstrações de solidariedade global nos últimos dias", indicou o seu porta-voz. O secretário-geral das Nações Unidas, em viagem pela Índia, esteve representado em Paris pelo seu enviado especial Staffan de Mistura.
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21h52: Pelo menos 3,7 milhões de pessoas manifestaram-se este domingo em França contra o terrorismo, na sequência dos atentados mortíferos dos últimos dias em Paris, anunciou o Ministério do Interior francês. Mais de 2,5 milhões de manifestantes foram contados em diferentes localidades francesas. Em Paris, os manifestantes eram entre 1,2 e 1,6 milhões, mas uma contagem precisa foi impossível dada a afluência maciça, acrescentou o ministério.
21h12: O patriarca de Lisboa afirmou que os direitos à liberdade e à responsabilidade de expressão "são irrenunciáveis". Manuel Clemente disse, em declarações ao jornal diocesano Voz da Verdade, que é "importante que a sociedade se manifeste e se insurja contra algo que é intolerável". Para o patriarca de Lisboa, "existem, nas sociedades europeias e noutras sociedades do mundo, conquistas que são irrecusáveis e que têm a ver com os direitos humanos, onde está o direito à vida, à liberdade e à responsabilidade de expressão e o direito a ser considerado naquilo que são as convicções e na expressão das ideias".
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20h10: Benjamin Netanyahu elogiou este domingo a "posição muito firme" e "determinação" do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls "contra o terrorismo e o novo anti-semitismo." Num discurso proferido na Grande Sinagoga da Vitória, em Paris, o primeiro-ministro de Israel agradeceu a Lassana Bathily, o funcionário muçulmano do Mali que salvou os clientes do supermercado kosher situado na zona parisiense de Porte de Vincennes, e referiu que o "nosso inimigo comum é o Islão radical, extremista, não o Islão".
19h33: Os dois irmãos jihadistas que mataram, na quarta-feira, 12 pessoas no atentado contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo não tinham ligações à Argélia, assegurou este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, Ramtane Lamamra. "Nunca estiveram interessados em obter a nacionalidade argelina, mesmo quando o pai a tinha", disse Lamamra à rádio francesa RFI. "É importante não identificar estes cidadãos franceses pelas suas origens", frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, que participou este domingo, em Paris, na marcha de solidariedade com as vítimas do atentado terrorista.
Os 3 dias de terror em França
19h24: O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que a marcha em Paris foi "muito comovente" e expressou a vontade do povo francês e dos líderes mundiais de "mostrar solidariedade" com as vítimas dos atentados terroristas. "É muito significativo ver pessoas de todas as idades a dizer: 'quero estar aqui e mostrar solidariedade com aqueles que sofreram', afirmou o primeiro-ministro britânico. Cameron disse ainda que o seu cartaz preferido foi aquele em que se lia: "Eu sou Charlie, eu sou polícia e eu sou judeu", numa alusão a algumas vítimas dos ataques perpetrados por alegados fundamentalistas islâmicos.
18h59: Pelo menos 3,3 milhões de pessoas marcharam este domingo em várias cidades de França, de acordo com a contabilização feita pela Agência France Presse (AFP), naquela que o ministro do Interior francês considerou ser uma mobilização "sem precedentes".
150 músicos prestam homenagem ao ‘Charlie Hebdo’
17h14: A marcha silenciosa de solidariedade para com as vítimas de atentados, que decorre esta tarde em Paris, junta um milhão e meio de pessoas, estima a organização, número só comparável com as celebrações do Mundial de Futebol de 1998.
16h56: As manifestação de solidariedade para com as vítimas dos atentados de Paris sucedem-se um pouco por toda a Europa, juntando dezenas de milhares de pessoas em cidades como Londres, Bruxelas, Viena ou Berlim.
Manifestantes seguram um cartaz onde se pode ler "Nós somos Charlie" (Foto: Eric Gaillard/Reuters)
16h13: Para além de Paris, as autoridades estimam que 700 mil pessoas estejam na rua em diversas cidades francesas. Na capital, há que avance que o número pode aproximar-se de 1,5 milhões de manifestantes.
Redação do 'CM' solidária com 'Charlie Hebdo'
15h48: Os chefes de Estado presentes em Paris para a marcha silenciosa de solidariedade com as vítimas dos atentados dos últimos dias em França estiveram 20 minutos na linha da frente da manifestação, que arrancou às 14h25 de Lisboa. O presidente francês, François Hollande, liderou a marcha e esteve ladeado por figuras como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Hollande, frisa a agência France-Presse, cumprimentou durante a marcha as famílias das vítimas mortais dos atentados desta semana.
15h35: Cerca de uma centena de pessoas está concentrada este domingo junto à Praça Luís de Camões, em Lisboa, para mostrar "que não tem medo" e que está solidária com as vítimas dos atentados em Paris. Na praça ouve-se tanto a língua francesa como a língua portuguesa, e são visíveis as bandeiras dos dois países, que têm colado um papel onde se lê 'Nous sommes Charlie' ('Nós somos Charlie'), 'Nous luttons pour la liberté ('Nós lutamos pela liberdade').
Manifestantes reunidos no Largo Luís de Camões, em Lisboa (Foto: Pedro Catarino) 15h34:
Veja assalto final contra irmãos terroristas
15h11: A mulher de um dos terroristas que atacou a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, na quarta-feira, condenou os atos do seu marido e enviou condolências às famílias das vítimas, disse o seu advogado, numa declaração à AFP. A mulher foi libertada três dias depois de ter sido detida e "expressou a sua indignação e a condenação da violência", disse o advogado, acrescentando que a cliente "enviou condolências à família" e teve "a mesma reação de indignação que a comunidade nacional". Segundo o advogado, a mulher de um dos autores do atentando de quarta-feira nunca detetou qualquer sinal do que se estava a passar, nunca se apercebendo que iria ser cometido um atentado terrorista e mostrando-se "estupefacta" pelo sucedido.
14h48: A presidência letã da União Europeia vai convocar de emergência um Conselho de Ministros da Justiça e do Interior, no qual o Tratado de Schengen será revisto, no seguimento dos atentados em França, anunciou o ministro Francês do Interior. A convocatória será emitida "rapidamente" e servirá para debater o reforço das medidas de controlo sobre a entrada e saída de europeus das fronteiras terrestres da União Europeia, acrescentou Bernard Cazeneuve, sem apontar datas para a reunião.
Mais de um milhão de pessoas desfilam este domingo pelas ruas de Paris (Foto: Charles Platiau/Reuters) 14h44:
Polícia intervém e abate barricado em supermercado de Paris
14h38: Em Rennes, mais de 60 mil pessoas também desfilam. O mesmo acontece em Saint-Etienne. Em Bruxelas, Bélgica, são dez mil pessoas a manifestar o seu apoio às vítimas. Em Lyon, as ruas estão saturadas com milhares de pessoas.
14h33: A marcha, que junta vários quadrantes políticos, intelectuais e religiosos de França, partiu da Praça da República, vai percorrer diversas artérias e termina na Praça da Nação.
14h31: Familiares das vítimas estão na primeira fila do desfile.
A marcha teve início com os líderes europeus na fila da frente (Philippe Wojazer/Reuters)
14h25: Começou a marcha republicana. Estima-se que um milhão de pessoas estejam nas ruas de Paris.
14h17: À frente já se encontra François Hollande e Angela Merkel. Também David Cameron, Mariano Rajoy e Jean-Claude Juncker.
14h16: Marcha republicana está prestes a começar. Perto de 5.550 polícias vigiam as ruas de Paris.
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14h09: Os ministros da Cultura da União Europeia condenaram este domingo o ataque à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, considerando-o como um "ato inominável" com intenção de silenciar para sempre aquele órgão de comunicação social. Na declaração, assinada também pelo secretário de Estado da Cultura português, Jorge Barreto Xavier, os ministros da União Europeia lembram que jornalistas e cartoonistas do Charlie Hebdo foram assassinados "porque desenhavam e publicavam bandas desenhadas".
Merkel e Hollande juntos em Paris (Foto: Pascal Rossignol/Reuters) 13h20:
13h09: Os Estados Unidos vão realizar uma conferência internacional sobre como lutar contra o "extremismo violento em todo o mundo", no seguimento dos ataques em Paris, anunciou o procurador-geral, Eric Holder, este domingo em Paris. A reunião vai decorrer no dia 18 de fevereiro, em Washington, acrescentou o responsável norte-americano depois de uma reunião em Paris com onze ministros europeus do Interior e Administração Interna, convocada no seguimento dos ataques na região da capital francesa durante a última semana, que provocaram 20 mortos, incluindo os supostos autores dos atentados.
Uma manifestante nas ruas da capital francesa (Foto: Eric Gaillard/Reuters) 12h59:
12h57: Os ministros do Interior de onze países europeus, juntamente com o responsável norte-americano da Justiça, querem reforçar a deteção e o controlo dos europeus que atravessam as fronteiras da União Europeia, segundo uma declaração conjunta. De acordo com o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, é preciso "conduzir muito rapidamente os trabalhos sob a responsabilidade da Comissão [Europeia] para reforçar, sem alterar o direito europeu, os controlos dos cidadãos europeus quando atravessam as fronteiras exteriores da União". As declarações foram proferidas no final da reunião que decorreu este domingo em Paris.
12h23: O deputado do PSD eleito pelo círculo da emigração, Carlos Alberto Gonçalves, participa na marcha republicana em Paris para "uma homenagem não só às vítimas, mas também para ser solidário com o povo francês".
12h17: "Paris é hoje a capital do mundo", proferiu este domingo o presidente francês, François Hollande, durante a reunião com os membros dos governos no Palácio do Eliseu, antes da marcha republicana.
12h06: Dieudonné, polémico humorista francês diversas vezes condenado pelas suas posições antisemitas, anunciou na sua conta do Twitter que participará na marcha republicana.
11h58: O presidente do Conselho Nacional do CDS, Telmo Correia, disse este domingo que vai participar na marcha republicana em Paris para mostrar que "o terror não vencerá" e para passar uma "mensagem de unidade" em defesa da liberdade de expressão. Nas declarações feitas à porta da Embaixada de Portugal em Paris, cerca de três horas antes do início da manifestação, o também vice-presidente do grupo parlamentar do CDS, acrescentou: "Estamos dispostos a assumir este combate contra o terrorismo, este combate contra a barbárie que decorreu no coração da Europa".
São esperadas um milhão de pessoas em Paris (Foto: Reuters) 11h15:
11h03: O presidente do conselho representativo das instituições judias de França, Roger Cukierman, disse que as escolas judias e as sinagogas serão protegidas, "se necessário", pelo exército, na sequência de um encontro com o presidente François Hollande.
10h46: O Ministério Público alemão anunciou este domingo a detenção de um homem suspeito de pertencer ao Estado Islâmico, portador de passaporte alemão e que regressou em novembro da Síria.
10h31: Diversas estações de metropolitano de Paris situadas no percurso por onde esta tarde vai passar a marcha republicana estão já fechadas, por uma questão de segurança. Desconhece-se quando serão reabertas.
09h26: O ministro do Interior espanhol revelou este domingo que os responsáveis europeus se preparam para introduzir controlos fronteiriços na UE que podem implicar alterações à livre circulação estabelecida pelo tratado de Shengen, como forma de combater o terrorismo jihadista.
08h55: As quatro vítimas judias do atentado contra o supermercado parisiense na sexta-feira serão sepultadas na terça-feira no emblemático cemitério do Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Os corpos de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav hatab e Fracois Michel Saada serão transladados para Israel num avião da companhia nacional El Al e sepultados durante uma cerimónia oficial. A decisão de transportar os quatro, apesar de nenhum ter nacionalidade israelita, foi adotada pelo ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que fez a oferta às famílias através dos organismos oficiais da comunidade judaica francesa.
08h35: A paróquia de Saint-Germain-en-Laye, nos arredores de Paris, vai rezar, na manhã deste domingo, pelas 17 vítimas dos ataques terroristas. "Iremos também recordar as vítimas destes últimos dias e iremos rezar de uma maneira muito especial. Iremos rezar pela paz. No meio de um ambiente de tensão, de raiva e de medo, temos que levantar bem alto a bandeira da paz", afirmou o capelão nacional das comunidades católicas portuguesas de França. O sacerdote sublinhou que a comunidade portuguesa não aponta o dedo aos muçulmanos pelos "episódios de fanatismo, violência e intolerância" que atingiram Paris esta semana.
07h58: Líderes políticos e outras personalidades participam este domingo em Paris numa marcha silenciosa de solidariedade para com as vítimas dos atentados que ocorreram na capital francesa nos últimos dias, numa iniciativa em que são esperadas um milhão de pessoas. Além do chefe de Estado e do primeiro-ministro de França, já anunciaram que vão estar presentes, entre outras figuras públicas, os presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, representantes governamentais da Rússia, da Arábia Saudita e do Egito, o presidente palestiniano, o rei da Jordânia e os chefes de Governo de Israel, Espanha, Itália, Reino Unido, Bélgica, Turquia, Alemanha e Portugal, oficialmente representado também pela presidente da Assembleia da República.
Em Portugal, o vice-presidente do CDS Telmo Correia, o deputado socialista Paulo Pisco, o ex-líder do Bloco de Esquerda Francisco Louçã e o deputado europeu social-democrata Carlos Gonçalves também anunciaram a sua presença na manifestação.
07h56: Responsáveis políticos europeus e dos Estados Unidos reúnem-se este domingo em Paris para debater a adoção de medidas de combate ao terrorismo, na sequência dos atentados registados nos últimos dias na capital francesa.O anfitrião da reunião, que está marcada para as 11h00 (10h00 em Lisboa), é o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, que apresentará ao final da manhã as conclusões. Além dos ministros do Interior europeus, na reunião participam também o comissário Europeu para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, e o procurador-Geral dos Estados Unidos, Eric Holder.
Dia 11/01/2015 - 07h46: Um jornal alemão da cidade de Hamburgo que reproduziu caricaturas do profeta Maomé do jornal francês Charlie Hebdo foi alvo de um incêndio criminoso na manhã deste domingo, revelou a polícia. O ataque perpetrado por desconhecidos não provocou feridos, acrescentaram as autoridades. "Foram atiradas pedras e, de seguida, objetos incendiários às janelas do jornal", disse um porta-voz da polícia citado pela agência AFP. O mesmo porta-voz salientou que o fogo foi rapidamente extinto.
23h48: A mãe e as irmãs do jihadista francês Amedy Coulibaly condenaram este sábado os atentados de Paris e Montrouge e apresentaram as "sinceras condolências" às famílias das vítimas.
23h15: O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, participa no domingo, em Paris, na "marcha republicana".
22h43: O Presidente norte-americano, Barack Obama, recebe na quinta e na sexta-feira, em Washington, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, com a luta contra o terrorismo a constar na agenda de conversações, anunciou este sábado a Casa Branca.
21h34: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, vai participar, no domingo, na "marcha republicana" em Paris, na sequência dos atentados contra o jornal Charlie Hebdo e um supermercado 'kosher', anunciou hoje a Embaixada de Israel na capital francesa.
21h27: Hayat Boumeddiene, companheira do sequestrador morto na sexta-feira pela polícia em Paris e procurada pelas autoridades francesas, entrou a 02 de janeiro na Turquia, mas estará agora, provavelmente, na Síria, disse este sábado fonte da segurança turca. "Ela entrou na Turquia a 02 de janeiro [...], uma semana mais tarde pensávamos que estava em Urfa (sudeste), mas não tínhamos provas. Agora, a suspeita deve estar provavelmente na Síria, mas não temos a certeza", declarou a mesma fonte à agência noticiosa francesa AFP. A mulher tinha uma passagem de ida e volta Madrid-Istambul, acrescentou.
19h18: A companheira do sequestrador morto na sexta-feira numa loja 'kosher' (produtos judaicos) de Paris pela polícia, Hayat Boumeddiene, que é alvo de um mandado de busca, partiu para a Turquia "há algum tempo", disse hoje uma fonte policial. Procurada pelo suposto papel que terá tido no tiroteio perpetrado pelo seu companheiro, a mulher deveria já estar na Turquia na altura dos factos, sublinhou a fonte, em declarações à agência France Presse (AFP). Os investigadores da polícia estão a verificar se a mulher passou pela Síria.
19h10: Dezenas de pessoas juntaram-se este sábado, no centro do Porto, para se solidarizarem com as doze vítimas do atentado ao jornal francês Charlie Hebdo e se baterem pela liberdade de expressão.
18h56: A Grande Sinagoga de Paris está este sábado fechada ao público, vigiada pela polícia, um dia depois do sequestro num supermercado judaico no leste da cidade, mas os fiéis continuam a entrar por uma rua adjacente.
18h55: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse este sábado aos judeus de França que Israel é "o vosso lar", num discurso televisivo sobre o sequestro ocorrido na sexta-feira num supermercado 'kosher' (judaico), em Paris. "A todos os judeus de França, e a todos os judeus da Europa, digo-vos: Israel (...) é o vosso lar", declarou o primeiro-ministro.
Os 3 dias de terror em França
18h20: A 'marcha republicana' convocada para domingo em Paris deverá ser uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa, juntando quase todos os quadrantes políticos, intelectuais e religiosos do país, para além de numerosas personalidades e políticos internacionais. Marcha pode juntar um milhão de pessoas.
17h40: Cerca de 700 mil pessoas manifestaram-se este sábado por toda a França em solidariedade com os 17 mortos nos ataques terroristas desta semana, informou este sábado o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
17h30: O Hamas "condena as agressões contra o jornal Charlie Hebdo e insiste que a diferença de opiniões e de pensamento não podem justificar o assassinato", refere em comunicado o grupo radical palestiniano, citado pela France Press (AFP).
17h27: Boumeddiene Hayat, mulher do terrorista Amedy Coulibaly que foi abatido esta sexta-feira depois do sequestro em Port de Vincennes, terá viajado para a Síria, segundo noticia o jornal francês Le Monde.
17h07: A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, pediu este sábado aos militantes do seu partido de extrema-direita que participem nas manifestações contra o terrorismo, com exceção da marcha convocada para Paris, por a FN sido excluída.
16h38: O presidente do Conselho Nacional e "vice" da bancada do CDS, Telmo Correia, representará os democratas-cristãos portugueses na manifestação contra o terrorismo, no domingo, em Paris, enquanto o deputado socialista Paulo Pisco representará o PS.
13h10: Dezenas de milhares de pessoas manifestam-se este sábado em várias cidades francesas em homenagem às vítimas dos ataques ocorridos nos últimos dias em Paris.
13h06: Cerca de 500 militares vão ser distribuídos por Paris e zonas envolventes, no âmbito do plano de proteção anti terrorista 'Vigipirate', anunciou este sábado o Estado Maior do Exército francês, na véspera de uma manifestação na capital a favor da liberdade.
11h57: Jean-Marie Le Pen, fundador do partido de extrema-direita francês Frente Nacional (FN), afirmou este sábado "não ser Charlie" numa referência à frase utilizada para condenar o ataque ao jornal satírico 'Charlie Hedbo', que provocou 12 mortos.
10h38: O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, anunciou este sábado que foi decidido reforçar o atual dispositivo de proteção antiterrorista com meios adicionais para proteger certas instituições e lugares de culto.
10h37: A cartoonista Corinne Rey, conhecida como 'Coco', uma das sobreviventes do ataque à redação do 'Charlie Hebdo', em Paris, disse à Lusa que o importante agora é preparar a edição de quarta-feira.
Redação do 'CM' solidária com 'Charlie Hebdo'
09h20: O Presidente francês, François Hollande, reuniu este sábado novamente o seu gabinete de crise para tratar das medidas de segurança em curso no país e preparar a manifestação contra o terrorismo prevista para domingo em Paris.
Dia 10/01/2015 - 03h24: O homem que sexta-feira tomou duas reféns numa ourivesaria em Montpellier, no sul de França, rendeu-se. A polícia francesa sustenta que o caso não tem ligações à violência islâmica dos últimos dois dias em Paris e não revelou, por agora, os motivos que levaram o homem, a tomar reféns na ourivesaria.
Atiradores furtivos assumem posição no telhado da gráfica onde estavam barricados os irmãos Kouachi, os responsáveis pela morte de 12 pessoas no ataque de quarta-feira ao jornal 'Charlie Hebdo'
Dia 09/01/2015 - 23h46: As autoridades francesas continuavam esta noite em negociações com o homem que fez duas reféns numa ourivesaria em Montpellier, no sul de França.
23h42: O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, apelou esta sexta-feira à criação de um serviço de informações comum da União Europeia, depois do atentado terrorista em França mais sangrento dos últimos 50
150 músicos prestam homenagem ao ‘Charlie Hebdo’
anos. "Temos uma moeda comum e precisamos de ter um sistema comum de segurança e informações. A Europa deve estar unida contra o terrorismo", disse o chefe do governo de Roma, citado pela imprensa italiana.
23h36: Os ataques mortíferos em Paris evidenciaram o desafio que representa para os serviços de informações a deteção e o acompanhamento dos combatentes islamitas radicais naturais dos países ocidentais, cujo número aumentou com o regresso de combatentes da Síria.
23h34: O presidente francês deu a ordem dupla para a operação policial contra os suspeitos dos ataques terroristas que se tinham barricado numa gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris, e num supermercado judaico, no leste da cidade. Em entrevista ao canal televisivo TF1, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou ter participado na decisão dupla tomada pelo presidente François Hollande, com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e com a ministra da Justiça, Christiane Taubira.
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23h33:O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deslocou-se esta sexta-feira à Embaixada de França em Washington para prestar homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Paris, revelaram fontes diplomáticas à AFP. "Ele já chegou", disse à agência noticiosa francesa uma das fontes diplomáticas, adiantando que Kerry vai "assinar o livro" de condolências daquela chancelaria gaulesa, um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter feito o mesmo.
23h16: A Al-Qaida prometeu esta sexta-feira novos ataques em França num vídeo colocado na internet e detetado pelo serviço norte-americano de vigilância de sítios islâmicos na internet (SITE).Numa mensagem vídeo, Harith al-Nadhari, especialista na 'charia' (lei islâmica) na Península Arábica, avisou que a população francesa "não estará em segurança, enquanto combater Alá e a sua mensagem aos crentes".
22h48: Os ataques à revista satírica Charlie Hebdo e a um estabelecimento judaico revelaram as falhas dos serviços de informações e de segurança franceses, considerou esta sexta-feira o Centro Simon Wiesenthal. O rabino Marvin Hier, fundador e diretor do Centro, baseado em Los Angeles, acrescentou que milhares de imãs locais, em França, deveriam falar contra o extremismo na comunidade muçulmana.
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21h53: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu esta sexta-feira aos franceses para manterem uma apertada segurança junto dos locais judaicos, depois de uma série de incidentes que incluíram a morte de reféns numa loja 'kosher' em Paris.
21h45: A eurodeputada socialista Ana Gomes considerou esta sexta-feira que a presença de europeus entre os grupos terroristas "não acontece por acaso" e advertiu para o perigo de a Europa entrar numa "deriva securitária e xenófoba". Em declarações à agência Lusa, a eurodeputada alertou que os europeus não podem "embarcar numa deriva securitária e xenófoba contra os muçulmanos, que instigue mais ódio", porque "eles também são vítimas".
21h30: O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, assumiu esta sexta-feira que as 17 mortes provocadas por ataques terroristas perpetrados no país, nos últimos três dias, mostram "a existência de falhas" na segurança. Valls mostrou-se preocupado com as "centenas de pessoas que viajam para a Síria ou para o Iraque" para serem "treinadas no terrorismo" e que depois regressam ao país.
21h00: O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou esta sexta-feira a manifestar com veemência a solidariedade dos Estados Unidos face à França após os ataques 'jihadistas' em Paris e sublinhou os "valores universais" que unem os dois países. Num discurso no estado do Tennessee, sudeste dos Estados Unidos, Obama sublinhou o valor da "liberdade" e comprometeu-se em oferecer toda a assistência no combate à ameaça dos militantes islamitas."Queremos que o povo de França saiba que os Estados Unidos estão hoje convosco, e estarão convosco amanhã", disse Obama, quando considerou a França "o mais velho aliado" do seu país.
20h20: O ex-presidente Nicolas Sarkozy acredita que "foi declarada guerra contra a França".
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20h07: O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estará presente na marcha silenciosa convocada para domingo em Paris em honra das vítimas dos ataques dos últimos três dias.
20h00: O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse esta sexta-feira, no Funchal, que os atentados terroristas em França reforçaram as suas convicções a favor da liberdade de imprensa e contra os fundamentalismos.
19h40: O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, vão representar Portugal na manifestação de domingo em Paris, convocada em solidariedade com as vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo.
19h30: O Presidente francês, François Hollande, afirmou esta sexta-feira que a França "enfrentou" mas "ainda não pôs fim às ameaças de que está a ser alvo", após três dias de atentados que fizeram 17 mortos e 20 feridos. Numa declaração solene transmitida em direto pela televisão, Hollande sustentou que "a França, apesar de estar consciente de as ter enfrentado, apesar de saber que pode contar com as forças de segurança, com homens e mulheres capazes de atos de coragem e bravura, ainda não acabou com as ameaças de que está a ser alvo".
19h13: A televisão francesa BFM-TV emitiu esta sexta-feira à noite excertos de entrevistas com terroristas e Cherif Kouachi Amedy Coulibaly .
A BFM-TV diz que esteve em contato com os terroristas e que Kouachi revelou que foi enviado para o Iémen, pela Al-Qaeda. Foi financiado por pelo Emir Anwar al- Awlaki, morto em 2011 por um ataque de drone dos Estados Unidos.
Coulibaly teve treino do Estado islâmico. Os terroristas dizem que não pertencem à mesma organização mas estiveram em contato e foram "sincronizados para as operações".
19h00: François Hollande fala ao país e diz que está "orgulhoso" da polícia.
18h40: Os imãs das principais mesquitas de França condenaram esta sexta-feira os atos de violência cometidos em nome do Islão, dois dias depois do ataque no jornal satírico francês Charlie Hebdo, seguido de um sequestro nos arredores de Paris.
18h30: Os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, presumíveis autores materiais do atentado ao semanário satírico Charlie Hebdo esta sexta-feira mortos em França, foram recrutados nos anos 2000 no centro de Paris. Também morto esta sexta-feira pelas forças de elite francesas, Amedy Coulibaly, de 32 anos, um criminoso reincidente que sequestrou várias pessoas num supermercado 'kosher' (judaico) parisiense, era um velho conhecido dos irmãos Kouachi.
18h25: O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, representará o Governo português na manifestação convocada para domingo em Paris, França, em solidariedade com as vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo, adiantou à Lusa fonte oficial.
18h20: O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e os primeiros-ministros alemão, italiano, inglês e espanhol já confirmaram a presença na manifestação.
18h20: A tomada de dois reféns numa ourivesaria em Montpellier, no sul de França, não tem qualquer relação com as duas operações policiais em Paris, afirmou hoje o procurador Christophe Barret. "Trata-se de um assalto. Não tem nenhuma relação com o que se passa em Paris", disse o procurador à agência France Presse.
18h14: Pelo menos um homem armado estava esta sexta-feira à tarde barricado dentro de uma loja de jóias no centro de Montpellier, em França, mantendo dois reféns, avança a agência francesa France Presse, sem avançar mais pormenores. De acordo com o site do jornal francês Le Figaro, a polícia foi alertada durante a tarde para a presença de um homem armado dentro da loja, e montou um perímetro de segurança, tendo isolado a área.
17h36: Segundo noticia o jornal francês Le Figaro, os irmãos Kouachi podiam não saber que tinham um refém. De acordo com o repórter daquele jornal no local, os dois agressores não sabiam que um homem estava escondido no edifício onde se encontravam.
18h00: O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, já confirmaram a sua presença na manifestação agendada para domingo à noite, na capital francesa, Paris.
17h30: Lilian, o designer gráfico de 27 anos que esteve sequestrado, enviou uma mensagem ao pai: "Escondi-me no primeiro andar. Acho que mataram todos. Avisa a polícia."
17h26: O presidente François Hollande fará uma declaração pública na televisão, às 20h00 (hora local, 19h00 em Lisboa).
17h23: Além das cinco vítimas mortais, quatro pessoas ficaram gravemente feridas no assalto ao supermercado.
17h21: Os cinco mortos no assalto ao supermercado são os dois assaltantes e três reféns.
17h19: O número de mortos no assalto ao supermercado subiu para cinco.
17h13: Sequestro em ourivesaria de Montpellier.
17h08: Pelo menos quatro dos reféns sequestrados por um homem armado num supermercado de Paris morreram, segundo fontes das forças de segurança citadas pela agência France Presse.
17h04: No assalto final ficaram feridos dois polícias.
17h00: A polícia francesa lançou o assalto ao supermercado 'kosher' no leste de Paris onde um homem armado fez vários reféns poucos minutos depois das 17h00 locais (16h00 em Lisboa), noticiou a agência France Presse. Vários reféns foram libertados. O homem que sequestrou várias pessoas num supermercado 'kosher' (judaico) de Paris foi neutralizado, informou fonte das forças de segurança citada pela agência France Presse.
16h20: Os dois suspeitos do atentado à redação do jornal Charlie Hebdo foram abatidos em Dammartin-en-Goële. Os irmãos Kouachi foram mortos pelas unidades de elite da polícia francesa após um assalto ao local onde ambos se encontravam barricados desde manhã. Segundo a agência France Presse, os suspeitos saíram aos tiros contra os agentes que cercavam o edifício, de onde a polícia conseguiu salvar ileso um refém que ambos mantiveram em cativeiro durante várias horas.
16h15: Há registo de cinco explosões no supermercado em Vincennes, Paris, onde um homem mantém reféns.
16h10: Um helicóptero da polícia sobrevoa o perímetro de segurança. A calma parece ter voltado, mas a situação permanece confusa.
15h57: Polícia iniciou assalto à gráfica onde se encontram barricados os dois irmãos. Imagens televisivas mostram fumo a sair das instalações. Ouvem-se tiros e explosões.
15h37: A Praça do Trocadéro, em Paris, reabriu após a evacuação momentânea na sequência de um rumor não confirmado da presença de um homem armado. A situação obrigou à intervenção das forças da ordem. Pouco tempo depois, o ministério do Interior confirmou no Twitter que tudo não passou de um falso alarme, que também levou a interromper a circulação do metropolitano.
15h28: Israel revelou a sua preocupação perante a "ofensiva terrorista" que acontece em França. "Israel segue com inquietação a situação em Paris", indicou em comunicado o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman.
15h22: Um encontro previsto para domingo em Estrasburgo entre François Hollande e Angela Merkel foi adiado 'sine die' "em função dos acontecimentos", indicou à AFP o porta-voz do presidente do Parlamento Europeu. Martin Schulz esteve na origem do convite.
15h13: Autoridades ordenam o encerramento das lojas no bairro judeu no centro de Paris.
15h03: Polícia confirma que há um ferido grave no bairro de Vincennes e seis reféns. Não é referida a existência de mortos. O trânsito está cortado e a zona está cercada.
14h48: Os serviços secretos argelinos terão avisado no dia 6 as autoridades francesas de que um atentado estaria iminente. A fonte é o canal francês iTele.fr.
14h21: Amedy Coulibaly, o homem procurado pela morte da mulher polícia, tinha sido condenado a cinco anos de prisão em dezembro de 2013 por estar envolvido na tentativa de fuga de Smain Ait Belkacem, ex-membro do Grupo Islâmico Armado argelino (GIA). Belkacem foi condenado em 2002 à prisão perpétua por ter cometido o ataque ao Museu d'Orsay, em Paris, em Outubro de 1995. O nome do Chérif Kouachi também aparece nesta edição.
14h17: A rádio RTL avança que o sequestrador do supermercado exige que os dois irmãos que atacaram o jornal Charlie Hebdo, e que se encontram entrincheirados numa empresa perto de Paris, possam escapar à polícia.
14h14: Um comboio de alta velocidade que ligava Lyon e Paris e uma sinagoga situada na capital francesa foram evacuados. Segundo o jornal Le Figaro, o TGV (comboio de alta velocidade) foi evacuado esta sexta-feira de manhã, em Saône-et-Loire, depois de um homem de origem síria, que viajava sem bilhete, ter dito que era um terrorista. Um passageiro de origem britânica alertou as autoridades, que, por sua vez, avisaram os controladores ferroviários, que decidiram parar o comboio. A polícia militarizada procedeu depois à evacuação do comboio e deteve o sírio, com cerca de 30 anos. Na capital francesa, a sinagoga da Vitória foi evacuada, por motivos de segurança, mas, por outro lado, um outro local de culto judaico, alvo de um atentado em 1980, recusou-se a encerrar, afirmando: "Não temos medo", disse um responsável.
14h07: A Praça do Trocadéro, uma das zonas emblemáticas de Paris, estará a ser evacuada pelas autoridades. Fotografias publicadas nas redes sociais mostram agentes policiais em ação, ao que parece em perseguição de suspeitos.
Polícia controlou a Praça do Trocadéro, em Paris
13h47: A polícia emitiu esta sexta-feira um mandado de captura de duas pessoas, um homem e uma mulher, suspeitas de estarem envolvidos no atentado de quinta-feira que provocou a morte de uma mulher polícia. Diz o texto que são "pessoas susceptíveis de estarem armadas e perigosas". Tratam-se de Amedy Coulibaly, de 32 anos, e Hayat Boumeddiene, de 26. O homem pode ser o mesmo indíviduo que se encontra entrincheirado com reféns no supermercado da Porta de Vincennes.
Mandado de busca de dois suspeitos do homícidio de uma mulher polícia
13h32: As autoridades ordenaram às escolas na zona do sequestro que os alunos sejam mantidos dentro das instalações até nova ordem.
13h22: Lojas judaicas de Paris fecharam as portas.
13h20: Rádio francesa RTL avança que pelo menos duas pessoas morreram no ataque ao supermercado da Porta de Vincennes.
13h18: Primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, assinou livro de condolências na embaixada da França, em Lisboa
13h06: Uma fonte policial contactada pelo jornal Le Figaro indica que o sequestrador é o indivíduo procurado pelas autoridades pela morte da mulher polícia, na quinta-feira. "É extremamente perigoso", disse um agente, que continuou: "Está equipado com duas espingardas de assalto." O homem dirigiu-se aos polícias que o cercam e proferiu: "Vocês sabem muito bem quem eu sou".
Mais uma cena de violência em Paris. Desta vez, num supermercado
12h59: O presidente François Hollande pediu ao ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que se dirigisse para o supermercado onde está a decorrer a tomada de reféns.
12h55: Pelo menos uma pessoa foi ferida no supermercado da Porta de Vincennes, segundo fonte próxima do processo citada pela agência France Presse.
12h33: Registado um novo tiroteio em Paris. Ocorreu numa supermercado de produtos judaicos - 'kosher' - na Porta de Vincennes, cerca das 13h00 locais (menos uma hora em Portugal) e pode estar relacionado com o mesmo homem que quinta-feira matou a tiro uma mulher polícia e feriu um funcionário municipal. As primeiras notícias dão conta de reféns, com os números a variarem: cinco ou seis. A zona foi evacuada por polícias com coletes à prova de bala.
12h20: Os irmãos Kouachi terão dito que pretendem "morrer como mártires".
Terroristas cercados pela polícia em gráfica
12h18: O homem feito refém pelos terroristas terá 26 anos. Outras fontes falam em três reféns, com um deles a conseguir fugir.
12h10: A Escola Henri Dunant, em Dammartin-of-Goële, fechou as portas e os alunos estão proibidos de abandonar o estabelecimento de ensino. A polícia encontra-se do lado de fora da propriedade e proíbe qualquer saída antes da do final da intervenção. A escola encontra-se a 300 metros da empresa tomada pelos teroristas.
11h59: Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, apelou ao fim do espaço Shengen na sequência dos atentados que têm abalado a França.
11h53: Autoridades dos Estados Unidos dizem que os irmãos Kouachi já estavam na 'lista negra' que os impedia de voar nos EUA.
11h52: Informação oficial confirma que já se registou um contacto telefónico com um dos sequestradores.
11h36: O general Denis Favier, diretor geral da 'Gendarmerie' que orientou o assalto contra o Airbus da Marignane em dezembro de 1994 dirige as operações de captura dos dois irmãos terroristas. Entre 24 e 26 de dezembro de 1994, quatro islamitas argelinos foram mortos, bem como três passageiros, durante o sequestro de um avião em Marselha. Os passageiros foram executados pelos terroristas como forma de pressão para negociações com os governos argelinos e franceses. Presume-se que o objetivo dos terroristas era fazer explodir o avião contra a Torre Eiffel.
General Denis Favier dirige as operações de captura 11h22:
11h10: O grupo islamita somali Shebab afiliado à rede terrorista Al-Qaeda prestou esta sexta-feira homenagem aos "dois heróis" responsáveis pelo ataque contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, que resultou em 12 mortos e 11 feridos. "O Charlie Hebdo insultou o nosso profeta e ultrajou milhões de muçulmanos. Os dois irmãos (suspeitos do atentado) são os primeiros a vingar-se", indicou o Shebab num comunicado divulgado pela Radio Andalus, a estação oficial do movimento. O grupo islamita também criticou os que "clamam que a liberdade de expressão foi atacada", afirmando que este "não foi o caso". Os dois irmãos, diz o Shebab, são "dois heróis" que "agiram como deviam". "Eles cortaram a cabeça aos infiéis que insultaram o nosso bem-amado profeta", afirma o grupo.
11h00: Um homem que quarta-feira viu o seu automóvel ser roubado pelos dois irmãos à saída de Paris contou que um dos autores dos crimes disse-lhe que precisavam do seu carro. Deixaram-no ainda tirar o cão que estava no banco traseiro e arrancaram. "Pareciam comandos", disse a vítima de roubo, acrescentando que os homens estavam armados e nunca se exaltaram. "Agiram sempre com muita calma", concluiu.
10h59: As autoridades negam o registo de mortes na empresa tomada pelos terroristas.
10h57: O refém mantido pelos terroristas pode ser um homem de 28 anos cuja família não o consegue contactar.
Massacre em jornal francês faz 12 mortos
10H56: Os quatro feridos graves do atentado ao jornal já não correm perigo de vida.
10h54: O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, diz que a mobilização é geral e permite rapidez.
10h40: Segundo a imprensa francesa, o atirador que na manhã de quinta-feira matou uma mulher polícia em Montrouge pertence ao mesmo grupo jihadista dos dois irmãos autores do atentado contra o jornal Charlie Hebdo. Trata-se do grupo Buttes-Chaumont, uma zona de Paris. Até ao momento, é a primeira vez que se faz uma ligação entre os dois ataques.
10h37: Helicópteros da polícia deixaram de sobrevoar a empresa onde se encontram refugiados os dois autores do massacre de Paris.
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10h21: François Hollande diz que a "França está posta à prova". Presidente, em declarações ao país, confirma a operação policial, apela à unidade e acrescenta que o país defende o respeito por todos. "A França é um Estado. É uma força, uma garantia. Um Estado com funcionários que agem em nome do interesse nacional, com plena consciência da sua missão. Vemos hoje toda sua utilidade", sublinhou. Hollande sublinhou ainda que "todas as pessoas são bem vindas nas manifestações" que vão decorrer domingo em todo o país.
10h19: O primeiro-ministro francês disse esta sexta-feira que a França está "em guerra" com o terrorismo mas não com a religião. "Estamos em guerra contra o terrorismo, não contra uma religião ou uma civilização", afirmou Manuel Valls, pouco depois da polícia ter cercado os dois extremistas islâmicos, perto de Paris.
10h09: Um comercial que se encontrava na manhã desta sexta-feira na empresa onde está a decorrer a operação diz que se cruzou com um dos irmãos e sem saber quem era apertou-lhe a mão e desejou-lhe "bom dia". O terrorista disse-lhe: "Senhor, não matamos civis". O funcionário diz que é o seu dia de sorte e que vai jogar na lotaria.
09h53: O 'plano branco', mobilização de pessoal hospitalar em caso de risco ou afluxo de vítimas, foi desencadeado nos hospitais vizinhos do local onde tudo está a acontecer.
Cartoonista sobrevive debaixo da secretária
09h49: A empresa CTD, que realiza trabalha gráficos, tem sede de Paris. Os terroristas encontram-se entrincheirados no seu atelier, em Dammartin-en-Goële.
09h47 - O presidente francês, François Hollande, vai prestar declarações às 10h00.
09h28: Jornal 'Le Figaro' avança que os dois suspeitos têm um refém. Estão entrincheirados numa gráfica de Dammartin-en-Goële. Alunos de escolas circundantes foram aconselhados a afastarem-se das janelas.
09h20: Partidas de voos canceladas no aeroporto Charles de Gaulle (Roissy).
09h19: Polícia confirma que está a decorrer uma operação policial de grandes dimensões nos arredores de Paris. Foram disparados tiros e há reféns.
08h57: Duas pessoas terão morrido durante o tiroteio, avança a imprensa francesa. Vinte outras pessoas ficaram feridas. Informação não foi confirmada pelas autoridades.
08h54: O presidente francês, François Hollande, interrompeu uma reunião do gabinete de crise para acompanhar a operação. O ministro do Interior confirma os acontecimentos.
08h41: Os dois suspeitos estarão entrincheirados numa empresa em Dammartin-en-Goële, Seine-et-Marne. Os terroristas terão feito reféns. Cinco helicópteros sobrevoam a área.
Um dos helicópteros que estão a cercar a empresa em França 08h25:
Os suspeitos estão entrincheirados após terem sido perseguidos pela polícia
06h55: Forças de elite francesas continuaram durante a noite a 'caça ao homem' para apanhar os autores do ataque terrorista de quarta-feira em Paris. Testemunhas falam em movimentação de veículos policiais.
Dia 09/01/2015 - 00h37: Os dois suspeitos do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo na quarta-feira estavam "há anos" na lista negra de terrorismo efetuada pelos Estados Unidos, segundo um responsável norte-americano das forças da ordem. Citado pela agência France-Presse, o responsável, sob anonimato, indicou que os irmãos Chérif e Saïd Kouachi figuravam na "lista de vigilância há anos" e da qual constam suspeitos de terrorismo.
23h48: O Grande Oriente Lusitano (GOL) exprimiu esta quinta-feira o seu "horror e indignação" com o ataque de quarta-feira contra o jornal satírico Charlie Hebdo, que provocou 12 mortos, manifestando solidariedade para com o povo francês. Numa carta do grão-mestre, Fernando Lima, enviada ao presidente francês, François Hollande, o GOL reafirmou a defesa dos ideais da "Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade", que pautaram a revolução francesa.
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"O ataque miserável contra o Charlie Hebdo é um ataque contra todos nós, cometido pelos nossos inimigos de sempre: a ignorância, a intolerância e a barbárie", lê-se na carta.
23h38: O presidente norte-americano, Barack Obama, deslocou-se esta quinta-feira à Embaixada de França em Washington para prestar homenagem às vítimas do atentado de quarta-feira contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, noticiou hoje a agência France-Presse.
23h00: Cerca de 2000 pessoas manifestaram-se esta quinta-feira na praça dos Restauradores, em Lisboa, pela liberdade de expressão e de imprensa, um dia depois do atentado à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, que fez 12 mortos. Após longos minutos de silêncio, com a multidão empunhando cartazes em que se lia, em francês, "Eu sou Charlie" - numa homenagem aos cartoonistas do semanário assassinados a tiro por três extremistas islâmicos que irromperam pela redação e abriram fogo -, ouviu-se uma salva de palmas.
Aos pés da estátua, havia velas acesas e aí se iniciaram as palavras de ordem que pouco depois todos repetiam, muitas em francês, outras em português, em defesa do mesmo: pela liberdade, contra o medo, "Eu sou Charlie", "Todos Somos Charlie".
22h58: Os jornalistas do Charlie Hebdo que sobreviveram ao ataque terrorista já anunciaram que na próxima quarta-feira haverá nova versão do jornal, apesar da morte de alguns dos seus jornalistas mais antigos. E fazem ainda uma promessa. O próximo número do jornal satírico, que se autointitula no seu site de Jornal dos Sobreviventes, vai regressar com um milhão de exemplares.
21h19: Uma impressionante caça ao homem está em curso no norte de França, onde foram localizados os dois presumíveis autores do atentado contra o semanário Charlie Hebdo, que matou 12 pessoas e chocou o país. Membros das forças especiais da polícia e da 'gendarmerie' estão a esquadrinhar, sob chuva, a região da Picardia, onde foi decretado o nível máximo de alerta antiterrorista.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, já deu conta da detenção de nove pessoas das relações dos dois suspeitos, indicando que um deles, Said Kouachi, tinha sido "reconhecido formalmente numa foto como agressor" e que várias buscas tinham sido feitas no seu domicílio de Reims, no nordeste do país.
21h15: O filósofo e escritor italiano Umberto Eco comparou esta quinta-feira os 'jihadistas' da organização Estado Islâmico (EI) aos nazis, considerando que partilham um "desejo apocalíptico de conquistar o mundo".
"Não parece justo falar de forma genérica dos 'muçulmanos', da mesma forma que não seria correcto julgar a cristandade com base nos métodos de César Borgia, o modelo de 'O Príncipe', de Maquiavel", declarou Umberto Eco ao jornal italiano Corriere della Sera.
19h27: As luzes da torre Eiffel, em Paris, desligaram-se durante cerca de cinco minutos em homenagem às vítimas do ataque.
19h09: O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, condenou "a violência e a profanação" ocorridas em alguns locais de culto muçulmano em França.
19h07: Centenas de parisienses reuniram-se no segundo dia consecutivo na Praça da República para manifestar a sua indignação contra o atentado.
17h56: Os quatro 'cartoonistas' assassinados foram homenageados por colegas, em Bruxelas, e serão agraciados postumamente no âmbito do prémio Press Cartoon Europe (PCE), segundo um organizador do evento.
17h30: A estação de metro 'Nuevo Ministerios', em Madrid, Espanha, foi na tarde desta quinta-feira evacuada devido a um pacote suspeito, segundo avança o 'El Mundo'.
17h21: A estação de rádio da organização extremista Estado Islâmico, que emite no Iraque e no Levante, classificou como heróis os autores do ataque contra o jornal 'Charlie Hebdo' que fez doze mortos.
16h57: Mais de 88 mil autoridades prosseguem com as buscas aos terroristas no local. As estradas que ligam Villers-Cotterêts e Soissons estão cortadas.
16h05: A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) repudiou esta quinta-feira o ataque de quarta-feira ao jornal satírico francês 'Charlie Hebdo', em Paris, associando-se assim às manifestações de solidariedade com a publicação feitas um pouco por todo o mundo.
16h02: Os jogos de futebol, basquetebol e râguebi agendados para o fim de semana em França vão ser antecedidos por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado de quarta-feira em Paris.
15h40: Aumenta o nível de alerta - 'alerta atentado' - na região da Picardie, onde se suspeita estarem barricados os terroristas.
14h25: O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse esta quinta-feira, em Riga, que o ataque contra o jornal satírico Charlie Hebdo terá a consequente resposta da União Europeia.
13h40: O imã da mesquita de Lisboa, Sheik Munir, condenou esta quinta-feira o "ato bárbaro" contra a publicação satírica francesa Charlie Hebdo.
13h34: Suspeita-se que os dois autores do atentado estejam barricados numa casa de Crépy-en-Valois. As forças de segurança deslocam-se em força para o local.
12h31: Um colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux, afirmou esta quinta-feira que o jornal será publicado na próxima semana. "Vamos continuar, decidimos sair na próxima semana. Estamos todos de acordo", indicou. Pelloux, que é também médico de emergências, disse que os escritórios do semanário não estão acessíveis devido à investigação policial, mas assegurou: "Vamos trabalhar em casa, vamos arranjar-nos".
12h25: A edição eletrónica do jornal francês Le Figaro escreve que os dois suspeitos do atentado de quarta-feira circulam em direção a Paris. Há uma concentração de dispositivo policial nas entradas da capital.
12h05: Revelou-se falso o alerta para a presença de um homem armado em La Défense, centro finaceiro de Paris. Os funcionários das empresas tinham recebido um mail para que não abandonassem os locais de
trabalho.
12h03: A Câmara Municipal de Lisboa anunciou que esta quinta-feira, às 17h00, se irá juntar a Paris para assinalar um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado."Desta forma, a nossa cidade associa-se à marcha silenciosa que a Câmara de Paris promove nas ruas da capital francesa a partir das 18h00 locais", 17h00 em Lisboa, informou a autarquia. A ação decorrerá na Praça do Município e contará com a presença de António Costa, o embaixador de França e líderes de comunidades religiosas de Lisboa.
11h45: O papa Francisco disse esta quinta-feira que o atentado contra a revista francesa Charlie Hebdo foi um ato de "crueldade humana" e pediu orações pelas vítimas.
11h44: A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condenou esta quinta-feira através de comunicado o ataque de extremistas islâmicos ao jornal 'Charlie Hebdo', em Paris, no qual morreram 12 pessoas.
11h29: Um homem armado terá sido avistado em La Défense, centro finaceiro de Paris. Os funcionários das empresas receberam um mail a apelar para que não saiam dos seus locais de trabalho.
11h21: Vários jornalistas convocaram para esta quinta-feira às 18h30 na Praça dos Restauradores, em Lisboa, uma concentração pela liberdade da imprensa e em solidariedade para com os trabalhadores do Charlie Hebdo. O encontro está a ser divulgado através do Facebook, com o nome 'Je suis Charlie'.
11h09: Os principais grupos islâmicos em França apelaram aos muçulmanos em todo o país para que observassem um minuto de silêncio na manhã desta quinta-feira e aos imãs para que condenem o terrorismo.
10h47: A imprensa espanhola destaca esta quinta-feira nas principais manchetes o atentado ao semanário
satírico 'Charlie Hebdo', em Paris, titulando que o terrorismo 'jihadista' atacou "a liberdade" em pleno "coração da Europa".
10h33: Os dois suspeitos do atentado no jornal Charlie Hebdo foram localizados na manhã desta quinta-feira em Aisne, uma localidade perto da fronteira com a Bélgica. Os dois homens circulavam num Renault Clio cinzento e levavam 'kalachnikov' e lança-roquetes. Foram reconhecidos pelo gerente de uma bomba de gasolina em Aisne. Outra fonte adiantou que as placas de matrícula do carro em que seguiam "não correspondem ao veículo".
Bomba de gasolina onde os dois suspeitos terão sido avistados
10h19: O Parlamento Europeu, a imprensa internacional e a Comissão Europeia vão cumprir esta quinta-feira um minuto de silêncio cada em memória das vítimas do atentado contra o jornal 'Charlie Hebdo', na quarta-feira, em Paris.
09h32:
08h10: Dois polícias foram atingidos a tiro na manhã desta quinta-feira na cidade de Malakoff, a sul de Paris, a poucos metros da Porte de Chatillon. Os agressores terão sido dois homens, que se puseram em fuga. Desconhece-se se o caso terá alguma ligação ao massacre de quarta-feira ocorrido no jornal Charlie Hebdo.
Dia 08/01/2015 - 07h25: O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse esta quinta-feira que várias pessoas foram detidas durante a perseguição aos dois irmãos suspeitos de matarem 12 pessoas num ataque ao semanário francês Charlie Hebdo, ocorrido na manhã de quarta-feira.
Dia 07/01/2015 - 23h58: A polícia francesa está a efetuar, durante a madrugada desta quinta-feira, uma operação antiterrorista na cidade de Reims, a cerca de 130 quilómetros de Paris, na sequência do ataque terrorista de Paris, noticiou a agência France Presse, por volta das 23h30 desta quarta-feira (22h30 em Lisboa). Perto da 1h00 (00h00 em Portugal continental) vários meios de comunicação social avançavam que polícia francesa vai emitir um mandado de captura, a nível nacional, para os três suspeitos deste atentado.
A comunicação social francesa noticiou durante a noite desta quarta-feira que os três suspeitos do ataque terrorista, com idades entre os 18 e os 34 anos, terão sido identificados pelas autoridades policiais francesas. As edições 'online' dos jornais Le Monde e Liberation citam fontes policiais para noticiar a identificação dos suspeitos. Terroristas são dois irmãos franco-argelinos, de 32 e 34 anos e um jovem sem-abrigo, de 18 anos.
Said Kouachi, de 34 anos, e Chérif Kouachi, de 32, são franco-argelinos e nasceram em França. Chérif foi condenado em 2005 a dois anos de prisão e 18 meses de pena suspensa por pertencer a uma rede jihadista. O terceiro suspeito é Hamyd Mourad, um sem-abrigo cuja nacionalidade ainda não é conhecida.
Os irmãos franco-argelinos Chérif Kouachi e Said Kouachi
Um procurador francês confirmou ao final da tarde que "os assaltantes gritaram 'Allah Akbar' (Alá é Grande) e 'afirmaram pretender vingar o profeta' Maomé". Cerca de três mil polícias franceses estão mobilizados na caça aos três terroristas que continuam a monte.
Entre as vítimas mortais do ataque incluem-se os conceituados cartoonistas Stéphane "Charb" Charbonnier, de 47 anos e diretor da publicação (que em 2011 desenhou um polémico cartoon com Maomé) e os ilustradores Jean "Cabu" Cabut, com 76 anos, Georges Wolinksi, de 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, com 58 anos.
Da esquerda para a direita: Cabu, Tignous, Charb e Wolinski
23h32: Relato pormenorizado do massacre
Dois homens encapuzados, vestidos de preto e munidos de 'kalashnikovs', irromperam, por volta das 11h20 (10h20 em Lisboa), pelo número 6 da rua Nicolas-Appert, num bairro de Paris, onde se situam os arquivos do semanário satírico Charlie Hebdo. "É aqui que fica o Charlie Hebdo?", gritaram, antes de perceberem que se tinham enganado na morada.
Seguiram rapidamente para o número 10, ao fim da rua, onde se situa a redação do semanário, dispararam sobre o pessoal da receção e subiram ao segundo andar, onde decorria uma reunião editorial de jornalistas e cartoonistas.
"Os dois homens dispararam e mataram as pessoas na sala, bem como o polícia encarregue de proteger Charb (diretor da publicação), que não teve tempo de reagir", afirmou uma fonte policial. Apenas uma pessoa sobreviveu, por se ter escondido debaixo da mesa. A testemunha ouviu a dupla gritar "vingámos o profeta" e "Allahu akbar" (Alá é grande).
Às 11h30 (12h30 em Lisboa), a polícia recebeu relatos de disparos na sede do Charlie Hebdo e enviou, de imediato, agentes para o local. Os autores dos disparos fugiram, mais uma vez gritando "Alá é grande", e ficaram frente-a-frente com a polícia, tendo-se desenrolado um tiroteio.
Em seguida, entraram num Citroën C3 preto e trocaram tiros com os ocupantes de outro veículo policial, alvejando-o cerca de uma dúzia de vezes sem, contudo, ferirem os agentes que estavam no interior. Os homens armados abandonaram o veículo na Porta de Pantin, no leste de Paris, antes de roubarem um carro e fugirem em direção ao norte da capital, onde as autoridades lhes perderam o rasto.
22h46: A polícia francesa está a efetuar uma operação antiterrorista na cidade de Reims, a cerca de 130 quilómetros de Paris, na sequência do ataque contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, noticiou a agência France Presse. A operação está a ser levada a cabo por uma unidade de elite da polícia francesa para deter os suspeitos do ataque terrorista. A mesma fonte apelou aos jornalistas no local para terem a "maior prudência", ao prever vários cenários adversos, como a possibilidade de os suspeitos escaparem às autoridades ou haver um tiroteio.
21h41: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou o "ataque terrorista" contra o semanário satírico francês. "O Governo e o povo da Venezuela condenam o ataque terrorista contra a França e os acompanham com toda a nossa solidariedade e amor", escreveu o governante na sua conta no Twitter.
21h00: A comunicação social francesa noticiou que os três suspeitos do ataque terrorista, com idades entre os 18 e os 34 anos, terão sido identificados pelas autoridades policiais francesas. As edições 'online' dos jornais Le Monde e Liberation citam fontes policiais para noticiar a identificação dos suspeitos. Terroristas são dois irmãos franco-argelinos, de 32 e 34 anos e um jovem sem-abrigo, de 18 anos, cuja nacionalidade é ainda desconhecida.
20h46: A Comissão Permanente do PSD condenou "o odioso atentado" perpetrado contra o semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris. "O intolerável atentado de hoje atinge as democracias naquele que é um dos seus principais pilares: a liberdade de expressão" referem os sociais-democratas, em comunicado divulgado após uma reunião da Comissão Permanente. "O PSD manifesta às autoridades e ao povo francês a sua total solidariedade acompanhando o seu profundo pesar, apresenta as mais sentidas condolências às famílias enlutadas e deseja o mais rápido restabelecimento dos feridos no atentado", acrescenta a nota.
20h33: O embaixador de Portugal em Paris, José Filipe Moraes Cabral, apelou à serenidade da comunidade portuguesa residente na capital francesa e à sua capacidade de confiar na capacidade da polícia e na eficácia da justiça. "Há que ter serenidade. Não estou, de forma nenhum, a diminuir ou desqualificar a violência do que aconteceu, mas há que ter confiança nas nossas sociedades democráticas, na capacidade dos serviços das sociedades democráticas, na eficácia da polícia, na eficácia da justiça. Justiça será feita, não tenho absolutamente dúvida nenhuma sobre isso", afirmou Moraes Cabral.
20h17: O diretor do Porto Cartoon, Luís Humberto Marcos, disse hoje que a morte do cartunista Georges Wolinski, que era júri da competição desde 2004, deixa um "vazio enorme" e é uma "perda insubstituível". Wolinski, uma das 12 vítimas mortais do atentado cometido hoje em Paris, contra a redação do semanário satírico Charlie Hebdo, "soube pôr o seu lápis muito aguçado quer sobre os preconceitos, quer [sobre] os poderes", disse Luís Humberto Marcos.
20h00: O primeiro-ministro britânico e a chanceler alemã discutiram hoje as prioridades da próxima reunião do Grupo das sete principais economias (G-7), no que consideram ter sido "um dia trágico" devido ao atentado terrorista em Paris.
David Cameron e Ângela Merkel, em conferência de imprensa conjunta, informaram que já tinham enviado as suas condolências ao presidente francês, François Hollande, depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo, que causou 12 mortos. "Ângela e eu já falámos com François Hollande e oferecemos-lhe todo o nosso apoio e qualquer ajuda que os nossos serviços de informações possam proporcionar neste momento crucial", disse Cameron.
19h55: O primeiro-ministro português qualificou esta quarta-feira o ataque ao jornal francês Charlie Hebdo como um atentado contra a liberdade e a democracia e afirmou esperar determinação e coesão dos governos europeus e de todas as nações democráticas.
"O Governo português já teve ocasião de manifestar o seu repúdio por este atentado, que é um atentado, no essencial, contra a liberdade, a liberdade de imprensa, mas também contra a sociedade civil e uma sociedade democrática, livre e aberta", disse Pedro Passos Coelho.
19h47: O Presidente francês, François Hollande, decretou esta quarta-feira luto nacional em França na quinta-feira.
19h07: O editor dinamarquês que desencadeou uma série de protestos com a publicação de 'cartoons' do profeta Maomé disse hoje que o semanário francês Charlie Hebdo "pagou o preço mais elevado" por defender a liberdade de imprensa.
19h00: O administrador delegado da Lusa, Rogério Gomes, considera que "este triste episódio é também um ataque à liberdade de Imprensa e ao espírito de tolerância, valores essenciais nos regimes democráticos". "Às famílias das vítimas deste cobarde ataque, a Lusa deixa sinceros pêsames e um sinal inequívoco de solidariedade e de apoio, neste momento difícil", acrescentou.
18h59: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o terrorismo pretende "destruir a cultura da liberdade", na sequência do ataque perpetrado hoje contra o semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, que fez 12 mortos.
18h58: O Relator Especial das Nações Unidas sobre a Liberdade de Expressão e de Opinião, David Kaye, condenou veementemente o ataque. "O atentado de hoje é um dos mais graves ataques a jornalistas e à imprensa livre na história recente, e é fundamental, num momento como este, reafirmar a importância vital de uma imprensa livre nas sociedades democráticas", declarou o especialista em direitos humanos, em comunicado hoje divulgado.
18h57: Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional francesa (FN, extrema-direita) denunciou hoje o sangrento ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo, e considerou que deve servir para "libertar a palavra face ao fundamentalismo islâmico".
18h50: O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou hoje veementemente o "bárbaro e cobarde atentado terrorista" ocorrido em Paris contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, que fez 12 mortos. "Os membros do Conselho de Segurança condenaram fortemente este intolerável ato terrorista com jornalistas e um jornal como alvos", lê-se num comunicado do conselho com 15 Estados membros, citado pela agência de notícias francesa, AFP.
18h44: A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) repudiou a "intolerância do fascismo islâmico" que assassinou os que defendiam a liberdade de expressão e condenou o ataque terrorista desta manhã em Paris. Em comunicado a AAP afirma-se profundamente consternada com o sucedido, protesta contra "o crime sectário cometido contra a liberdade de expressão" e solidariza-se para com "os mártires tombados na defesa" dessa liberdade. A AAP diz ainda esperar que a laicidade, "tão cara ao povo francês, continue o paradigma" capaz de se opor ao fanatismo religioso.
18h33: O procurador da República, François Molins, confirmou que o atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo cometido esta manhã em Paris provocou 12 mortos, incluindo oito jornalistas, e 11 feridos, quatro em estado grave. Os assaltantes gritaram "Allah Akbar" (Alá é Grande) e "afirmaram pretender vingar o profeta" Maomé, confirmou o procurador em declarações aos jornalistas.
18h26: Vários milhares de pessoas juntaram-se ao final da tarde desta quarta-feira na praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo. A multidão entoou slogans. "O Charlie não morreu!" foi o principal grito que se ouviu e foi retomado por Sophie Cachera, uma estudante de 19 anos que explicou à Lusa que "não mataram o jornal porque as caricaturas vão continuar vivas".
Multidão concentrada na Praça da República, em Paris
18h18: A rainha Isabel II enviou "sinceras condolências" às vítimas e familiares do ataque em Paris contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, numa rara mensagem sobre um acontecimento noticioso internacional. "O príncipe Philip e eu própria enviamos as nossas sinceras condolências às famílias dos que foram mortos (...) e feridos no ataque desta manhã em Paris", lê-se numa mensagem enviada ao presidente francês, François Hollande.
18h08: O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, condenou o "ato de terrorismo odioso" em Paris e manifestou-se convicto de que a França e os seus valores de "liberdade e tolerância" triunfarão sobre quem os atacou. "Em nome do Governo português e a título pessoal, condeno nos termos mais firmes este ato de terrorismo odioso que mergulhou a França num imenso luto que partilhamos com desgosto e profunda solidariedade. Face a estes acontecimentos dramáticos, sabemos que a República Francesa, apoiada nas suas instituições democráticas e nos seus valores de liberdade e tolerância, saberá fazer triunfar a justiça contra os que os atacaram", afirmou Passos Coelho numa carta dirigida ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, sublinhando que a França "sabe que pode contar com todo o apoio de Portugal".
18h00: O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou ao presidente francês, François Hollande, uma carta expressando "condenação e repúdio" pelo ataque ao jornal satírico Charles Hebdo, afirmando que o atentado atingiu a liberdade de imprensa, um "princípio fundamental" da democracia. "Foi com profunda consternação que tomei conhecimento do atentado perpetrado hoje em Paris, o qual merece a nossa total condenação e repúdio. Este ato provocou um elevado número de vítimas e atingiu um princípio fundamental das nossas democracias, o da liberdade de imprensa", lê-se na missiva divulgada no sítio da internet da Presidência da República.
17h56: O escritor britânico Salman Rushdie prestou homenagem ao trabalho do jornal satírico francês Charlie Hebdo, alvo de um atentado terrorista que causou 12 mortos, declarando que a religião deve ser objeto de sátira. "Estou com o Charlie Hebdo, como temos todos de estar, para defender a arte da sátira, que sempre foi uma força pela liberdade e contra a tirania, a desonestidade e a estupidez", escreveu Rushdie na rede social de mensagens curtas Twitter. "'Respeito pela religião' tornou-se uma frase código que significa 'medo da religião'. As religiões, tal como todas as outras ideias, merecem crítica, sátira e, sim, o nosso destemido desrespeito", adiantou o escritor na declaração, a que juntou a hashtag #JeSuisCharlie, que muitos têm estado a partilhar no Twitter numa mostra de solidariedade.
17h42: O presidente da Câmara de Lisboa e secretário-geral do PS, António Costa, enviou esta segunda-feira uma mensagem de solidariedade à sua colega presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, condenando o atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo."Foi um atentado grave à liberdade criativa, à liberdade de expressão e, por isso, uma ameaça às liberdades em todo o mundo. Sublinha bem como o terrorismo e o medo têm como grande inimigo a liberdade", disse.
17h24: O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, manifestou, em francês, a solidariedade dos Estados Unidos a França, após o ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo que fez hoje 12 mortos. "Quero dirigir-me diretamente aos parisienses e a todos os franceses para lhes dizer que todos os norte-americanos estão ao seu lado", declarou Kerry, francófono e francófilo numa conferência de imprensa em Washington.
17h20: O cartoonista português António condenou "o ataque horrível" de hoje ao jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, e afirmou que os cartoonistas têm de continuar a defender a liberdade de expressão. Em declarações à agência Lusa, o cartoonista do jornal Expresso, e um dos responsáveis pelo World Press Cartoon, disse que este ataque "é um acontecimento que transcende todos os cartoonistas".
17h11:Limitar a liberdade de imprensa, na sequência do atentado de hoje contra a sede de um jornal satírico em Paris, seria "uma vitória para o terrorista", considera o conselheiro português na câmara da capital francesa. Em declarações à Lusa, o franco-português Hermano Sanches Ruivo não acredita que o semanário Charlie Hebdo, atacado por homens armados, e que causou pelo menos 12 mortos, "venha a morrer" ou "a mudar a sua forma de ser", pelo que aconteceu hoje.
16h58: Consternação, choque e ataque à liberdade de expressão são as palavras repetidas pelas pessoas próximas do jornal satírico Charlie Hebdo e ouvidas pela Lusa. Para o jornalista e escritor Eric Aeschimann, co-autor da banda desenhada "La Révolution Pilote" que conta a aventura de vários cartoonistas que trocaram há 40 anos o Charlie Hebdo pela revista satírica Pilote, para depois regressar à primeira publicação - entre eles estavam os cartoonistas Jean Cabut e George Wolinsky, duas das vítimas mortais do ataque de hoje -, mais do que um jornal foi uma instituição que foi visada.
16h53: O Parlamento português manifestou indignação pelo atentado contra a sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em que morreram pelo menos 12 pessoas. A presidente do parlamento, Assunção Esteves, expressou, na abertura dos trabalhos parlamentares, "profunda indignação e profundo lamento", afirmando que "os direitos fundamentais resultam da razão e são transversais a todas as culturas".
16h44: O recém-criado Observatório para a Liberdade Religiosa (ORL) condenou esta quarta-feira o ataque à sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, que fez pelo menos 12 mortos, considerando-o "um insulto extremo" à Humanidade e ao Islão. "O Islão foi insultado mais uma vez por terroristas que abusam do seu nome. Hoje todos somos parisienses", adianta o ORL em comunicado.
16h24: Os cartoonistas portugueses André Carrilho, António Jorge Gonçalves e Rodrigo Matos afirmaram hoje à agência Lusa que a única resposta ao ataque de hoje ao jornal francês Charlie Hebdo, que causou 12 mortos, é a não intimidação. "Estou em estado de choque. É uma verdadeira barbárie e é-me difícil compreender que o ódio no ser humano chegue a este ponto", afirmou António Jorge Gonçalves, que atualmente colabora com o jornal Público e com o suplemento Inimigo Público.
16h23: O Sindicato dos Jornalistas repudiou hoje o atentado ocorrido esta manhã na sede do semanário parisiense "Charlie Hebdo" e prestou homenagem à "resistência e coragem" dos que "amam até aos limites a liberdade de expressão". Num comunicado na página na internet do sindicato afirma-se também a solidariedade para com a dor e revolta dos camaradas e familiares das vítimas do atentado, 12 até ao momento, 10 trabalhadores do semanário satírico e dois polícias.
16h12: O Vaticano condenou "a dupla violência" do atentado, contra pessoas e contra a liberdade de imprensa. Numa primeira reação, o padre Ciro Benedettini, vice-diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, comunicou aos jornalistas a "condenação pelo ato de violência", que foi o tiroteio, e a "condenação pelo atentado contra a liberdade de imprensa, tão importante como a liberdade religiosa". O diário do Vaticano, L'Osservatore Romano, destacou na capa a "estratégia da barbárie", referindo que "15 minutos antes do ataque, o semanário tinha publicado uma caricatura de Abu Bakr al-Baghadi, líder do [movimento fundamentalista] Estado Islâmico", na rede social Twitter. "O atentado parece inserir-se no âmbito de uma represália horrível", considerou Benedettini.
16h00: A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que o atentado é intolerável e inaceitável. "Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas - a liberdade de imprensa", disse a Presidente brasileira, numa nota em que considerou o ato como "terrorista".
15h44: Em comunicado, Obama condenou "veementemente" o massacre em que morreram pelo menos 12 pessoas, entre as quais o diretor do semanário, e acrescentou que "os pensamentos e orações" dos norte-americanos estão com as vítimas e "com o povo de França". O chefe de Estado norte-americano frisou que França "é o mais antigo aliado" dos Estados Unidos e que os dois países se mantiveram unidos "na luta contra os terroristas que ameaçam" a sua segurança e a do mundo.
15h33: A Liga Árabe e a Al-Azhar, a principal autoridade do Islão sunita, condenaram o atentado terrorista contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo. "O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, condena energicamente o ataque o ataque contra o jornal Charlie Hebdo em Paris", referiu a organização em comunicado. À semelhança da instituição pan-árabe, a universidade Al-Azhar, igualmente com sede no Cairo, deplorou um "ataque criminoso", sublinhando que "o Islão denuncia qualquer violência.
Numa declaração em separado à agência noticiosa AFP, Abbas Shoman, um alto responsável da Al-Azhar, disse que a instituição "não aprova o uso da violência mesmo que seja em resposta a qualquer ofensa cometida contra os sentimentos sagrados dos muçulmanos".
15h25: A segurança foi reforçada esta quarta-feira em redor da sede do jornal dinamarquês que publicou inicialmente as caricaturas do profeta Maomé, após o sangrento atentado ao semanário satírico francês Charlie Hebdo, segundo um memorando interno divulgado pela imprensa. O Jyllands-Posten informou os seus funcionários que as medidas para os proteger seriam reforçadas, sem pormenorizar, indica o documento publicado pelo diário Berlingske.
Kurt Westergaard, o autor das caricaturas mais controversas, que escapou a uma tentativa de assassínio na sua casa em 2010, declarou-se esta quarta-feira chocado com o ataque "assustador e horrível".
15h20: A organização Repórteres Sem Fronteiras recebeu com "profundo impacto" o ataque, definido como um "pesadelo tornado realidade". "Atacar uma redação com armas pesadas é o tipo de violência a que se assiste no Iraque, Somália e Paquistão", assegurou em comunicado o secretário-geral da ONG, Christophe Deloire, que se deslocou ao local do atentado. "Esperávamos assistir a este horror em França", interrogou-se, antes de afirmar que se trata "de um pesadelo tornado realidade".
15h08: As formações de extrema-direita francesas Frente Nacional (FN) e Aliança Azul Marinho (RBM) afirmaram-se "horrorizadas com o odioso atentado". Num comunicado, as duas formações lideradas por Marine Le Pen manifestam "imensa tristeza pelas vítimas" e apresentam condolências às respetivas famílias.
14h58: Tusk condena "ataque brutal contra valores fundamentais".
14h55: O Conselho francês do culto muçulmano (CFCM), instância representativa dos muçulmanos de França, condenou como um "ato bárbaro" o sangrento atentado de inspiração islamita contra o semanário Charlie Hebdo em Paris. "Este ato bárbaro de extrema gravidade é também um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa", afirmou o CFCM, que representa a primeira comunidade muçulmana da Europa (entre 3,5 a 5 milhões de membros), e que se exprimiu em nome dos "muçulmanos de França".
14h56: O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, anunciou que houve três envolvidos no ataque. Bernard Cazeneuve disse que as autoridades francesas estão a fazer tudo para "neutralizar tão rapidamente quanto possível os três criminosos que cometeram este ato de barbárie".
Informações iniciais indicavam que o ataque foi levado a cabo por dois homens, armados com uma espingarda automática 'Kalashnikov' e com um lança-rockets.
14h28: A viatura utilizada pelos atacantes, um Citroen de cor preta, foi abandonada no bairro 19. Os autores do massacre terão passado para outro veículo.
14h25: Segundo testemunhos, os corpos das vítimas encontravam-se amontoados na redação. Uma das vítima foi morta no piso térreo. Os atacantes terão ido primeiro a um outro prédio, deslocando-se depois para as instalações do jornal.
14h07: O Presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu as suas condolências pelas vítimas do ataque ao jornal satírico francês, e condenou o terrorismo em todas as suas formas, disse esta quata-feira o seu porta-voz.
14h00: O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou o atentado considerando-o um "ato bárbaro" e um "intolerável ataque à liberdade de imprensa".
13h58: O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, condenou esta quarta-feira o ataque "brutal e desumano" e "intolerável".
13h48: Em comunicado divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo português "condena veementemente o violento atentado ocorrido esta quarta-feira em Paris" e "lamenta profundamente a perda de vidas humanas".
13h43: A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o "atentado abominável" ao semanário satírico francês Charlie Hebdo.
13h29: Já surgiram vários eventos no Facebook para homenagear as vítimas mortais deste massacre. Os encontros estão marcados para o final da tarde na Praça da República e da Bastilha, em Paris, e noutras cidades francesas.
13h28: Um responsável do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) afirmou que atentados como o desta quarta-feira serão mais frequentes, em detrimento de ataques de grande escala.
13h25: A revista espanhola Mongolia reproduziu esta terça-feira uma caricatura do profeta Maomé na sua página na internet em solidariedade com o semanário satírico francês Charlie Hebdo.
13h17: A Espanha condenou "o ato terrorista vil e cobarde" contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, que fez 12 mortos, e defendeu a liberdade de imprensa como "um direito fundamental".
13h13: A presidência dos Estados Unidos condenou "nos termos mais fortes" o ataque contra o jornal. "Toda a Casa Branca está solidária com as famílias das pessoas mortas e feridas neste ataque", afirmou Josh Earnest, porta-voz do presidente norte-americano.
12h51: Testemunhas dizem que os assaltantes gritaram 'Allah Akbar' ('Deus é grande') no momento em que dispararam. Terão ainda proferido: "Vingámos o profeta".
12h47: Segundo fontes policiais, Charb, diretor da publicação e Riss, desenhador, terão morrido durante o ataque.
12h30: O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou o "revoltante ataque terrorista" desta quarta-feira contra o jornal satírico Charlie Hebdo em Paris e exprimiu a sua solidariedade com a França na luta contra o terrorismo. "Os assassínios cometidos em Paris são revoltantes. Estaremos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa", declarou Cameron, na sua conta na rede social de mensagens curtas Twitter.
12h20: A proteção foi reforçada nos transportes de Paris, centros comerciais, locais de culto e redações.
12h05: O presidente François Hollande já classificou o massacre como "atentado terrorista" de "extrema barbárie".
11h18: Um ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, provocou na manhã desta quarta-feira pelo menos 12 mortos e 20 feridos, quatro em estado grave. Duas das vítimas mortais são polícias.
O ataque, que não foi reivindicado, ocorrido pelas 11h30, menos uma hora em Portugal, foi perpetrado por dois homens encapuzados e armados com armas automáticas. Durante a fuga, os atiradores dispararam contra uma viatura da polícia, disse uma testemunha.
Segundo uma fonte citada pela AFP, terão sido dois homens "armados com uma kalachnikov e um lança rockets" a disparar.
Os atacantes estão a ser procurados pelas autoridades, que fizeram deslocar para o local um forte contingente. O plano de segurança passou a 'alerta atentados', o mais elevado, na Ile-de-France.
A última imagem publicado pelo jornal, que mostra o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, a desejar "al-Baghdadi deseja felicidades e muita saúde"
O presidente francês, François Hollande, dirigiu-se ao local do ataque e convocou uma reunião do gabinete de crise.
O presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, referiu-se ao caso como "horror absoluto" e assegurou às vítimas toda a solidariedade.
As redações dos jornais de Paris estão, entretanto, a ser monitorizados pelas forças de segurança.
A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações.
A resposta do jornal em 2011, após a redação ter sido atacada. Na imagem é retratado o profeta islâmico Maomé a beijar um jornalista do Charlie Hebdo com a mensagem: "O amor é mais forte do que o ódio"
Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islamita Ennahda, no qual o profeta Maomé era o "redator principal".
O Charlie Hebdo é uma publicação satírica semanal, de esquerda, fundada em 1969. É fortemente antireligiosa e publica regularmente artigos provocatórios, cartoons e piadas sobre o Catolicismo, o Islão, o Judaísmo.
Em 2007 publicou os cartoons satíricos de Maomé oriundos da Dinamarca, que provocaram graves protestos em vários pontos do mundo islâmico.
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