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Sepultados autores de atentado terrorista em Paris

Irmãos Kouachi mataram 12 pessoas na sede do jornal Charlie Hebdo.

18 de janeiro de 2015 às 10:14

Cherif Kouachi, um dos dois irmãos que matou 12 pessoas no ataque à redação do jornal francês Charlie Hebdo, foi sepultado nos arredores de Paris, num funeral discreto e rodeado medidas de segurança, disse este domingo fonte da autarquia de Gennevilliers.

Kouachi foi enterrado pouco antes da meia-noite de sábado num cemitério da localidade dos arredores de Paris, onde vivia. O seu irmão Said Kouachi tinha sido já enterrado na véspera em Reims, no centro de França.

Nenhum parente assitiu ao funeral e a sepultura não está identificada para evitar que se torne num "local de peregrinação" para islamistas, adiantou a fonte da autarquia de Gennevilliers.

Ninguém assistiu ao funeral

"A inumação aconteceu às 23h45 horas (menos uma hora em Lisboa) na intimidade. A sua mulher não quis assistir às exéquias. Não foi ninguém", precisou a autarquia.

O presidente da câmara, o comunista Patrice Leclerc, explicou que não tinha "outra alternativa legal a não ser permitir o funeral de Cherif Kouachi", mas exigiu que a sepultura fosse anónima.

O irmão deste 'jihadista', Said Kouachi já tinha sido enterrado sexta-feira em Reims, onde vivia, também numa sepultura anónima e sem que tenha sido divulgado o cemitério.

Segundo a legislação francesa, os familiares dos defuntos devem pedir autorização à câmara da localidade do cemitério pretendido. Caso se trate do lugar de residência ou onde se encontre um jazigo de família, essa autorização não pode ser recusada.

Autarquias não querem enterrar Coulibaly

Quanto ao funeral do terceiro 'jihadista', Amedy Coulibaly, responsável pela morte de um polícia e pelo sequestro que resultou em quatro mortos num supermercado judeu a 9 de janeiro, uma parte da família disse à agência France Presse não ter ainda tomado uma decisão.

Familiares de Coulibaly vivem em Grigny, nos subúrbios de Paris, onde a câmara municipal, que já se mostrou pouco recetiva a deixar ali fazer o enterro, assegura não ter ainda recebido qualquer pedido de autorização.

Em Fontenay-aux-Roses, onde vivia Coulibaly, as autoridades adiantam que o cemitério não tem um talhão muçulmano. Outra possibilidade seria organizar os funerais no Mali, de onde é originária a família Coulibaly.

A questão dos funerais dos 'jihadistas', que mataram 17 pessoas em Paris, embaraça as autoridades franceses, uma vez que as autarquias das localidades possíveis para os enterrar querem evitar que as sepulturas se tornem lugares de peregrinação.

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