Mediador libanês morto em combates entre o Hezbollah e rebeldes sírios

Conflito na Síria, que começou em 2011, já fez mais de 330 mil mortos e milhões de deslocados.

22 de julho de 2017 às 19:44
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Um libanês que tinha por missão ser mediador entre o Hezbollah xiita e rebeldes e jihadistas sírios, envolvidos nos combates no leste do Líbano, foi este sábado morto nos confrontos, segundo a agência noticiosa nacional.

Na sexta-feira, o grupo Hezbollah libanês, que apoia o regime do presidente líbio, Bashar al-Assad, na vizinha Síria, disse que iniciou uma operação contra "terroristas armados", nos dois lados da fronteira.

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"Ahmad al-Fliti, que era mediador entre os homens armados e o Hezbollah (...), ficou ferido quando o seu carro foi atingido por um obus lançado por um desconhecido em Jouroud Aarsal", região que se situa no leste do Líbano, disse a Agência Nacional de Informação (ANI) libanesa.

"Mais tarde faleceu devido aos ferimentos", salientou.

Fliti era uma personalidade muito conhecida na região de Aarsal, explicou a ANI. O obus foi lançado pela "organização terrorista Front al-Nosra", num alusão à filial da Al-Qaeda na Síria.

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Os combates prosseguem pelo segundo dia consecutivo, a Leste do Líbano, e Jouroud Aarsal é uma região montanhosa onde estão implantados os grupos 'jihadistas' sunitas, oriundos da Síria, e que abriga, em campos informais, milhares de refugiados sírios que fogem da guerra no seu país.

Há uma semana, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, lançou um aviso a estes 'jihadistas', que classificou como "uma ameaça para todo o mundo, incluindo os refugiados sírios", afirmando que "é tempo de pôr fim a esta ameaça".

O Líbano, país de quatro milhões de habitantes, abriga um milhão de refugiados sírios. Só na zona de Aarsal, as Nações Unidas estimam que estejam 45 mil deslocados.

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O responsável do comité internacional da Cruz Vermelha no Líbano, Christophe Martin, disse à agência noticiosa France-Presse, na sexta-feira, que a organização estava preparada para o eventual afluxo de feridos de Jouroud Aarsal.

O Hezbollah intervém na guerra na Síria ao lado das forças do regime de Bashar al-Assad, contra os rebeldes e os 'jihadistas'.

O conflito na Síria, que começou em 2011, já fez mais de 330 mil mortos e milhões de deslocados.

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