Menos de metade da população angolana tem bilhete de identidade

16 milhões de angolanos têm Bilhete de Identidade, o que significa que mais de metade da população, 35 milhões de pessoas, não possui.

15 de outubro de 2025 às 19:37
Cartão de cidadão Foto: Vítor N. Garcia
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O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola disse esta quarta-feira que a atribuição de Bilhete de Identidade é "ainda motivo de preocupação", salientando que apenas 16 milhões de angolanos, menos de metade da população, possui este documento.

Marcy Lopes, que falava à imprensa na Assembleia Nacional depois do ato de abertura do novo ano legislativo, adiantou que está em curso um programa de universalização deste documento, prevendo-se que possa ser emitido localmente em postos móveis para facilitar o acesso, bem como reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade do serviço público prestado aos cidadãos.

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Segundo o ministro, 16 milhões de angolanos têm Bilhete de Identidade, o que significa que mais de metade da população (35 milhões de pessoas, segundo as estimativas mais recentes) não possui este documento de identificação.

"Com o programa de universalização do Bilhete de Identidade nós prevemos que, nos próximos dois anos, vamos atingir cifras muito satisfatórias e de alguma forma garantir a colaboração da população em fazer o levantamento" do documento, referiu, adiantando que, com o serviço local, vai ser possível reduzir o tempo de espera.

Relativamente ao registo de nascimento, o titular da pasta da Justiça e dos Direitos Humanos realçou que há melhorias, com a implementação de postos em quase todas as unidades de serviços materno infantis, que permite às pessoas registarem os seus filhos à nascença e obter o seu Bilhete de Identidade.

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"Temos é de trabalhar mais, e estamos a fazê-lo, com a sensibilização, para que as pessoas, antes de sair do hospital, tão logo tenham os bebés, possam fazer o registo das suas crianças e deste modo integrá-las no sistema nacional de registo e facilitar o trabalho mais tarde de ingresso no sistema escolar, no sistema de ensino", destacou.

O governante angolano admitiu a necessidade de melhorar as instalações dos serviços de justiça, para conferir melhores condições aos trabalhadores e cidadãos.

"É um processo continuado, vamos prestar atenção todos os dias, todos os anos, para que consigamos ultrapassar estas barreiras de dificuldades", acrescentou.

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