Ministério do Comércio chinês critica sanções do Goveno dos EUA

Ministério do Comércio chinês chamou as sanções americanas de "repressão irracional às empresas chinesas"

11 de julho de 2021 às 09:35
Biden Foto: Reuters
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O Ministério do Comércio chinês criticou hoje as sanções do Governo dos Estados Unidos contra 23 empresas chinesas pela sua suposta colaboração com abusos contra minorias muçulmanas em Xinjiang.

No seu portal oficial na internet, o ministério chinês definiu as sanções como uma "grave violação das regras do comércio internacional".

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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira a inclusão dessas empresas em sua lista de entidades, que inclui um conjunto de empresas e organizações para as quais as empresas norte-americanas não podem exportar ou transferir mercadorias.

Segundo as autoridades chinesas, os Estados Unidos abusam do controlo das exportações, ignoram os factos e "usam os chamados 'direitos humanos' como desculpa".

Quatorze das empresas sancionadas são cúmplices "da campanha de repressão, detenção em massa e vigilância em Pequim de uigures, cazaques e outras minorias muçulmanas em Xinjiang", segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

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Cinco foram incluídas na lista de entidades por vínculos com militares chineses e quatro por fazer negócios com empresas já sancionadas pelo Governo dos Estados Unidos.

O Ministério do Comércio chinês chamou as sanções americanas de "repressão irracional às empresas chinesas" e instou os Estados Unidos a "corrigirem as suas irregularidades".

Além disso, o comunicado garantiu que a China tomará "as medidas necessárias para proteger os seus direitos e os interesses legítimos".

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Nos últimos anos surgiram queixas de alguns uigures que vivem no estrangeiro sobre a sua situação e a de outras minorias muçulmanas na região de Xinjiang, no oeste da China, cujos membros estão detidos em instalações vigiadas.

Pequim nega qualquer violação dos direitos humanos na região.

Na sexta-feira, o Departamento do Comércio norte-americano anunciou ter colocado 34 empresas na lista de entidades acusadas de envolvimento em atividades contrárias à política externa e aos interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.

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Além da China, empresas do Irão e Rússia fazem parte da lista.

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