Ministra da Justiça timorense condenada a prisão
O Tribunal Distrital de Díli, Timor-Leste, condenou esta sexta-feira a ministra da Justiça, Lúcia Lobato, a cinco anos de prisão por crime de participação em negócio, mas a defesa vai recorrer da sentença.
Os juízes consideraram Lúcia Lobato autora moral de forma consumada em crime de participação em negócio relacionado com a aquisição de uniformes para a guarda prisional.
No final do julgamento, que começou em Abril, o advogado de defesa da ministra da Justiça, Sérgio Hornay, afirmou que vai recorrer da decisão, sem prestar mais declarações.
Lúcia Lobato começou por afirmar aos jornalistas que não queria recorrer da sentença, mas, acabou, por remeter a decisão final para os seus advogados.
A ministra foi suspensa de funções a 20 de Março pelo parlamento timorense na sequência de um pedido do Tribunal Distrital de Díli para julgar Lúcia Lobato e um homem identificado como António Araújo Freitas.
O despacho do tribunal referia que os eram "acusados do crime de corrupção, abuso de poder e de falsificação de documento".
Na sentença lida esta sexta-feira, a ministra da Justiça foi absolvida dos crimes de abuso de poder e administração danosa e António Freitas absolvido de todas as acusações.
Após a suspensão da ministra, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, assumiu a responsabilidade pelo Ministério da Justiça.
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