Mulher mata violador da filha e é absolvida em tribunal
"Mamã leoa", como foi apelidada nos jornais, esfaqueou os três agressores, sendo que um não sobreviveu ao ataque.
Uma mulher foi absolvida em tribunal após ter atacado violentamente três homens que estavam a violar a filha, numa casa perto do local onde vive, na província de Eastern Cape, na África do Sul.
Nokubonga Qampi estava a dormir quando foi acordada por um telefonema de uma rapariga que lhe disse que a sua filha, Siphokazi, estava a ser abusada sexualmente. De acordo com a BBC, a mulher ligou para a polícia, mas ninguém atendeu. Desesperada percebeu que a única pessoa que podia fazer algo pela filha era ela.
"Estava assustada, mas tive de ir porque era a minha filha", recordou. "Pensei que quando lá chegasse ela poderia estar morta. Porque ela conhecia os atacantes".
Nokubonga pegou numa faca, ligou a luz da laterna do telefone e dirigiu-se à casa dos atacantes. Quando chegou ao local, um dos suspeitos estava a violar Siphokazi e os outros dois tinham as calças para baixo.
Ao verem Nokubonga foram em direção à mulher, que, sem pensar duas vezes, os esfaqueou. "Foi nessa altura que eu pensei que tinha de me defender. Foi uma reação automática", contou.
Dois dos abusadores ficaram feridos com gravidade e o outro acabou por morrer. Nokubonga, depois de cometer o crime, agarrou na filha e levou-a para casa de um amigo. Quando a polícia chegou ao local deteve a mulher e levou Siphokazi para o hospital.
A mulher foi acusada de homicídio pelo tribunal sul-africano.
O relato que fez daquela noite encheu as páginas dos jornais e dividiu a opinião pública. Em muitas manchetes Nokubonga foi apelidada de "Mamã Leoa". Vários populares chegaram a angariar fundos para financiar a defesa de Nokubonga, afirmando que esta apenas defendeu e protegeu a filha.
A justiça sul-africana acabou por absolvê-la e os dois violadores que sobreviveram acabaram por ser condenados a 30 anos de prisão.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt