Mulheres têm mais 32% de probabilidade de morrer ao serem operadas por um homem, revela estudo

Estudo contou com a participação de 1,3 milhões de pacientes e envolveu quase 3 mil cirurgiões. 

04 de janeiro de 2022 às 22:02
Allan Matthews, cirurgião, testículo Foto: Getty Images
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As mulheres que são operadas por um cirurgião têm mais probabilidades de morrer ou ter complicações no procedimento do que quando é uma mulher a realizar a cirurgia, revela um estudo publicado na revista médica JAMA Surgery.

As mulheres têm 15% mais probabilidades de ter um mau desfecho e 32% mais chances de morrer quando um homem, em vez de uma mulher, realiza a operação. O estudo contou com a participação de 1,3 milhões de pacientes e envolveu quase 3 mil cirurgiões. 

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"Este resultado tem consequências médicas no mundo real para pacientes do sexo feminino e manifesta-se em mais complicações, readmissões no hospital e morte para mulheres em comparação com os homens", disse ao The Guardian a Dra. Angela Jerath, professora associada e epidemiologista clínica do Universidade de Toronto, no Canadá, e coautora das descobertas.

"Os resultados são preocupantes porque não deve haver diferença nos resultados dos pacientes, independentemente do sexo do cirurgião. N

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um nível macro, os resultados são preocupantes", acrescenta. "Quando uma cirurgiã opera, os resultados dos pacientes geralmente são melhores, principalmente para as mulheres, mesmo após o ajuste para diferenças no estado crónico de saúde, idade e outros fatores.

As descobertas geraram um debate sobre o fato de a área de cirurgia no Reino Unido continuar a ser dominada por homens e que "preconceitos sexuais implícitos" entre os cirurgiões podem ajudar a explicar por que é que as mulheres correm tanto risco quando fazem uma operação.

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