New York Times destaca homenagem de Portugal a Aristides de Sousa Mendes, o português que salvou milhares de judeus

Jornal norte-americano afirma que diplomata "desafiou as ordens do próprio governo português" durante a Segunda Guerra Mundial.

19 de junho de 2020 às 10:36
Aristides de Sousa Mendes Foto: Direitos Reservados
António Moncada, livro, memórias, Aristides Sousa Mendes Foto: Direitos Reservados

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A história de Aristides de Sousa Mendes atravessa décadas e viaja até aos dias de hoje. O português, conhecido por ajudar a salvar milhares de judeus dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial, vai ser homenageado no Panteão Nacional. E a notícia não passou despercebida na imprensa internacional.

Oitenta anos depois, o New York Times recorda o português que "desafiou as ordens do seu próprio governo português" ao fornecer vistos aos judeus que quisessem abandonar França. O jornal norte-americano destaca a homenagem do Parlamento ao cônsul português em Bordéus na altura em que a Alemanha invadiu a França em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial.

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O projeto, apresentado pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, tem como objetivo homenagear o antigo cônsul português na forma de um túmulo sem corpo, não implicando assim a habitual trasladação para o Panteão Nacional.

Desta forma, Joacine pretende que o corpo continue no concelho de Carregal do Sal, terra onde nasceu e viveu Aristides de Sousa Mendes, preservando a importância cultural e económica que a presença do corpo tem no turismo da região.

Na época, milhares de pessoas adquiriram vistos portugueses através do português, numa tentativa de escapar à perseguição nazi.

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Aristides foi posteriormente demitido do cargo devido à violação das regras impostas pelo governo português, então liderado pelo presidente António salazar. O diplomata voltou a Portugal onde foi julgado e demitido da função.

"Sousa Mendes tem sido considerado um herói pelos sobreviventes do Holocausto, mas permaneceu ignorado pelo próprio país até à década de 1980, quando Portugal promoveu o papel do diplomata no Parlamento", escreve o New York Times.

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