Atirador de Liège devia ter regressado à prisão na segunda-feira

Benjamin Herman, o homem identificado como sendo o autor dos disparos que mataram duas mulheres polícias e um jovem civil em Liége, na Bélgica estava a cumprir pena por tráfico de droga e outros crimes na prisão de Lantim, nos arredores da cidade belga.

A televisão RTBF avança que Benjamim saiu esta segunda-feira em licença precária da prisão. Uma ausência que deveria durar apenas algumas horas, para ir a uma consulta de reclassificação, relacionada com o sue processo. Era suposto ter regressado à pirsão de Lantin, nos arredores de Liège, na noite de segunda-feira, mas não o fez. E nessa mesma noite esteve envolvido numa rixa na província belga do Luxemburgo.

O ministro da justiça belga revela que Herman cumpria uma pena que deveria durar até 2020. Koen Geens adianta que o terrorista já tinha tido 11 saídas de um dia e 13 de dois dias, sem que tivesse acontecido algum problema, pel oque defende que era difícil prever que algo fosse acontecer desta vez.

A RTBF diz que Benjamim foi incluído na lista de pessoas suspeitas de se terem radicalizado - dos serviços de segurança do Estado - , em 2017. Mas não estaria a ser alvo de vigilância especial.

O terrorista tinha 36 anos e era natural de Rochefort, na Bélgica. O jornal belga Sudinfo revela uma imagem que mostra o homem com uma pistola na mão, durante o ataque.

Benjamim era bem conhecido das autoridades. Tinha um cadastro longo por roubos, pequeno tráfico de droga e altercações. É descrito como um homem violento, que terá tido uma infância difícil. Terá sido na prisão de Lantin, onde começou a cumprir pena em 2017, que aderiu a um movimento radical islâmico.

A RTBF conta que Benjamim tinha "um perfil psicológico instável" e que tinha cortado os laços com a família. É descrito como um homem violento, que causou vários conflitos com outros prisioneiros na penitenciária de Lantin, em Liège.

As vítimas do tiroteio:

Cyril Vangriecke era estudante e tinha 22 anos. Foi morto no carro à frente da mãe. 

Soraya Belkacemi tinha 45 anos, era casada e mãe de gémeos com 13 anos. Estava na polícia desde os 21 anos. 

Lucille Garcia era uma agente com 53 anos, que tinha casado há um mês e já era avó.