Obama pede calma a Turquia e Rússia

Troca de recriminações entre Ancara e Moscovo sobe de tom.

02 de dezembro de 2015 às 08:46
02-12-2015_04_40_44 28 obama turquia.JPG Foto: Kevin Lamarque/Reuters
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O presidente norte-americano Barack Obama pediu esta terça-feira à Turquia e à Rússia para acabarem com a guerra de palavras e se concentrarem em "derrotar o inimigo comum", os jihadistas do Daesh.

Obama, que esta terça-feira se reuniu em Paris com o PR turco Tayyip Erdogan depois de na véspera se ter encontrado com Vladimir Putin, voltou a apelar à calma e pediu às partes para encontrarem formas de reduzir a tensão gerada pelo abate de um caça russo que entrou no espaço aéreo turco na semana passada."Temos um inimigo comum. Temos de nos concentrar nessa ameaça", exortou Obama, embora reconhecendo o direito da Turquia a "defender o seu espaço aéreo e o seu território".

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Na segunda-feira, o presidente russo acusou a Turquia de abater o avião russo para "proteger a compra ilegal de petróleo ao Daesh". Indignado com o que considerou "uma calúnia", Erdogan instou o presidente russo a apresentar provas. "São acusações muito graves. Se a Rússia tem provas, que as ponha em cima da mesa. Garanto que se essa alegação for verdade apresentarei a minha demissão", afirmou o presidente turco.

Esta terça-feira, a Rússia aprovou formalmente um conjunto de sanções económicas contra a Turquia como retaliação pelo derrube do avião. As medidas incluem a proibição da importação de frutas e legumes turcos e a suspensão de voos charter entre os dois países, mas ficam aquém do esperado, num sinal de que a Rússia não pretende forçar um congelamento total das relações. De igual modo, o PM turco Ahmet Davutoglu apelou esta terça-feira à abertura de "canais de comunicação". "Temos de nos sentar à mesa e falar", disse.

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