OMS acredita que promessa da vacina "vai mudar o jogo da pandemia"

Aprovação das primeiras vacinas vai acabar com a fase aguda da pandemia, permitindo reconstruir a economia.

04 de dezembro de 2020 às 08:52
Vacina contra a Covid-19 Foto: Direitos Reservados
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A Organização Mundial de Saúde mostrou-se esta quinta-feira esperançosa com as notícias da aprovação da primeira vacina contra o coronavírus no Reino Unido, afirmando que a promessa trazida pelas vacinas é “fenomenal” e vai permitir “mudar o jogo” da pandemia.

“Quantas mais vacinas tivermos, mais oportunidades de sucesso. Combinadas com outras medidas de saúde públicas, as vacinas podem acabar com a fase aguda da pandemia e permitir a reconstrução da economia”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge.

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O mesmo responsável avisou, no entanto, que o número de vacinas será “muito limitado” nos primeiros tempos e que cabe a cada país decidir quem deve ter prioridade na vacinação, embora tenha frisado que parece existir um “consenso geral” de que os primeiros a receber a vacina devem ser “os idosos, profissionais de saúde e as pessoas com problemas de saúde crónicos”.

Bruxelas pede para não baixar a guarda

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A Comissária Europeia da Saúde, Stella Kyriakides, alertou esta quinta-feira que as medidas para controlar e mitigar a transmissão do vírus devem continuar durante meses apesar da chegada da vacina, lembrando que a situação na Europa continuar a ser “séria, delicada e precária”, com uma morte a cada 17 segundos.

Certificado eletrónico atesta vacinação

A Organização Mundial de Saúde disse esta quinta-feira que não recomenda a emissão de “passaportes de imunidade” para certificar que as pessoas estão vacinadas contra o coronavírus, mas adiantou estar a estudar a criação de um “certificado eletrónico de vacinação” para usar nos transportes aéreos e outras atividades.

EUA continuam a bater recordes

Os Estados Unidos bateram esta semana um novo recorde de hospitalizações e infeções diárias, sinais de que a pandemia continua a agravar-se de forma descontrolada no país. Pela primeira vez, mais de 100 mil pessoas estão hospitalizadas com Covid-19 e o número de novos casos chegou quarta-feira aos 195 695.

RADAR COVID

Investigação

Um consórcio europeu de que faz parte a Universidade de Coimbra vai criar um novo teste de diagnóstico para identificar pacientes com Covid-19 que correm o risco de desenvolver complicações cardiovasculares fatais.

Vacinação em África

O Centro Africano para a Prevenção e Controlo de Doenças estima que sejam necessários dois anos para vacinar 60% dos 1,3 mil milhões de habitantes do continente africano.

China inspeciona

A China está a realizar inspeções em supermercados, empresas de importação, armazéns e restaurantes para prevenir a importação do vírus em alimentos congelados.

Informações falsas

O Facebook anunciou que vai tomar medidas para retirar publicações que promovam informações falsas e teorias da conspiração sobre as vacinas.

PANDEMIA PELO MUNDO

Ensino à distância

O governo sueco ordenou esta quinta-feira a interrupção das aulas presidenciais no ensino secundário e a passagem para o ensino à distância na sequência do aumento preocupante de contágios no país, que esta quinta-feira ultrapassou as sete mil mortes desde março.

Vacinação arranca

A capital russa, Moscovo, vai iniciar este domingo a vacinação em massa da população. Professores, profissionais de saúde e assistentes sociais estão no primeiro grupo de cidadãos que vão receber a vacina Sputnik-V, que a Rússia diz ter uma eficácia de 92%.

Fronteira fechada

A região espanhola da Galiza vai confinar 60 municípios a partir desta sexta-feira e condicionar a circulação na fronteira com Portugal durante todo o fim de semana prolongado para evitar viagens desnecessárias. As medidas não afetam os trabalhadores transfronteiriços, que poderão continuar a circular.

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