OMS alerta para época gripal intensa e precoce na Europa

Pico da epidemia deverá ocorrer entre o final de dezembro e o início de janeiro.

18 de dezembro de 2025 às 13:38
OMS, Organização Mundial da Saúde Foto: Getty Images
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta quinta-feira que 27 dos 38 países da região europeia enfrentam níveis elevados ou muito elevados de gripe, quatro semanas antes do habitual, devido a uma nova estirpe do vírus A (H3N2), subclade K.

"A gripe chega todos os invernos, mas este ano é um pouco diferente", afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge.

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Em países como Irlanda, Reino Unido, Sérvia e Eslovénia, mais de metade dos doentes com síndrome gripal testados tiveram resultado positivo.

Kluge indicou que, apesar de a nova variante estar a acelerar a transmissão e representar até 90% dos casos confirmados, não há evidências de maior gravidade.

De acordo com a OMS, o pico da epidemia deverá ocorrer entre o final de dezembro e o início de janeiro.

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Os idosos com mais de 65 anos concentram os casos mais graves que exigem hospitalização, enquanto crianças em idade escolar impulsionam a disseminação comunitária, tal como acontece noutras alturas do ano.

Nesse sentido, a OMS reforçou que a vacinação "é a melhor defesa", sobretudo para grupos de risco como idosos, grávidas, doentes crónicos, crianças e profissionais de saúde.

A OMS recomendou ainda medidas preventivas como uso de máscara, higiene das mãos, etiqueta respiratória e ventilação dos espaços.

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Em relação à vacinação, a OMS esclareceu que, embora possa não prevenir a infeção, reduz o risco de complicações graves da gripe A(H3N2), aconselhando que as pessoas com sintomas graves ou outras condições médicas procurem cuidados médicos.

Embora grave, Kluge sublinhou que esta época gripal não equivale à pandemia de covid-19.

"Os nossos sistemas de saúde têm décadas de experiência no controlo da gripe, temos vacinas seguras que são atualizadas anualmente e temos um conjunto claro e eficaz de medidas de proteção", realçou.

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Kluge incentivou ainda o público a procurar informação em fontes fidedignas, como as agências nacionais de saúde e a OMS, para combater a desinformação.

"Numa época de gripe desafiante, informações fiáveis e baseadas em evidências podem salvar vidas", acrescentou.

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