Onda de violência continua: Mesquita incendiada por colonos israelitas na Cisjordânia
Foram ainda encontradas mensagens com ameaças ao chefe do Comando Central das Forças de Defesa de Israel (FDI) e vários Alcorões foram queimados.
Um grupo de colonos israelitas na Cisjordânia incendiou e vandalizou, na noite de quarta-feira, uma mesquita palestiniana perto de Salfit, a norte de Ramallah. Nas paredes foram encontradas grafitadas várias mensagens com ameaças a Avi Bluth, chefe do Comando Central das Forças de Defesa de Israel (FDI), que num ato raro classificou a violência judaica contra os palestinianos como terrorismo. Foram ainda queimados vários Alcorões, segundo avança o The Jerusalem Post.
Este ataque acontece numa altura em que se têm registado uma série de incidentes violentos perpetrados por extremistas israelitas, que inclui ataques a palestinianos, e carros e bairros incendiados.
O exército e a polícia de Israel abriram uma investigação ao caso.
A Peace Now, organização israelita que defende uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, divulgou um comunicado a repudiar mais este ato de violência: "É tempo de acordar e encarar a realidade. Isto já não é uma questão de uma minoria ou de alguns malfeitores."
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, referiu recentemente que o executivo de Donald Trump receia que estes ataques de colonos na Cisjordânia possam afetar a trégua em Gaza. "Há alguma apreensão de que os eventos na Cisjordânia possam ter repercussões que comprometam o que estamos a fazer em Gaza", afirmou Rubio à margem da cúpula do G7 no Canadá.
As autoridades disseram a vários meios de comunicação israelitas que o seu raio de ação contra os manifestantes são limitados devido às políticas governamentais.
Segundo um relatório das Nações Unidas, divulgado há uma semana, os colonos israelitas realizaram pelo menos 264 ataques em outubro.
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