Ouvidos tiros em Bissau. Presidente Embaló fala em golpe de Estado e diz que foi detido
Oposição alega que se trata de uma manobra para suspender contagem de votos das presidenciais de domingo.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, alega que foi detido esta quarta-feira numa altura em que se encontrava no seu gabinete no palácio presidencial. Foi o próprio que confirmou a detenção à revista Jeune Afrique.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, General Biague Na Ntan, o vice-chefe do Estado-Maior, General Mamadou Touré, e o ministro do Interior, Botché Candé, terão sido igualmente detidos, de acordo com a mesma fonte.
Umaro Sissoco Embaló revelou ainda à revista Jeune Afrique que não sofreu nenhum tipo de violência durante este alegado golpe de Estado, que, segundo afirmou, foi orquestrado pelo chefe do Estado-Maior do Exército.
Esta alegadas detenções surgiram após um relato de tiros no centro da cidade de Bissau, capital da Guiné-Bissau, perto do palácio presidencial e das instalações da comissão eleitoral, no que Emablo afirma tratar-se de uma alegada tentativa de golpe de Estado. Mas membros da sociedade civil e da oposição revelam que se trata de uma manobra do presidente para tentar suspender o processo de contagem de votos das eleições presidenciais do último domingo, em que alega ter ganho com 65% dos votos, segundo a sua própria contagem.
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