Pai e madrasta de Isabella voltam para a prisão
Alexandre Nardoni, de 29 anos, e Anna Jatobá, de 24, pai e madrasta da menina Isabella, de cinco, e acusados pela sua morte, estão novamente atrás das grades. Depois de em Abril terem cumprido nove dias de prisão temporária e terem sido libertados através de ‘habeas corpus’, voltaram a ser presos em São Paulo na madrugada de ontem.<br/><br/>
A prisão, agora preventiva, o que pode manter o casal recluso até ao julgamento, foi decretada pelo juiz Maurício Fossen, do Segundo Tribunal de Júri de São Paulo, que também instaurou um processo-crime contra Alexandre e Anna, aceitando na íntegra a acusação da polícia e do Ministério Público de que eles foram os autores da morte de Isabella, espancada, estrangulada e atirada pela janela do apartamento do casal, num sexto piso, na zona norte da capital paulista, no passado dia 29 de Março.
Assim que foi conhecida a decisão do juiz, um forte contingente policial cercou o prédio onde Alexandre e Anna estavam há três semanas, em Guarulhos, área metropolitana da capital paulista, onde moram os pais dela. Ao mesmo tempo, uma multidão enfurecida tomou conta da rua, obrigando a polícia a pedir ainda mais efectivos, incluindo forças especiais, para conter os populares, que ameaçavam invadir o prédio.
Só mais de quatro horas depois de iniciado o cerco e sob gigantesco esquema de escolta é que o casal conseguiu sair do prédio e ir para as esquadras onde ficaram presos na primeira noite. Mesmo assim, a polícia foi obrigada a usar gás pimenta para conter pessoas que se atiraram sobre os carros onde iam Alexandre e Anna, tentando agredi-los, cena que se repetiu junto à esquadra.
FÚRIA CONTRA OS ACUSADOS
O crime de que Alexandre Nardoni e Anna Jatobá são acusados – a morte de Isabella, que terá sido espancada e asfixiada por Anna, atirada ao chão por Alexandre e depois lançada pela janela pelos dois – criou um clima de revolta generalizada. Os locais onde o casal se refugiou antes de ser preso eram diariamente alvo de manifestações hostis e para os acusados irem depor foi preciso interditar ruas e reunir uma escolta com dezenas de polícias armados de metralhadoras.
Presos, Alexandre e Anna estão ainda em maior risco, pois um código existente nas prisões brasileiras condena à morte quem tiver cometido crime contra crianças. Quando foram presos, Alexandre e Anna foram algemados com as mãos para trás e conduzidos para os carros da polícia puxados pelo pescoço.
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