Pais violam filho de 11 anos para o curar da homossexualidade

Criança foi obrigada a ter relações com a madrasta, mas também houve violações por parte do pai.

27 de novembro de 2018 às 14:09
Menino, violação, abuso sexual Foto: Getty Images
Jovem Foto: Getty Images
Menino, violação, abuso sexual Foto: Getty Images

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"Era trabalho do meu pai proteger-me. Roubaram a minha inocência e arruinaram a minha infância. Nunca conseguirei ultrapassar isso." Daniel, de 36 anos, renunciou ao anonimato para contar os abusos sexuais de que foi alvo quando era uma criança de 11 anos: o pai achou que sexo com adultos seria a melhor maneira de "curar a possível homossexualidade" do filho. Primeiro, houve sexo com a madrasta, depois sexo a três.

Ao Sunday Mirror, Daniel contou que tudo aconteceu em 1993, Bracknell, Berks, no Reino Unido. Descreveu como foi o dia do primeiro abuso. "O papá disse-me que íamos fazer algo diferente: tirar a roupa cada vez que alguém perdesse. No final do jogo, Annette [a madrasta] estava completamente nua. Disseram-lhe para lhe tocar e beijar o peito. Como o meu pai me incentivava, achava que estava tudo bem. Penso que foi um teste à minha reacção porque o coito começou depois disso", revelou. 

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A um jornal local, a madrasta, Annette Breakspear, revelou que abusou da criança mais de 10 vezes durante três anos, o tempo que durou o casamento. Os abusos não foram cometidos apenas pela mulher. Daniel contou que não só viam vídeos pornográficos juntos como, algumas vezes, participavam em relações sexuais a três. "É assim que deves fazer isso", dizia-lhe o pai. 

Perante o tribunal, Richard Dowling, um antigo funcionário do Ministério da Defesa, disse que abusou do filho "para guiá-lo na direcção correcta e para que evitasse o caminho de ser gay". "Tudo o que sempre quis foi que ele fosse correcto", acrescentou. Dowling foi condenado a cinco anos de prisão e a ex-mulher a oito. 

Daniel confessou que os traumas nunca o largaram e que, durante mais de 20 anos, até o cheiro a perfume igual ao da madrasta o fazia recuar no tempo. Ao melhor género de um detective privado, conseguiu, a 6 de Setembro de 2015, gravar de maneira secreta uma conversa com o seu pai em que este admitia o abuso. Dois dias depois, apresentou-se na esquadra da polícia de Staines, Surrey, e exigiu ser levado a sério. 

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