Papa Francisco condena "loucura da guerra" e violência sobre as mulheres

Médicos aconselham Sumo Pontífice a não estar presente no Coliseu.

30 de março de 2024 às 01:30
Fiéis em Via-Sacra em Lisboa Foto: Vítor Mota
Jerusalém. Apesar das dificuldades impostas pela guerra, a Cidade Santa não deixou de celebrar a crucificação de Cristo
Índia. Em Tamil Nadu, os católicos vivem a Paixão com intensidade
Inglaterra. Milhares de pessoas assistiram à recriação da Via-Sacra nas ruas de Londres
França. Católicos franceses celebraram a Paixão de Cristo em frente à Catedral de Notre-Dame
Nigéria. Na cidade de Lagos também foi recriada a Via-Sacra
Alemanha. Nas ruas da cidade de Bensheim realizou-se um auto da Paixão ao vivo
Espanha. Procissão do Senhor ‘Ecce Homo’ em Saragoça, uma das cidades espanholas onde se vive a Semana Santa

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"Para preservar a sua saúde em vista da Vigília de amanhã [este sábado] e da Missa do Domingo de Páscoa, o Papa Francisco seguirá esta noite [ontem] a Via-Sacra no Coliseu a partir da Casa Santa Marta." Foi esta a comunicação da Sala de Imprensa da Santa Sé, depois de os médicos terem aconselhado o Papa a ficar em casa.

No entanto, as meditações foram, pela primeira vez, da sua autoria e, nesses textos, o Papa Francisco condenou a "loucura da guerra" e a violência sobre as mulheres.

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Na oitava estação, quando Cristo encontrou as mulheres de Jerusalém, Francisco reconheceu "a grandeza das mulheres" e lembrou "aquelas que ainda hoje continuam a ser descartadas, sofrendo ultrajes e violências".

Na lenta caminhada pela Via Dolorosa, o Pontífice lembrou que "a Humanidade chora diante da loucura da guerra, diante dos rostos das crianças que já não sabem sorrir, diante das mães que as veem desnutridas e famintas, sem terem ainda mais lágrimas para derramar".

Em Portugal, esta Sexta-feira Santa ficou marcada pelo cancelamento de muitas procissões e recriações da Paixão de Cristo, como aconteceu em Braga.

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Situação diferente ocorreu em Lisboa, onde se realizou, pelas ruas da Baixa e com a presença de milhares de pessoas, a tradicional Via-Sacra.

Organizada pelas paróquias de Baixa e Chiado e pelo movimento Comunhão e Libertação, a cerimónia teve leituras bíblicas e de textos de Charles Péguy, Dostoievski e do Papa Francisco.

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