Papa Francisco aprova a remoção do útero
Sumo Pontífice considera "moralmente lícita" a histerectomia.
O papa Francisco avançou que considera "moralmente lícita" a histerectomia (remoção do útero) quando o corpo da mulher já não está adequado para a reprodução e há uma certeza médica de que a gravidez não é viável.
Durante uma audiência ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luís Francisco Ferrer, o papa aprovou e ordenou a publicação de uma resposta à dúvida sobre a licitude da remoção do útero em casos específicos.
Esta posição foi avançada durante a Congregação para a Doutrina da Fé, em resposta a uma dúvida moral sobre a remoção do útero, aprovada por Francisco a 10 de dezembro de 2018 e se tornou pública esta quinta-feira.
Nestes casos, "remover um aparelho reprodutivo incapaz de realizar uma gravidez não pode ser qualificado como esterilização direta, que permanece intrinsecamente ilícita como um fim e como um meio", pode ler-se na nota.
A resposta não diz, no entanto, que a decisão de praticar a histerectomia seja a melhor, apenas que é uma decisão moralmente lícita, sem excluir outras opções, como recorrer a períodos de infertilidade ou abstinência total.
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