Papa Francisco diz que padres gays devem ser celibatários ou então devem sair do sacerdócio
Pontífice está "preocupado" com a questão da homossexualidade no clero.
O Papa Francisco está "preocupado" com a questão da homossexualidade no clero que diz ser "muito séria". Para o homem do clero, homens com tendências homossexuais não deveriam ser admitidos no clero católico romano, e seria melhor para os padres que são ativamente gays abandonarem o sacerdócio ao invés de levar uma vida dupla.
Os comentários sobre a orientação sexual do clero foram feitos numa entrevista, com cerca de quatro horas, com o padre e missionário espanhol Fernando Prado. A entrevista, realizada em agosto, foi transcrita e transformada num livro.
Em "A força da vocação", o papa Francisco revela que na nossa sociedade "a homossexualidade está na moda e essa mentalidade, de alguma forma, também influencia a vida da igreja". A posição da Igreja Católica prende-se com as tendências homossexuais não serem pecaminosas em si, mas sim os atos homossexuais. Esta posição não é novidade. Em 2016, um decreto sobre a formação para padres católicos romanos enfatizou a obrigação da abstinência sexual, bem como a proibição de homens gays e aqueles que apoiam a "cultura gay" de ordens sagradas.
"Na vida consagrada e sacerdotal, não há espaço para esse tipo de afeto. Portanto, a igreja recomenda que as pessoas com esse tipo de tendência enraizada não sejam aceites no ministério ou na vida consagrada", explicou o pontífice.
"Temos que incitar os padres homossexuais, religiosos e religiosas a viver o celibato com integridade e, acima de tudo, que sejam impecavelmente responsáveis, tentando nunca escandalizar o fiel povo santo de Deus", disse o papa. Caso esse celibato não acontecesse, Francisco afirma que "é
melhor para eles deixar o sacerdócio do que viver uma vida dupla".
O livro "A força da vocação" foi traduzido em 10 idiomas e vai ser publicado esta segunda-feira.
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