Papa Francisco está em "estado crítico"
Sumo pontífice tem prognóstico "reservado".
O Papa Francisco está em estado crítico e o prognóstico mantém-se reservado, indica o Vaticano.
Segundo o La República, o Papa teve uma “crise respiratória” de “entidade mais prolongada”, tendo recebido transfusões de sangue devido a um problema associado a anemia.
“O estado do Santo Padre continua a ser crítico, pelo que, como explicado ontem, o Papa não está fora de perigo. Esta manhã o Papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática de entidade prolongada, que exigiu também a aplicação de oxigénio a altos fluxos. As análises sanguíneas de hoje revelaram também uma plaquetopenia, associada a anemia, que exigiu a administração de hemotransfusões. O Santo Padre continua alerta e passou o dia numa poltrona, embora com mais dores do que ontem. De momento, o prognóstico é reservado”, indica o boletim clínico do Papa.
"O Papa está fora de perigo? Não, o Papa não está fora de perigo", disse o professor Sergio Alfieri numa conferência de imprensa na tarde de sexta-feira no hospital romano Gemelli, onde o pontífice está a receber tratamento desde que foi hospitalizado.
"O verdadeiro risco nestes casos é que os germes passem para a corrente sanguínea", causando uma septicemia potencialmente fatal, explicou então.
É por isso que, "por uma questão de precaução", mesmo que esteja "ligeiramente melhor" e não esteja ligado a nenhuma máquina, deve ser mantido no hospital "pelo menos durante a próxima semana", acrescentou perante uma multidão de jornalistas.
Além disso, "serão necessários dias, ou mesmo semanas, para ver a eficácia [...] das terapias que estamos a utilizar", acrescentou.
No hospital, o Papa recebe os seus colaboradores mais próximos, lê, assina documentos e faz chamadas telefónicas.
Francisco foi hospitalizado em 14 de fevereiro inicialmente devido a uma bronquite, mas a Santa Sé revelou na terça-feira que tinha desenvolvido pneumonia nos dois pulmões, uma infeção potencialmente fatal do tecido pulmonar.
Esta hospitalização, a quarta desde 2021, está a causar grande preocupação, uma vez que o Papa já se encontra debilitado por uma série de problemas nos últimos anos, que vão desde operações ao cólon e ao abdómen a dificuldades de locomoção.
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