Pedófilo manipulava vítimas com terror

Michael Devlin, o pedófilo norte-americano condenado esta semana no Missouri a dezenas de penas de prisão perpétua pelo sequestro e violação de dois adolescentes, usava o terror para subjugar as vítimas. Um dos jovens, Shawn Hornbeck, que estava com ele há quatro anos, vivia de tal forma aterrorizado que nunca tentou fugir, apesar de poder sair sozinho à rua e ter acesso ao telefone e à internet.

12 de outubro de 2007 às 00:00
Pedófilo manipulava vítimas com terror Foto: Epa
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Shawn foi sequestrado em 2002. Tinha apenas 11 anos e foi brutalmente torturado e violado durante semanas a fio por Devlin. Quando se fartou, o pedófilo levou-o para um terreno baldio e começou a estrangulá-lo. Shawn debateu-se e prometeu que faria tudo o que Devlin quisesse se lhe poupasse a vida.

O pedófilo aceitou o desesperado pacto proposto pelo adolescente e durante os quatros anos seguintes viveram como pai e filho. A fachada era apenas para quem estava de fora – no interior do apartamento de Devlin continuavam as torturas, as violações brutais e os castigos.

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Shawn vivia em estado de terror constante e não ousava fazer nada que contrariasse Devlin. Por isso nunca tentou fugir ou avisar alguém, apesar de nos últimos meses de cativeiro ter liberdade para sair de casa sozinho – uma ‘recompensa’ dada por Devlin por se ter portado bem. Era desta forma, com ameaças e recompensas, que o pedófilo manipulava o pequeno Shawn. Outro exemplo desta manipulação foi a forma como o obrigou a ‘participar’ no sequestro da segunda vítima, Ben Ownby, de 13 anos, no início deste ano. Apesar de não ter chegado a sair da carrinha durante o rapto, Devlin disse-lhe que o facto de ter estado presente servia para o tornar cúmplice aos olhos da polícia, conseguindo desta forma reforçar o controlo sobre a vítima.

O pedófilo, detido a 12 de Janeiro deste ano, quatro dias depois de ter sequestrado Ben, foi esta semana condenado a 74 penas de prisão perpétua por sequestro e sodomia e passará o resto dos dias na cadeia.

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