Pelo menos 180 detidos em protestos após polícia matar jovem a tiro

"Uma noite de violência intolerável contra os símbolos da República", referiu o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin.

29 de junho de 2023 às 07:14
França, Protestos, Polícia Foto: Stephanie Lecocq/ Reuters
França, Protestos, Polícia Foto: Stephanie Lecocq/ Reuters

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou esta quinta-feira uma unidade de crise interministerial, após mais uma noite e madrugada marcadas pela violência, em resposta à morte de um adolescente pela polícia.

Pelo menos 180 pessoas foram detidas esta madrugada, na segunda noite de tumultos em França depois de Nahel, um adolescente negro de 17 anos na cidade de Nanterre, nos arredores de Paris, ter sido morto pela polícia.

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"Uma noite de violência intolerável contra os símbolos da República: câmaras municipais, escolas e esquadras de polícia incendiadas ou atacadas. 150 pessoas detidas", escreveu esta manhã o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, na sua conta na rede social Twitter, esta manhã.

Para além dos detidos, há registo de dezenas de feridos. 

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O uso da força letal por parte de agentes da polícia contra Nahel causou revolta em França. O momento da atuação dos polícias foi captado em câmara, o que permitiu descartar a tese de que teriam agido em legítima defesa. Pouco depois das 0h00, um rasto de carros que se encontravam capotados foram também incendiados. 

Emmanuel Macron considerou "injustificáveis" as "cenas de violência" contra as "instituições da República" referindo-se aos distúrbios da última noite. 

O Chefe de Estado francês desejou que "as próximas horas" fossem de "meditação e respeito", enquanto se organiza uma marcha em memória do jovem morto por um polícia na terça-feira durante um controlo de trânsito nos arredores de Paris. 

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Entretanto, o ministro do Interior condenou também os acontecimentos da última noite. 

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