PM de Espanha divulga tese académica e afasta acusações de plágio
Gabinete de Pedro Sánchez diz ter passado o documento por software de deteção de plágio que desmentem acusações.
A tese de doutoramento do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, foi esta sexta-feira tornada pública, depois de repetidas acusações nos últimos dias de que o líder socialista plagiou o seu trabalho final.
O documento "Innovaciones de la diplomacia económica española: análisis del sector público (2000-12)" está agora disponível no site Teseo, que compila textos académicos das universidades espanholas.
O palácio da Moncloa, sede do governo de Espanha, garante ainda que o texto foi analisado por dois programas de deteção de plágio e que nenhum deles acusou coincidências que sustentem a ideia de que o político copiou o trabalho académico.
Um gesto que não afasta a desconfiança. O jornal ABC diz que um dos co-autores de pelo menos dois artigos que constam da tese fez parte do júri da Universidade Camilo José Cela que atestou a originalidade da obra. E o El Mundo acrescenta que este grupo de 'sábios' era, afinal, formado por "novatos". O jornal submeteu o texto de Sánchez a um grupo de académicos que consideraram o trabalho "muito fraco", "sem novidades de relevo" e uma mera "compilação de leis e iniciativas políticas".
Suspeitas também afetam líder da oposição
Também a oposição não desarma. Alberto Riviera, líder do Cidadãos, quer que Sánchez prestes esclarecimentos no Parlamento. O caso de Sánchez segue-se a uma série de escândalos com plágio de trabalhos académicos. A ministra da Saúde Carmen Montón, demitiu-se depois de ser acusada de plagiar a sua tese de doutoramento.
Mas o escândalo também chega à oposição. Pablo Casado, acabado de chegar à liderança do PP, também está sob suspeita de ter copiado a sua tese de mestrado.
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