Polícia Civil de São Paulo descobre fábrica clandestina de cerveja. 31 pessoas foram detidas

Tiravam as tampas e os rótulos de garrafas de cervejas baratas e outras de origem desconhecida e colocavam nessas garrafas rótulos e tampas de marcas de cerveja líderes no mercado.

19 de janeiro de 2024 às 16:23
Cerveja, xxx Foto: Getty Images
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Agentes da Polícia Civil (Judiciária) de São Paulo prenderam em flagrante na noite desta quinta-feira 31 pessoas que trabalhavam numa fábrica clandestina de cerveja que funcionava a todo o vapor no bairro Jardim Angela, região pobre muito populosa no extremo sul daquela cidade brasileira. A fábrica ilegal, denunciada por vizinhos, que funcionava 24 horas por dia com um enorme fluxo de camiões saindo de lá carregados com o produto falsificado, foi fechada pelos agentes, que agora vão investigar o grau de participação de cada um dos detidos.

Segundo dados da própria polícia, no local os funcionários tiravam as tampas e os rótulos de garrafas de cervejas baratas, muitas delas produzidas sem qualquer critério de qualidade e outras de origem desconhecida, e colocavam nessas garrafas rótulos e tampas de marcas de cerveja líderes no mercado. Entre outras marcas, foram encontrados na fábrica clandestina milhares de rótulos e de caricas das cervejas Original, Brahma Chopp, Brahma Duplo Malte, Skol e Antárctica, as preferidas dos brasileiros.

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Ainda de acordo com os agentes que estiveram no local, apesar de ser clandestina, a fábrica funcionava de forma bastante profissional. Os rótulos e as tampinhas das cervejas mais caras alinhavam-se ordenadamente em oito grandes mesas, onde os funcionários recebiam as garrafas de outras marcas e realizavam a troca dos nomes.

Ao todo, a polícia apreendeu 683 grades repletas de garrafas de cerveja já falsificadas prontas para irem para venda em pontos comerciais e enganar os cidadãos de São Paulo, que estão a enfrentar um calor acima da média mesmo para um país tropical, com temperaturas que atingem diariamente os 35 graus nos termómetros oficiais, mas com sensação térmica de mais de 40 graus. Análises vão ser realizadas nas cervejas apreendidas, para se apurar se elas tinham somente a marca adulterada, o que já é grave, ou se o próprio líquido era falsificado com produtos impróprios e com risco à saúde, o que pode aumentar as penas dos eventuais condenados no final do processo.

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