Polícia de Londres admite identificar agentes que são membros da Maçonaria
Eventual medida sobre os agentes membros da Maçonaria decorre de um relatório de 2021 sobre o assassinato de um detetive privado ocorrido em 1987.
A Polícia Metropolitana de Londres está a considerar obrigar os seus agentes a declarar que são membros da Maçonaria, noticiou esta segunda-feira a imprensa britânica.
A Scotland Yard (sede da Polícia Metropolitana) manifestou preocupação sobre a forma como a filiação na Maçonaria pode influenciar promoções, investigações e "má conduta" dos oficiais.
A maior força policial do Reino Unido lançou uma consulta interna para acrescentar o grupo à política de associações, que já inclui indivíduos com condenações criminais, investigadores privados ou agentes ligados ao jornalismo, entre outros.
O portal da transparência da Polícia Metropolitana de Londres (Met) informa que agentes não são obrigados a declarar que são membros de nenhuma "sociedade secreta", incluindo os maçons.
No entanto, o portal oficial especifica que os colaboradores devem sempre declarar circunstâncias de associação quando existe conflito de interesses.
A eventual medida sobre os agentes membros da Maçonaria decorre de um relatório de 2021 sobre o assassinato de um detetive privado ocorrido em 1987.
A investigação concluiu que a filiação de alguns oficiais na Maçonaria foi "uma fonte recorrente de suspeita e desconfiança nas investigações".
Surgida na Europa entre o final do século XVII e o início do século XVIII, a Maçonaria afirma ter como objetivo a procura da verdade, o estudo filosófico do comportamento humano, das ciências e das artes, e a promoção do desenvolvimento social e moral humano.
Alguns dos membros mais reconhecidos no Reino Unido foram o antigo primeiro-ministro britânico Winston Churchill e os escritores Arthur Conan Doyle e Oscar Wilde, e estima-se que existam cerca de seis milhões de maçons em todo o mundo.
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