Portugal excluído dos parceiros importantes de Angola

Impressionado com “receção calorosa”, Marcelo perspetiva relações bilaterais “muito boas”.

27 de setembro de 2017 às 08:50
Marcelo Rebelo de Sousa foi o Chefe de Estado estrangeiro mais aplaudido pela multidão na tomada de posse do novo presidente angolano, João Lourenço Foto: João Mavinga / Lusa
Eduardo dos Santos (ao centro) passou o testemunho a João Lourenço Foto: João Mavinga / Lusa
João Lourenço Foto: Getty Images
João Lourenço Foto: Direitos Reservados
João Lourenço Foto: Direitos Reservados

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O novo presidente angolano, João Lourenço, deixou ontem Portugal de fora da lista dos "parceiros importantes" de Angola no discurso de tomada de posse, num reflexo das tensões entre os dois países.

Discursando perante uma tribuna de honra em que Marcelo Rebelo de Sousa era o único chefe de Estado europeu presente, João Lourenço não fez qualquer referência ao nosso país, numa omissão que reflete as divergências entre Luanda e Lisboa por causa das investigações da Justiça portuguesa a figuras do regime angolano, nomeadamente, o anterior vice-presidente, Manuel Vicente.

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Ontem, na mesma altura em que João Lourenço fazia o seu discurso em Luanda, foi divulgado em Lisboa o despacho do juiz que designa o dia 22 de janeiro para o começo do julgamento de Manuel Vicente, e marca sessões até maio de 2018.

"Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como Estados Unidos da América, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a Índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a França, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes desde que respeitem a nossa soberania", afirmou Lourenço.

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O ‘esquecimento’ a que Portugal foi votado no discurso contrasta com a ovação calorosa que Marcelo recebeu no início da cerimónia.

O próprio Marcelo mostrou-se "impressionado" com o "ambiente caloroso" e a ovação a Portugal, "que foi de longe a maior" e que faz perspetivar relações "muito boas" entre os dois países.

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