Português testemunha operação em Bruxelas

Telmo Barros conta como “tudo está agitado” na área.

15 de março de 2016 às 16:56
Bruxelas, tiroteio Foto: Laurent Dubrule/EPA
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O português Telmo Barros vive há 29 anos na comuna de Forest, em Bruxelas, e está a testemunhar a grande operação policial em curso na zona, no âmbito de uma rusga relacionada com os atentados terroristas de novembro de Paris.

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À agência Lusa, por contacto telefónico, o português fez eco das informações de três polícias feridos na operação e de como "tudo está agitado" na área.

"Está tudo bloqueado, com camiões, com polícias com metralhadoras. Muitas pessoas, muitas pessoas estão aqui", relatou o português, que nota nem poder entrar numa rua onde já habitou e na escola, onde habitualmente vota.

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Há quase 30 anos a morar na zona, Telmo Barros qualifica a comuna "como muito complicada", mas sem nunca ter sido relacionada com terroristas. "Isso é em Molenbeek", resume o português à Lusa, numa referência às inúmeras operações e detenções efetuadas naquela comuna depois dos atentados de 13 de novembro.

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Perante a operação a decorrer na área de residência, o português que "há sempre medo", mas ressalva que "é complicado em todo o lado, não é apenas aqui".

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Na comuna de Bruxelas, a polícia montou um grande perímetro de segurança, ainda em busca do autor ou dos autores dos disparos, tendo uma escola e uma creche da zona sido evacuadas e o trânsito cortado, tendo já as autoridades pedido que não sejam divulgadas fotos e filmes dos acontecimentos, como já ocorreu em circunstâncias idênticas anteriores.

Para já, a procuradoria federal belga limitou-se a confirmar que agentes da polícia foram visados por disparos durante uma operação na comuna de Forest, na qual participam também agentes policiais franceses, como já confirmou o ministro do Interior francês, Bernard Cazaneuve.

Em declarações à televisão belga RTBF, o burgomestre da comuna de Forest indicou que "o número de autores em fuga ainda não foi determinado nesta altura".

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O jornal La Dernière Heure aponta que dois suspeitos (número não confirmado oficialmente) fugiram pelos telhados dos prédios da Rue de Dries, onde se realizava mais uma perquisição no quadro do inquérito belga aos atentados terroristas de novembro de 2015 em Paris, que foram em grande parte preparados e conduzidos a partir de Bruxelas, onde até agora 11 pessoas foram formalmente acusadas de ligação aos ataques, continuando em fuga o suspeito mais procurado, Salah Abdeslam.

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