“Portugueses estão bem na Mauritânia”

Correio da Manhã – Após o golpe de Estado na Mauritânia, qual a situação dos portugueses?

António Braga – A situação dos portugueses na Mauritânia está sob controlo, estão bem e o país está calmo. A nossa embaixada em Dacar, Senegal, está a acompanhar a situação em coordenação com a embaixada da França na Mauritânia. Temos na capital, Nouakchott, dois portugueses, registados até agora, que estão em viagem de turismo e que já contactámos, e a sul temos três dezenas de portugueses a trabalhar nas empresas portuguesas de construção civil, nomeadamente na construção de estradas. Face a esta situação, não há para já razões para cuidados especiais.

– E se a situação piorar?

– Na eventualidade de haver necessidade de uma intervenção, temos, além de um cônsul honorário no país, a embaixada da França na Mauritânia, que está mais bem situada, no âmbito dos acordos da União Europeia, para acolher os portugueses e outros cidadãos europeus para os apoios que forem necessários, incluindo a evacuação dos mesmos para os respectivos países.

– O fluxo de negócios entre Portugal e a Mauritânia é grande?

– Neste momento tem havido alguns negócios. Como se sabe, tem havido importante construção de diálogo com todos os países do Norte de África, onde se inclui a Mauritânia. Portugal tem incrementado a internacionalização das suas empresas, da sua economia. No caso da Mauritânia, ainda não são muito significativas as trocas comerciais mas já há sinais de alguns negócios.