Preço dos combustíveis dispara na Rússia após ataques ucranianos a refinarias

Últimos ataques ocorrem em plena temporada de férias de verão.

21 de agosto de 2025 às 15:52
Bombeiros tentam extinguir um incêndio num posto de gasolina na Rússia. Foto: Serviço de imprensa do Ministério de Situações de Emergência via AP
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Os preços dos combustíveis aproximaram-se de níveis recorde na quinta-feira na Rússia, de acordo com dados da bolsa, após uma série de ataques ucranianos a refinarias.

A Ucrânia tem como alvo regular as refinarias e os depósitos de petróleo russos para impedir a sua capacidade de financiar a ofensiva lançada contra o seu território em 2022.

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Os últimos ataques ocorrem em plena temporada de férias de verão.

Na tentativa de acalmar os preços, a Rússia, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, suspendeu no mês passado as suas exportações de gasolina, uma medida que parece ter tido pouco efeito.

As duas misturas de combustível mais populares na Rússia, a AI-92 e a AI-95, estavam na quinta-feira a ser negociadas a 72,663 e 81,342 rublos por tonelada (cerca de 774 e 866 euros), perto dos seus níveis recorde, de acordo com dados da bolsa de São Petersburgo.

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A corretora russa BKS atribuiu este aumento à "época alta, reparações e novos acidentes nas refinarias", apontando ainda um aumento na procura de combustível, uma vez que as pessoas tendem a conduzir mais durante o verão.

Os ataques ucranianos também perturbaram as viagens aéreas e ferroviárias, contribuindo ainda mais para este aumento, de acordo com a corretora.

Adicionalmente, referiu, a situação pode ter sido agravada pelas "recentes perturbações nas refinarias de Afipsky, Riazan e Saratov".

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A Ucrânia afirmou ter atacado estas três infraestruturas em agosto, mas a Rússia não confirmou oficialmente quaisquer danos ou paralisações.

O Ministério da Energia russo atribuiu os preços elevados à "alta procura sazonal e aos trabalhos agrícolas", sem mencionar os ataques ucranianos, e defendeu o prolongamento da suspensão das exportações de combustível durante o mês de setembro.

De acordo com as autoridades locais, a escassez de combustível afeta particularmente o sul e o extremo leste da Rússia, bem como os territórios ucranianos ocupados.

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